Cap XI

63 10 57
                                    

Saio porta a fora enquanto ele analisa meus movimentos.

Entro no carro e respiro fundo.

Encosto a cabeça no volante esperando algum tipo de conforto. Lembro das palavras que disse e no quanto elas precisavam ser verdadeiras.

Ele estava seguindo em frente, e eu não podia mais...

Choro e arranco com o carro, não tenho rumo para onde ir... Só dirijo.

As lágrimas correm.

Tenho uma guerra em minha mente.

Eu tenho tentado muito.

Desistido muito.

Lutado todo dia.

Tentei me manter longe. Disse adeus algumas vezes e estou tão cansada... Tão cansada.

Só dirijo, dirijo rápido...

Esse amor é muito difícil de sentir, dói...

Ele está sempre lutando contra algo, fugindo... As despedidas vem muito fáceis, ele nunca me segura... Só me deixa ir.

As lágrimas molham minhas pernas, estou sozinha na estrada.

Em um mundo perfeito ele não teria me deixado ir, ele aceitaria minhas falhas, enxugaria minhas lágrimas, me faria ficar, pra sempre!

Dirijo mais rápido tentando apagar tudo...

POV

Taylor

Eu nem sei há quantos dias não via Faye, a saudade apertava meu peito, e nesses momentos eu não raciocinava direito, caia na cama de alguém para não cair na cama dela.

Uma amiga de Ike que sempre me procurava me ligou, ela seria meu refúgio naquele dia.

Nada de sentimentos.

Só ocupar a mente por algumas horas.

Chego em casa depois de foder com uma desconhecida para esquecer o amor da minha vida, e dou de cara com minha "namorada" me esperando.

"Quanta merda eu sou capaz de fazer?"

Não existia a menor chance de negar onde eu estava ou o que estava fazendo.

Michele não era boba. E eu não esperava que fosse.

Ela briga, discute, diz que sabe que eu não a amo. Que tudo foi combinado mas que mesmo assim doía.

Eu realmente não queria machucá-la, mais estar comigo já significava isso.

Eu não tinha nada a dar. Eu estava vazio.

Tento acalmá-la, é tarde e não tem como mandá-la embora a essa hora.

Ela dorme em meu quarto e eu na sala.

Acordo cedo carregado de culpa e de mágoas.

Eu julgava tanto os erros dos outros, mas continuava cometendo os meus.

Antes de sairmos para Pittsburg, passo na casa de Rebeca para acertar algumas coisas urgentes. Michelle fica chorando no carro.

Rebeca acaba me dando um sermão daqueles, dizendo que eu preciso logo encontrar alguém especial.

O problema é que eu já encontrei, e ela é sua filha. Infelizmente!

Não foi fácil mas convenço Michelle que precisamos de um tempo.

OUTONO (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now