A empresária estava visivelmente preocupada e não sabia o que fazer.
— E agora eu vou ligar para um guincho vir buscar seu carro. - pegou seu celular discando o número de um mecânico que era conhecido dele. O profissional não demorou a atender, o empresário explicou o que havia acontecido, deu o endereço que eles estavam e desligou. — Já estão vindo. - falou e se afastou da porta, pois a mulher a abriu e saiu de dentro do veículo.
— Obrigada. - praticamente sussurrou.
— O que você disse? - se fez de desentendido.
— Obrigada! - falou mais alto.
— Por nada. Precisa de mais alguma coisa?
— Por que? Você vai embora? - questionou.
— Vou para casa, né? - retrucou como se dissesse o óbvio.
— E vai me deixar aqui? Sozinha?
— Claro que não. Você pode ser uma grossa, mas eu continuou sendo um gentleman. - respondeu orgulhoso. — Pega sua bolsa e trava o carro. Vou te deixar em casa.
— Não precisa, eu peço um táxi.
— Larga de ser mimada e vamos logo. - foi em direção ao seu carro, entrou e ficou esperando ela fazer o que ele disse. Lili como toda boa orgulhosa continuou onde estava, mas sua birra não durou muito tempo, pois começou a chover forte. A mulher correu, pegou sua bolsa, travou seu carro e entrou no veículo de Germano.
— A chuva interrompeu o show da bebezinha. - fez biquinho debochando.
— Não enche, seu insuportável. - virou o rosto para janela observando a chuva cair no vidro.
— Acho bom você me tratar direito, você tá no meu carro e eu estou te fazendo um favor. - falou mantendo sua atenção a estrada.
— Então para de me encher a paciência. - pontuou.
Os dois continuaram em silêncio, até o celular do empresário tocar, como estava conectado ao carro ele logo atendeu.
— Fala filhão, tá no viva voz. - avisou.
— Está com alguém no carro, pai? - o menino estranhou.
— Sim.
— Sogrão tá com alguém no carro. - Cassandra comentou eufórica pegando o celular do namorado.
— Não é nada disso que você está pensando, querida. - respondeu coçando a barba olhando de relance para Lili.
— Poxa, tio Germano. - falou frustrada. — Já estava achando que a chuva era um milagre porque o senhor estava saindo com alguém.
— Não viaja, Cassandra. - riu da nora. — Devolve o celular para o Fábio, por favor. - a menina fez o que ele pediu. — O que você queria, filho?
— Por conta da chuva alagou tudo na Barra. Vou dormir aqui, na casa da Cassandra.
— Fabinho, seu carro é um Jeep. - gargalhou do rapaz. — Você tem que melhorar suas desculpas.
— Qual é, pai? - comentou rindo também.
— Boa noite, moleque. Se protege viu?
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Sorte & Azar
Fanfiction"Tudo é questão de obedecer ao instinto que o coração ensina ter; Correr o risco, apostar num sonho de amor O resto é sorte e azar." Sorte e Azar - Cazuza. A vida de Liliane de Bocaiúva fica um caos após descobrir a traição do marido e se divorciar...