Ce que je peux, ce qu'il peut

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Boa leitura e desculpa os erros.


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- l'atelier rose de vie, Kyoko Kagami, boa tarde.

- Boa tarde senhorita Kagami, meu nome é Rose Lavillant, sou secretária do senhor Adrien Agreste, gostaria de realizar um agendamento a pedido dele, para a confecção de um terno.

Merde!

Aos poucos, Kyoko teve que se sentar em uma das poltronas perto do telefone. Ainda naquele mesmo dia que ela tinha conversado com Marinette sobre Adrien. Céus, a coluna doeu de tanto calafrio.

Não dava para acreditar que estava falando com a secretaria dele...! Então isso queria dizer, que Adrien havia voltado para Paris?! Afinal de contas, O QUE isso queria dizer na realidade!

Com certa dificuldade na sua fala, que travou na hora de responder a outra pessoa ao telefonema, limpou a garganta, respirando fundo.

- Po-pois não. Eu, posso verificar na agenda...

- Por favor, e peço a gentileza, de que ele seja atendido pela senhorita Marinette Dupain Cheng.

Kagami colocou uma das mãos no coração olhando de longe, Marinette ajeitar justamente um terno masculino no qual estava fazendo para o dono de uma tabacaria nas proximidades.

- Certo, eu vou verificar a agenda dela, só um momento.

E agora? Ela olhava para o gancho do telefone posto sobre a mesa de marfim, no mudo. Teria que ver com Marinette, teria que falar com ela, que seu antigo affair havia regressado à França e sobre tudo, estava querendo se encontrar com ela, para que fizesse uma roupa para ele. Será que ela, desejaria vê-lo novamente?

Foda-se, isso não era problema seu. Aliás, de acordo com sua própria amiga, ela mesma não estava nem aí. Provavelmente não iria se abalar se caso visse Adrien novamente, até porque estava bem com Félix, estava bem consigo mesma. Havia se passado de 365 dias, muito tempo, muita coisa, outro sexo, outro homem. Iria tirar de letra!

- Mari...

- Oi Ka.

- Deixa eu te falar... estou falando com uma mulher chamada Rose Lavillant ao telefone...

- Uhum...

- E ela se intitulou como, secretária... do... senhor Adrien Agreste.

Parando um pouco de costurar, Marinette olhou para Kyoko, a fazendo se surpreender com o largo sorriso que lhe deu.

- Jura?! Adrien?! O mesmo... Adrien que...

- Eu acredito que sim Mari, você conhece outro Adrien Agreste?

- Ué... – ela simplesmente voltou a cruzar a linha na agulha no tecido refinado, como se nada tivesse acontecendo. – Pode ser outro, quantos Adrien Agrestes existem em Paris, no mundo...?!

- Aham, pois é.

- E então, o que ocorre?

- O caso é que ele quer fazer um terno, e quer vir aqui, ser atendido por você... então eu acredito que seja o mesmo Adrien, o SEU Adrien.

- O meu... – ela riu debochando. – Ah Kagami...

- Por isso, eu quis ver contigo, se você consegue atendê-lo essa semana.

- Claro que posso, que horário?

- A secretaria não mencionou a disponibilidade dele, mas vou verificar.

- Tudo bem, sem problemas, o horário que ele puder e eu estiver livre, agende!

- Nossa Mari... você levou mesmo a sério o lance de "supera" que a gente estabeleceu uma com a outra.

Levantando-se para ir no banheiro, Marinette sorria animada, fazendo um carinho rápido no queixo da japonesa que havia cruzados os braços com um sorriso besta, sem poder acreditar.

- Kagami, quem vive de passado é museu, agora por favor, tem um cliente em potencial a espera, e se eu conheço o Adrien, ele deve estar mais rico do que nunca. Aposto que o terno que vai encomendar, vai ser daqueles...

- De fazer a gente tirar férias por um ano?

- A-ham. Que tal o Caribe dessa vez?

- Uhnnn... água de coco, praias paradisíacas, mulheres nuas correndo pela areia como anjos...

- O que?!

- Ah, esquece último detalhe.

Marinette ria alto ao tempo que ia para o toilette e Kagami voltava para agendar o tal atendimento dentre o Agreste e sua amiga.

A mestiça por sua vez adentrou ao banheiro, para lavar as mãos e retocar o pó da maquiagem. Olhando-se no espelho, aos poucos, seu sorriso foi se fechando, e ela, ficando séria, rígida e fria.

Tinham se passado 365 dias desde a última vez que viu Adrien. Os dois não haviam se beijado, não haviam se tocado com a intimidade que possuíam durante meses a fora. Foi uma despedida da mesma maneira que o caso deles começou, sendo apenas, dois conhecidos.

Desde então, muita coisa mudou, e eles não se falaram mais. Nunca mais tiveram nada do que passaram juntos anteriormente, o sexo maravilhoso que se davam, que compartilhavam.

Não durou por muito tempo, mas ela sentiu falta. Na realidade, amargou completamente sozinha a falta dele, a falta de falar com ele, e poder encontrá-lo quando quisesse. Já estava se habituando com o Agreste circulando no seu apartamento nu, ou ela no dele, nua também, sempre nus, sempre transando, sempre se divertindo. Essas... eram coisas do passado, haviam ficado enterradas nos 365 dias que ficaram para trás.

Naquele ponto, ela não sabia dizer com relação a Adrien , mas sua vida sim tinha mudado e muito. Adquiriu outros interesses, evoluiu, enriqueceu, cresceu e colocou, outro homem na sua cama.

Mas Adrien também deveria ter feito tais coisas grandiosas, ele provavelmente tinha outra, ou outras, várias... e estava apenas lhe procurando, por conta do terno, e porque os dois não terminaram de uma forma ruim, pelo contrário, remendaram, fecharam as pontas soltas. Para sempre.

Então, não seria difícil para si, vê-lo novamente, ele já não a abalava mais... ele seria somente, mais um cliente.

Um cliente maldito, que só iria aparecer para bagunçar e fuder sua vida de vez. 

Quando eu voltarWhere stories live. Discover now