Capítulo Quatro

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-- Que diabos você faz aqui Irene? - seguro seu braço com toda a força do ódio, mas em nenhum momento Irene esboça alguma reação de dor. A maldita apenas sorria.

-- É essa sua recepção ao ver sua amada voltar Jeonzinho? - Irene diz com um sorriso no rosto.

-- O que você veio fazer aqui Irene? - pergunto um pouco mais alto, olho pra Bae que ainda brincava.

-- Eu vim atrás do que é meu benzinho, você. - ela acaricia mau maxilar, mais logo seguro seu pulso com uma cara de desgosto.

-- Não toque em mim. E lógico que eu não irei com você, não sou mais seu. - digo friamente e seu sorriso morre.

-- Jeonzinho, podemos concertar as coisas, vamos esquecer o passado. - Irene da um sorriso.

Me irritando, pego uma pedra que estava me encarando a um bom tempo, miro na janela do meu carro fazendo um barulho enorme, o vidro se quebra em mil pedaços, e o carro alarma, pego a chave desligando o alarme. A olho irritada, a mesma estava com os olhos arregalados.

-- Vamos Irene, tente consertar meu vidro, do meu carro, com estes cacos. - cruzo os braços.

-- Não tem como.. - Irene diz baixo.

-- Exatamente Irene, você fez isso com meu coração. Nada volta a ser como era antes. - digo tocando em seus ombros. -- Ouviu o barulho enorme?

-- Sim.. - ela diz baixo.

-- Quando eu sai daquele maldito quarto, eu ouvi meu coração se quebrando na mesma altura que este vidro quebrou Irene. Você me quebrou, céus, eu fiquei com muitas pessoas pra tentar te tirar de minha cabeça, do meu pensamento, da minha vida Irene. - digo com a voz embargada.

-- Eu sinto muito mesmo Jeonzinho. - Irene abre um sorriso. -- Quem é a mãe do garoto?

-- Isso importa pra você? - pergunto irritado me afastando dela.

-- Sim benzinho, me importa. E muito. - Irene diz simplesmente.

-- É uma pena, por que não me importo do que você se importa. - dou de ombros olhando pra Bae brincando, Bae joga a neve pro alto e caindo em todo seu cabelo castanho. Sorrio ao ver aquela cena. Meu Bae.

-- Eu tenho que voltar pro meu trabalho Jeonzinho, se vemos por aí. - Irene pisca pra mim logo se afastando.

Não posso dizer que sua volta me afetou, e muito. Eu não sabia o que viria dali pra frente, mas eu só estava preocupado com uma coisa. Irene é doida, eu não sei o que ela faria.

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Bae pediu muito pra ir na casa de Minji, até que o deixei lá, Tae e Jen ficaram felizes com a companhia de Bae. Então aproveito da uma passada na casa dos meus, antes de eu ir pra empresa.

Era domingo, mas todos trabalhavam em Seul sem descanso.

Logo os grandes portões de ferro abrem, estaciono na vaga de visita, e saio do carro. Entro na casa de meus pais e nada, os chamo, e nada. Subo pro andar de cima.

-- Cinquenta milhões, céus. Quando? - ouço a voz abafada de Lisa por trás da porta do escritório do meu pai, com curiosidade, me aproximo colando minha orelha na porta.

-- Na noite do cassino. - ouço meu pai dizer, e fico confuso.

-- Cinco anos que eles.. Eu, devo pra vocês? - Lisa fala com a voz irritada.

-- Liz, você não precisa pagar. - minha mãe diz calmamente.

-- Não pagar? Me perdoe. Eu passei cinco anos da minha vida trabalhando naquela maldita empresa sem dever nada a ninguém. Como na minha vida profissional e pessoal. Não é agora que vou dever. - Lisa fala com a voz ainda mais irritada. -- Farei um cheque.

Ouço os saltos de Lisa bater contra o chão, me afasto da porta rapidamente, Lisa abre a porta, e fechando com força, ela começa descer as escadas e logo ouço a porta da sala bater. Caminho até a porta do escritório do meu pai, dou batidas de leve e entro.

-- Posso entrar? - pergunto olhando pro os dois que sorriam.

-- Claro Kook, entre. - meu pai fala, entro me sentando na cadeira de couro de frente pra mesa do meu pai.

-- Lisa estava aqui? - pergunto antes de meus pais falarem qualquer merda que vier em suas cabeças.

-- Sim, sim. - meu pai responde se arrumando na cadeira ficando com o corpo tenso.

-- O que ela veio fazer aqui? - pergunto mais uma vez.

-- Só... Pedir pro Bae ficar com a gente no fim de semana. - minha mãe diz rapidamente.

Não sei o motivo por que mentiu, mas vou deixar passar.

-- Hm. Ok, preciso ir pra empresa. - me levanto deixando a sala dos meus pais.

Desço as escadas, saio da casa dos meus pais e entro no meu carro, dou partida começando a dirigir.

Preciso saber que dívida é essa que Lisa.. Na verdade os pais delas, estão ou estavam devendo. Não sei sobre eles, não sei se estão vivos ou mortos, bem ou mal. Como Liz disse, não me importa.

Paro o carro na frente da empresa, subo pro meu andar pelo elevador, abro a porta do meu escritório e travo no lugar quando vejo Lisa sentada em minha cadeira, com seus cabelos curtos me olhando.

-- O que você ouviu Jeon Jungkook? - Lisa pergunta séria, fecho a porta da minha sala suspirando.

-- Ouvi o que? - pergunto me fingindo de sonso.

-- Eu senti o seu perfume no corredor. - Lisa diz vindo até mim.

-- Por que será que algumas coisas minhas ainda estão lá? - falo de um jeito sarcástico.

-- O que você ouviu? - Lisa pergunta mais uma vez.

-- Que dívida você deve aos meus pais? - pergunto me sentando em minha cadeira a olhando.

-- Eu não devo nada há eles, meus pais devem. - Lisa cruza os braços abaixo dos seios.

-- Você vai fazer o que? Procurá-los? Colocar coleiras e trazê-los? E por fim, bater na bundas deles pra nunca dever pra ninguém? - digo estrelaçando meus dedos acima da mesa.

-- Você é um gênio Kook, você irá comigo. Dá última eles falaram que foram pra Miami, talvez nós encontramos eles lá. Amanhã nós pegamos o vôô. - Lisa fala sem aos menos me deixar responder, fecha a porta da minha sala.

Não posso arriscar deixar Bae aqui, eu sei que Irene é capaz de fazer. Pego meu celular rapidamente, disco o número de Jisoo.

-- Alô? - no terceiro toque a Jisoo atende.

-- Jisoo? - pergunto.

-- Olá Kook, pode falar?

-- Eu e a Lisa vamos viajar pra Miami amanhã, assuntos das nossas empresas. Tem como você e o Namjoon ficarem com o Bae por uma semana?

-- Claro que sim, o Namjoon vai?

-- Não não, só eu e Liz.

-- Ok, então nós damos contas do Pequeno Bae.

-- Valeu Jisoo.

-- Se cuidem.

E assim ela encerra a chamada, estou vendo que será uma semana e tanto.

Depois de Eu e Você (Liskook) Where stories live. Discover now