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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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Quando percebi que Victor Hugo estava me levando para um hospital particular, cogitei abrir a porta do carro e me jogar, mas logo que minha mão alcançou a maçaneta, voltei a mim e tentei argumentar:

— Senhor, pode me levar ao hospital público, eu não tenho como pagar um hospital como esse.

— Você não tem que se preocupar com isso. Como está a perna? — Ele avança um sinal vermelho.

— Puta merda. O senhor pode não fazer isso? — Suas mãos apertam tão fortemente o volante que os nós dos seus dedos estão brancos. — Me leva pro SUS, por favor.

— Deixa que eu me preocupo com isso, Helena. — Para bruscamente no estacionamento de um hospital e desce abrindo a porta para mim em seguida. — Passa os braços pelo meu pescoço e segura. — Tenta me pegar no colo, mas me recuso, mesmo sentindo dor.

A última coisa que preciso é de uma dívida com um hospital. Já tenho dívidas demais.

— Helena, não seja teimosa, por favor — resmunga irritado.

— Eu não vou nesse hospital, senhor! — Cruzo meus braços e seguro o cinto de segurança.

— Caralho, mulher, vou ter que chamar o seu marido? — fixa os olhos na única coisa que material que me restou, a aliança que Mauro me deu.

— Boa sorte para tentar tirá-lo do caixão — resmungo com amargura.

— E-eu não sabia, me desculpa — responde, se dando por vencido. — Eu sinto muito mesmo, vou te levar no hospital público.

— Eu agradeço imensamente. — E antes que eu consiga fechar o cinto, ele consegue me puxar para fora do carro no seu colo. — Para com isso. — Dou alguns tapas nele, mas o senhor Victor Hugo não parece se abalar. — Eu vou te acusar de sequestro! — grito. — Socorro!!! Estou sendo sequestrada!!!

— Ah, claro, te sequestrei para te levar ao hospital... A doutora Victoria Mendes, rápido. Diga que é Victor Hugo e é uma emergência — fala para um enfermeiro que sai rapidamente à procura da médica.

— A Bela foi sequestrada para ficar bonita em um castelo lendo e cantando com objetos. Cada louco com sua loucura! — reclamo e ele ri genuinamente por alguns milésimos de segundo. — O senhor pode me colocar no chão...

— Não enquanto eu não puder garantir que não irá fugir.

— Quem tem motivos para desconfiar das intenções de alguém aqui não é o senhor! — Me contorço em seu colo, mas nem assim ele me coloca no chão.

— Pode colocá-la nesta maca, senhor. — Uma enfermeira com o rosto pintado de sardas, informa gentilmente.

— Somente após a doutora Victoria Mendes vir até nós — avisa e nem mesmo dá a chance de a enfermeira argumentar. — Pode chamá-la, por favor? — Por um momento ele sorri e, um pouco constrangida, ela também sai à procura de Vic.

— Isso é ridículo, senhor Victor Hugo. Tenho idade suficiente para não agir como uma criança e tentar fugir de um hospital. — Tento forçá-lo mais uma vez a me tirar do seu colo.

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora