Jeon Jungkook nunca tivera amigos ou sequer se aproximara de alguém realmente. Não por ser tímido, mas por carregar um fardo demasiado pesado para um jovem de 16 anos. O que Jungkook não sabia, era que as memorias de seu passado, que tanto o atormen...
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#PessegoGrego
Boa leitura! ♡
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"Eu li em algum lugar o quão importante é não ser necessariamente forte na vida... Mas se sentir forte." - Na natureza selvagem, Sean Penn
Ψ
Jungkook estava aprendendo da maneira mais dolorosa que nada na vida era o que parecia ser.
No chalé 3, sentado em sua cama, com Taemin dormindo ao lado, o semideus manteve-se acordado. Tinha medo de ser atingido por imagens indesejadas, mas impedir-se de dormir de nada adiantou, já que foi incapaz de afastar os pensamentos de sua mente.
Será que o pesadelo que tivera na outra noite (aquele com Park Jimin) era realmente seu? Indagou-se Jeon, fazendo suposições que pareciam cada vez mais absurdas, à medida que as horas corriam e a madrugada parecia mais torturante e fria.
Porque o filho de Ares havia morrido na piscina de sua antiga escola? E porque ele não conseguia afastar aquelas imagens? Será possível que aquele pesadelo não pertencesse a si, mas a outra pessoa? A outra mente? Seria loucura alguém estar passando todos os seus tormentos para ele?
E como se não bastasse as próprias vozes de seu inconsciente mergulhando-o num mar de incertezas e dúvidas, outro timbre fez-se presente.
Eu estou aqui. Só você pode me encontrar. Só você, Jungkook.
O novato quis gritar. De medo. De angústia. De raiva. Tudo.
De quem era aquela voz? O que ela lhe queria?
Só você pode me encontrar.
Num salto pôs-se de pé e calçou o seu único par de sapatos, deixando o chalé num silêncio assombroso. Uma vez lá fora, sentiu a brisa do mar e o cheiro de sal. Correu na direção oposta, para dentro da floresta escura, atravessando-a com a pouca ajuda da claridade da lua. Pássaros cantaram e algum animal soltou um uivo de gelar o sangue. Não parecia ser um lobo, mas certamente era perigoso.
Jungkook apressou o passo, quase correndo, e agradeceu por ter chegado vivo, quando finalmente encontrou-se em frente ao templo do oráculo de Delfos.
Sua respiração estava ofegante e a sua testa suada. Mas ele não esperou ficar num estado melhor. Precisava de ajuda, rápido, antes que sua mente o levasse a loucura. Precisava que alguém, algum ser, esclarecesse tudo o que vinha lhe acontecendo nos últimos dias. E ali, naquele breu, talvez encontrasse algumas respostas.
