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Depois de meia hora subindo a reserva, chegamos a uma grande vila de casas, todas elas em cor de magno e dentre as menores, uma maior de porta branca se destacava.

Ela parou o carro em frente ao portão e digitou alguma coisa.

- Quem é? - Uma voz robótica perguntou.

- Thea. - Ela respondeu e um barulho foi ouvido e em seguida os grandes portões se abriram; o grande "W" que consistia na fechadura se dividiu em dois e nós passamos.

- Pronto para conhecer meus pais?

- Não. - Respondi sincero e ela riu; saltou do carro e correu para abrir a porta pra mim. Pisei no chão de cascalho e olhei em volta. O lugar tinha muitas árvores e eu não conseguia ver onde a propriedade deles acabava.

As casas eram separadas apenas por pequenas cercas;

- A da porta preta é a minha. - Ela disse ao meu lado; a olhei e a vi sorrindo com as mãos no bolso da jaqueta.

- Você tem uma casa? - Questionei um pouco surpreso.

- Cada de um de nós recebe uma casa quando nos transformamos pela primeira vez, não é uma regra, mas a mamãe quis fazer; ela quis nos dar liberdade de termos nossas matilhas sem necessariamente fazer parte da dela.

- Isso é legal; eu tive que obrigar a minha mãe deixar eu ter um quarto só pra mim.

- Por quê?

- Ela sempre acha que meu coração vai parar.

- Ah, faz sentido. Mas ter um quarto só seu não pode mudar isso.

- Eu sei, eu disse isso a ela, mas não adiantou.

- E o que você fez pra ela deixar você ter sua privacidade?

- Eu contei pra minha mãe o porquê o aspirador de pó não sair debaixo da cama do Rick. - Ela demorou pra entender, mas quando entendeu me olhou chocada.

- Você é um dedo duro. - Ela acusou e eu ri balançando a cabeça.

- Não sou não, era questão de sobrevivência. - Me defendi e vi a porta da grande casa se abrir;

- Srta. Thea, bem-vinda. - O senhor vestindo um terno preto abriu mais a porta e ela sorriu.

- Oi, Morgan. - Ela me puxou e eu sorri também.

- Eu sou Alec. - Estendi a mão para o homem que riu, olhou para Thea, e em seguida pra mim de novo.

- Sou Morgan, mordomo da família Whittle, se precisar de alguma coisa pode me chamar sr. Turner.

- Pode me chamar de Alec, por favor.

- Como quiser, Alec. Sua família a espera na sala estar;

- Obrigada, Morgan. - Ele fechou a porta atrás da gente e nós entramos, de frente pra porta tinha uma mesa de centro com um vaso de flores em cima, dentro dele, um grande buque de flores diversas, girassóis, orquídeas, tulipas e rosas.

Passamos por essa mesa e eu pude ver as grandes escadas brancas que davam para o andar de cima; havia quadros nas paredes, mas um me chamou mais atenção.

- Que arte bacana. - Comentei e ela riu envergonhada; era um quadro pintado de todos eles, e quem eu deduzi ser os pais no centro da figura; sua mãe estava sentada a uma grande poltrona, o pai de pé ao seu lado com a mão em seu ombro, Thea estava sentada ao pé esquerdo da mãe, do outro lado uma menina que eu não conhecia, deveria ser Melina; os outros dispostos atrás do pai, em casais. - Por que ninguém sorri?

Coração De Lobo Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang