Capítulo Dez

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Me encolho mais uma vez, eu estava cansada de chorar, de sofrer, de apanhar, de ser humilhada, eu queria entender porque eu estava aqui, e o porquê ser eu.

Eu estava num lugar, frio e pequeno, escuro, tinha uma pequena janela, onde mostrava uma pequena janela, na janela dava pra ver que eu estava numa floresta grande.

Eu não sabia que cidade ou até mesmo país onde eu estava, um dia eu ouvi uma voz feminina conversando com os garotos que estão me prendendo como uma prisioneira nesse buraco como um animal.

Eu só me lembro que eu dei um beijo no Jimin avisando que eu iria pra faculdade, ele queria me levar, só que eu burra, falei que não. E enquanto caminhava pelas ruas do centro de Seul em caminho da minha faculdade, alguém nocauteou minha cabeça que me fez apagar imediatamente.

E na manhã seguinte, amanheci neste lixo.

Bang Chan, ele é um garoto frio, que me humilha como se não houvesse amanhã. Diz que não virá ninguém atrás de mim, que eu nunca fui realmente importante pro Jimin, e seu tentasse fugir, ele mataria meu Jiminnie.

Por isso, até agora não fiz nada.

Changbin, ele é o qual me bate, ele puxa meu cabelo, e nem sei porque ele faz isso, deve ser ordens daquela piranha, tomara que ela morra também.

Felix e Seungmin são os quais que me alimenta e cuida dos meus machucados que o corno do Changbin causa.

Neste momento, estou encolhida no canto daquele lugar, olho pra janela e o sol já estava se pondo, acaricio minha barriga que ainda não aparecia.

-- É filho, mais uma vez teremos que passar a noite aqui. - falo acariciando minha barriga.

Sim, eu estou grávida, descobri na manhã que fui sequestrada, eu ia falar pro Jimin assim que eu chegasse da faculdade. Só que esse dia passou, e eu estou aqui.

Eu chorava por estar aqui, eu chorava por fazer meu filho passar por isso, eu chorava por não ter aceitado a carona do Jimin, eu chorava de ódio e tristeza.

Ouço a grande porta de ferro de abrir, olho no mesmo momento, Seungmin chega perto com prato e um copo de água, pode ser egoísmo. Mais eu joguei pra longe.

-- Eu quero sair daqui. - falo irritada.

-- Rose, já conversamos sobre isso. - Felix começa, mais eu não ligo.

-- Eu quero sair daqui. - corro até a janela, bato com força na mesma. -- VAMOS SUA PIRANHA, VENHA AQUI!

Sinto meus cabelos longos sendo puxados, Changbin me joga no chão com brutalidade, e me da um tapa forte em meu rosto, fazendo meu lábio fazer um leve corte.

-- Essa é sua maior qualidade? - pergunto e ele levanta a mão.

-- Ora sua.. - Changbin fala e me dá outro tapa.

-- Idiota. - Chan puxa Changbin pra fora dali. Seungmin e Felix também vão atrás.

Irritada, me levanto no chão cansada disso tudo, ando até a janela, dou três chutes e a mesma se quebra em pedaços, pego um pedaço de vidro guardando na minha calça.

Eu precisava de uma arma, e neste momento, seria esse vidro.

Saio pela janela, olho pro os lados, já estava de noite, inspiro e expiro várias vezes, ouço um grunhido e olho pra janela, Chan me olhava bravo.

Começo a correr rápido, em direção da floresta, olho pra trás, Chan estava me perseguindo com uma espingarda, e cada vez que eu corria mais rápido, parecia que ele estava mais próximo. Mesmo andando.

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Uma semana atrás.

-- Na praia, igreja ou jardim? - Jimin pergunta me olhando, enquanto olhávamos pro teto do quarto.

-- Jardim, eu amo flores. - sorrio.

-- Você quer simples ou luxuoso? - Jimin pergunta e o olho.

-- Simples, com uma flor amarela em meu cabelo. - dou um sorriso.

-- Ok, não podemos esquecer da flor amarela em seu cabelo. - Jimin fala dando um beijo no topo da minha cabeça.

-- Eu estou tão feliz que vamos nos casar Jiminnie. - falo o abraçando forte.

-- Eu também estou meu amor, e não vejo a hora de vir minis Rose. - Jimin fala me fazendo gargalhar.

Dou um selinho longo em Jimin.

-- Eu te amo. - falo o olhando com sinceridade e amor.

-- Eu também te amo Roseanne. - Jimin fala me dando um beijo carinhoso em meus lábios.

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Assim que lembro desta lembrança, as lágrimas caem. Eu queria só os braços do Jimin me rodeando, só isso.

Eu corria, eu irei lutar pela minha vida. Sinto algo pontudo entrar em minha barriga e arregalo os olhos. Olho pra pessoa que me esfaqueou, vejo uma mulher de cabelos negros e ela tem alguns hematomas no rosto.

Caio no chão, sinto os galhos se chocar com meu corpo, olho pra minha barriga chorando, ela está sangrando. Meu.. Filho.

-- Sentiu minha falta Chan? - a mulher pergunta olhando pra Chan que sorria ao me ver no chão.

-- Sim Irene. - Chan diz e choro ainda mais.

A garota que supostamente deve ser Irene, pega a faca e esfaqueia meu peito esquerdo fazendo eu dar um grito de dor.

Choro ainda mais, fecho meus olhos com força, lembrando dos momentos bons com o pessoal, os momentos bons com meu Jimin.

A nossa primeira vez, quando ele me beijou, quando ele me disse o primeiro "te amo", quando ele me levou ao shopping, quando ele me deu banho, tudo... Tudo.

Bom, as memórias é as últimas a morrer, então eu lembrarei até elas se apagarem de minha mente, e de meu coração.

Depois de Eu e Você (Liskook) Where stories live. Discover now