Nove: Verão e outono

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NOTAS

"mary, como assim? notas no início?"
primeiramente, aloooou amores!!! como estão?

segundamente, vim aqui no comecinho mesmo avisar que a fic está recheaaaada de changki. por isso, vão preparando os coraçõezinhos 💃🏼

e, finalmente, me despeço de vocês por aqui. espero que gostem do capítulo!!!! não se esqueçam de comentar e votar, quero muito saber o qie estão achando da história!!!

um beijo e um queijo e até a próxima att!! 😗✌🏻






— Desculpe se tiver sido muito estranho — Changkyun disse, referindo-se ao trecho que há pouco recitara, alegando que era aquilo que cruzava os pensamentos de Kihyun. Com o copo de cerveja na mão, escorado na grade da sacada, o Lee mais velho apoiava seus cotovelos na superfície de metal, olhando, de soslaio, para Kihyun, cujo segurava, com a destra, seu copo com refrigerante, bebido pela metade, e olhava para todas as luzes, cintilantes e brilhantes, acesas, dos vizinhos — mas esse trecho ficou na minha mente.

Kihyun riu, acanhado. Perguntou-lhe:

— Você leu umas poesias do meu caderno, não é?

Changkyun, com os lábios contorcidos em um sorriso sem graça, desviou o olhar para longe do Yoo, de forma a girar seu corpo e encostar suas costas na sacada, observando o jogo de cartas que Hyungwon, Hoseok e Hyunwoo jogavam.

— É, eu li. Um pouco antiético, mas minha curiosidade falou mais alto.

— E por que justamente aquele trecho te chamou tanta atenção ao ponto de você ter decorado? — curioso, Kihyun questionou.

— Porque o final é bonito. E trágico. O amor é como Shakespeare descreveu.

Kihyun, cabisbaixo, ainda sem olhar para Changkyun, murmurou:

— Acho que o amor é uma faca de dois gumes — aquilo cativou a atenção do Im, que olhou-o — quero dizer, do mesmo tanto que machuca, ele também te faz bem. E isso acaba se tornando um ciclo vicioso.

— Almas gêmeas são ainda mais complicadas — comentou Changkyun, cujo recebeu um aceno positivo do Yoo — ou você encontra sua alma gêmea, ou você morre de flores.

— Mas almas gêmeas também têm sua beleza — Kihyun, sentindo um nó formar-se em sua garganta, disse, baixinho — descobrir que se tem uma alma gêmea deve ser a coisa mais gratificante do mundo. E almas gêmeas também são únicas — com um largo sorriso no rosto, Kihyun continuou a falar: — vocês descobrem que são feitos um para o outro de uma forma que ninguém mais experimentou.

— E como você gostaria de descobrir sua alma gêmea? — Changkyun não pôde evitar não perguntar aquilo. Para o mais velho, em verdade, aquele assunto era uma bênção pois podia saber o que Kihyun pensava sobre caras metades e também porque vê-lo animado era melhor do que vê-lo chorando, aos prantos.

— Não sei, não pensei muito nisso — até porque achava que Minhyuk era minha alma gêmea, aditou mentalmente — se eu tiver uma alma gêmea, gostaria de ganhar um poema escrito à mão.

— Você consegue ser o rei dos clichês — caçoou o Lee.

— Cale a boca — Kihyun, já sentindo suas bochechas arderem em brasas, empurrou, levemente, o ombro de Changkyun, de modo que o mais velho cambaleou e apoiou-se no cantinho da parede da sacada — quando eu era mais novo, ouvia histórias de que haviam almas gêmeas que compartilhavam a mesma dor.

Naquele instante, Changkyun segurou a latinha de cerveja com mais força.

— Eu não quereria uma alma gêmea assim. Compartilhar a dor que sentem deve ser uma tortura e eu não quero que ninguém se machuque por causa do que eu sinto — Kihyun sussurrou após beber, em um único gole, o restante do refrigerante — agora, vamos jogar um pouco com eles. Estou me sentindo mais solto.

SEE YOU AGAIN「 Changki 」Where stories live. Discover now