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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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Leo perguntou por Hugo logo que acordou. Estava acostumado a encontrá-lo quando acordava. Já fazia parte da sua rotina disputar o banheiro com ele. Mas, desde a noite anterior, eu não o via. Nem mesmo durante o dia ou quando Leo voltou da aula.

Pensei em mandar mensagem, ou passar na casa dele, mas ambos estávamos magoados e eu não tinha certeza se era a melhor decisão. Sabia que Hugo podia ser cabeça-dura, mas eu não ficava atrás e não queria agravar nossa discussão.

No dia seguinte, após levar Leo até a van, encontrei a porta aberta e um carro desconhecido parado na frente. Rapidamente entrei na casa e encontrei Hugo descendo a escada, seguido de duas mulheres altas, esguias, de pele escura e sorrisos contagiantes.

— Você chegou. Vem aqui. — Ele me chama com a mão. — Essa é a Helena, é a minha namorada e o que ela disser é lei. — E me cumprimenta com um beijo na têmpora. — Essas são velhas conhecidas, Maria e Marta. — Nos apresenta rapidamente e logo as duas se despedem, informando terem muito trabalho para fazer.

— Vem. — Ele começa a subir as escadas devagar, me puxando junto.

— Hugo. — Paro no meio do caminho. — O que é tudo isso?

— Eu não sou o tipo de homem que costuma admitir que está errado — desce os degraus de volta até mim —, mas você está certa. Não posso te cobrar algo que não estou te dando.

— Certo...

— Já estou planejando uma reforma há algumas semanas, mas antes preciso que você veja como está. — Ele parece desconfortável, mas disposto. — Depois, nós podemos sair juntos enquanto tudo é organizado para a reforma começar...

— Tem certeza?

— Vem comigo. — Me oferece a mão e aceito, o acompanhando.

Diferente da decoração do andar inferior, a do andar superior é toda trabalhada um estilo clean sofisticado. Com móveis de ar moderno, apesar de não serem novos, e uma grande quantidade de luzes e espelhos, parece uma casa completamente diferente da que conheço.

— A Jaqueline decorou quando casamos. Ela adorava espelhos. Essa parte da casa não é um segredo, eu apenas não me sinto confortável aqui como um dia me senti — avisa. — São quatro suítes. Aquele era o nosso quarto. Não consigo ficar muito tempo lá dentro. Na verdade, nem lembro a última vez em que estive ali.

— Por isso dorme no sofá ou no quarto de hospedes lá de baixo? — Ele confirma com a cabeça.

— Tem muitas lembranças físicas. Podemos entrar se você quiser.

— Não precisa. — Ele suspira aliviado.

— A segunda porta é do ateliê dela.

— Ah... Não sabia que ela era uma artista.

— A Jaqueline gostava de fazer de tudo um pouco. Dizia que a acalmava. — Sua voz apesar de triste, não é amargurada. — Quer entrar? — Nego com a cabeça.

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora