Rich?

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POV. Mark Evans

Estava comendo o meu sanduíche enquanto observava o Noah digitar o nosso trabalho no notebook que havia na escola na sala de informática.

- Mark, o que você escreveu aqui? - diz ele me mostrando a folha onde havíamos escrito o nosso trabalho como forma de rascunho.

Encaro o papel e começo a ler:

- O ponto de partida da revolução industrial foi o desenvolvimento da máquina a vapor. - o olho.

- Obrigado. - diz ele.

- De nada. - falo.

- O que você acha de ditar o trabalho pra mim e eu digitar?

Ouço a sua perguntar e guardo o meu sanduíche dentro da minha mochila e o olho.

- Tá pode ser, é a minha letra mesmo. - falo dando de ombros.

Após ditar todo o nosso trabalho para o Noah, abro a minha mochila e volto a comer o meu sanduíche.

- Posso te perguntar uma coisa? - o encaro após a sua pergunta.

- Pode. - falo.

- Por que você não gosta de falar tanto? Tipo, todos do grupo são bem falantes, mas você não. - Vejo ele me olhar e dou de ombros.

- Acho que devemos falar apenas o necessário, pra que prolongar algo desnecessário? - falo sendo direto.

- Mas tudo que é dito é necessário. - diz ele.

- Será? Quem te garante? Como exemplo: Eu não acho que essa conversa que estamos tendo seja algo relevante. - dou de ombros.

Percebo o seu olhar e respiro fundo, termino de comer o meu sanduíche e o olho.

- Não pense que eu fui grosso, porque eu não quis ser, apenas prefiro ser sucinto ao invés de ficar prolongando um assunto.

- Eu não acho que você seja grosso, gosto de pessoas que são sucintas, mas acho que você tem muita coisa a mostrar pra gente sabe? Você parece ser um cara muito inteligente, que por mais que tenha assuntos diferentes dos nossos, os seus assuntos com toda certeza devem ser interessantes e bem legais. - diz ele.

- Pelo jeito que me olhou, não foi o que pareceu. - suspiro. - Eu só não acho que as coisas que eu tenha pra falar sejam coisas importantes entende? Vocês tem os seus próprios assuntos dentro e fora do grupo, não ligo de ficar em silêncio, na verdade eu até gosto.

- Entendi, mas se um dia você decidir me dar a oportunidade de te conhecer, saiba que estou ansioso por isso. - o vejo sorrir para.

- Por que todo esse interesse? - pergunto desconfiado.

- Na verdade eu não tenho nenhum interesse, eu simplesmente te vi e não sei, de alguma forma consegui ver um algo a mais em você e esse algo a mais me faz ter a vontade de ser o seu amigo. - diz ele.

O vejo pegar o seu caderno, guardá-lo na mochila e em seguida se levantar.

- Trabalho encerrado, o que acha de irmos comermos na cantina?

- Eu acabei de comer um sanduíche, já estou satisfeito. - falo.

- Me faz companhia. - ouço o seu pedido.

Arqueio a sobrancelha, coloco as mãos no bolso do meu moletom e suspiro.

- Tudo bem, vamos então.

Vou com ele em direção a cantina, observo todos os alunos durante o caminho até a mesma.

- Esse colégio nunca fica vazio não é?

- Muito difícil, no período da tarde aqui fica cheio de membros dos clubes, pensei que os nossos representantes tivessem apresentado pra você, já que eles ficam no acolhimento dos novatos.

Meu Melhor ErroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora