Prólogo

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Aquele ômega que sempre observará de longe.

Mingyu sempre o via em uma cafeteria perto do colégio, lendo um livro de William Shakespeare ou com seus amigos.

De tanto o notar que, já sabia seus costumes, seu doce favorito e seu café. O horário onde esse ômega aparecia por lá e que também saia.

Seu rosto delicado, seu sorriso singelo e seu pele branca, tudo nele era encantador.

Sempre o via acompanhado por um alfa e dois ômegas, seja fora ou na própria escola. Havia receio de se aproximar e acabar descobrindo que este estava em um relacionamento com o alfa. Mas não custava nada descobrir.

Descobrirá o nome deles por seus amigos que já haviam interagido com estes, afinal, muitos tentavam conquistar Jeonghan por ser tão belo.

Seungcheol, o alfa.

Jeonghan, o ômega.

Jisoo, o outro ômega. 

Porém o nome daquele ômega o qual tanto admirava ainda era um mistério.

Tudo o que saberá que ele é maravilhoso. Incrivelmente bonito que fazia seu alfa querer o avançar e poder conquista-lo, porém as coisas não eram tão fáceis assim. 

Ou talvez eram.

Nunca teria notado naquele ômega senão fosse uma festa de boas vindas em seu colégio, onde todas as turmas do 2° tiveram que organizar tal festa. Com os mesmos ômegas e alfa ele se encontrava ali, descobrirá que para um ômega não era tão baixo assim.

Havia conseguido ouvir sua voz apenas uma vez quando o havia lhe pedido para entregar alguns materiais que haviam sobrado para algum professor, só ouvirá uma "tudo bem" quando passará tempo suficiente para apenas ter olhos para ele, se arrependeu em não o ter puxado para conversar.

Aguardava por alguma oportunidade para enfim, conversar com ele. Suas únicas opções seriam passar por cima de ter um alfa perto ele ou nunca se aproximar do mesmo.

Afinal, só vivemos uma vez, não é mesmo?

Caso ele não fizesse, o ômega também não o fizera. Foi o que ele pensou.

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Se esbarará com ele no corredor da escola, aparentava com pressa e sua cabeça estava baixa. Pela primeira vez sentiu o cheiro de cereja invadir suas narinas doce, mas não enjoativo.

– Me perdoe.

Foi tudo o que conseguirá ouvir e apenas isso, fez com que seu coração disparasse. Ainda não havia se apaixonado por alguém, se sentia estranho em relação àquele ômega e não podia fazer nada quanto a isto.

E lá se foi sua segunda chance.

Ficou decepcionado, sim. No dia seguinte ficou a procura de qual és sua classe, uma do lado da sua. Resolverá perguntar a primeira pessoa que encontrará naquela sala quase que vazia, queria o nome do ômega.

Jeon Wonwoo.

Resolverá que nunca se esqueceria deste nome para que, enfim, um de seus mistérios deixassem de ser.

Novamente das 13:00 - 18:00 estava presente naquela cafeteria, comendo uma torta de morango acompanhada com um chocolate quente. Usava seus óculos todo dia e uma camisa azul larga,  com muita delicadeza tocava àquela xícara e a esfriará assoprando minimamente. Seus cabelos castanhos davam destaque aos seus olhos penetrantes, aqueles que parecem estar lhe desafiando.

Fase 1 do plano: juntar coragem e ir falar com o ômega.

Pela primeira vez em tempo, resolverá observa-lo de perto, com sua arma secreta um livro de William Shakespeare, que na verdade era de Hansol. Com muita insistência arrancou o livro de seu amigo e o trouxe no horário em que Wonwoo provavelmente estaria e está na cafeteria.

Entrou na mesma, o sino tocou avisando que havia chegado cliente, se sentará em uma mesa de frente para Wonwoo, havia pedido um chá verde com limão quente, enquanto seu pedido não chegará abriu o livro para enfim ler.

Fase 2 do plano: atrai-lo.

Subia seus olhos para poder ver se Wonwoo havia percebido, naquele momento o ômega havia pedido a garçonete mais uma torta de morango. Discretamente o viu colocar seus olhos sobre o livro, tentou agir naturalmente como havia feito antes.

Bebia seu chá com o coração a mil, respirava pesadamente por estar nervoso. Seu coração quase saiu pela boca quando o viu vindo em sua direção com sua torta de morango e seu livro.

– Com licença. - pediu.

Se sentará na cadeira afrente da sua, puxou o ar com todas as forças e liberou pela boca, fechou o livro encarnado a figura tímida a sua frente.

Ele comia sua torta discretamente, olhando para o vazio até que, lhe encarou.

– Me empresta este livro? - indagou, direto. – Senão for incomodo.

Mingyu estava surpreso, conseguiu atrair o ômega como pensou que poderia, se sentia foda por seus amigos terem dito que o plano não funcionária e no fim estava quase completando suas fases.

Fase 3 do plano: o chamar para sair.

– Por que? - sorriu para o ômega, vendo que suas bochechas haviam ficado vermelhas.

– Obrigado, adeus! - se despediu rapidamente correndo para fora da cafeteria.

No final, apenas no final havia fracassado já que não conseguiu o chamar para sair. Pelo menos ainda teria a oportunidade de falar com ele novamente se lhe emprestasse o livro, e para isso decidiu continuar frequentando aquele lugar até conseguir se aproximar dele.

Lá estava seu segundo desafio, a aproximação.

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