Capítulo 28

3K 213 19
                                    

Josh

O filme tinha acabado.

Alan e Any estavam um andando do lado do outro. E como aquilo me irritava. Parecia que eu não estava conseguindo controlar os meus sentimentos. Essa intensidade de... Ciumes?

-Quer tomar um sorvete Any? - Perguntou Alan pra ela.

-Sim. - Respondeu ela sorrindo.

Revirei os olhos. Comprei um pra mim também, e ficamos caminhando calmamente pelo shopping.

-Eu acho que está na hora de ir para a casa não acha, Any? O seu pai acabou de mandar mensagem. - Mentira.

Ela me encarou e Alan também.

-Mas a gente mal curtiu o shopping.

Eu arqueei minhas sobrancelhas. Porque essa nanica me irrita tanto? Apenas quero ir pra casa.

Ela cruzou os braços.

-Pois fale para o papai que eu não vou!

- Ah você vai sim!

- Não! - Respondeu ela levantando a voz, chamando a atenção de algumas pessoas.

Eu cheguei mais perto da Any.

-Vamos nanica!

-Me obrigue-me - Disse ela.

Eu inspirei, respirei de novo.

-Desculpe Alan. Mas é que os nossos pais querem ter uma conversa séria com a pirralha. Quem sabe outro dia a gente saí de novo?

-A gente? - Ele repete a palavra.

-Isso. - Respondo. E logo depois lego Any jogando sobre os meus ombros.

-ME LARGA! - Grita ela fazendo um escândalo, chamando mais a atenção do público.

Chegando em casa.

A coloco no sofá.

-Seu...- Quando Any ia começar a falar algumas palavras eu tampo a sua boca com a minha mão.

-Cale a boquinha, maninha.

Ela morde a minha mão.

-Porra Any!

- Isso, é pra você parar de querer controlar a minha vida, você acha que eu não sei que está com ciúmes do Alan? - Ela diz.

Eu riu irônico.

-Eu? Justo eu ? Nunca!

Ela cruza os braços olhando pra cima. Que no caso sou eu.

- Me deixe em paz, Josh.

O que aconteceu com essa menina?

Any

Eu tranco a porta do quarto. Me sento na cama. Fico olhando pra parede. Me jogo na cama e olho pro lado.

Uma caixa.

O que é isso?

Abro a caixa. Eu arregalo os olhos. Será que foi o papai quem deixou aqui?

Na caixa tinha várias coisas minhas de quando eu era bebê, tinha coisas da minha mãe também.

Então sinto o meu peito apertar forte. Ao lembrar dela. Vejo algumas fotos nossas, alguns objetos que ela usava.

Sinto o meu rosto já queimar. Com as lágrimas que estavam se formando em meu rosto. A saudade estava grande. Muito grande. Demais.

- Quando que eu vou ver você de novo? Mamãe.

Fico vendo as coisas até pegar no sono.

Alguns dias depois.

-Any! Acorda meu amor!

Eu olho o alarme tocando. Me levanto rapidamente e vou até o meu guarda roupa. Pegando algumas roupas.

Me visto como um flash. Desço as escadas e pego algumas torradas.

-Any você está atrasada.

- Eu sei, eu sei.

Saio correndo apressada. Chegando a escola eu entro na sala de aula. O meu cabelo estava horrível.

-Aonde você estava? - Perguntou uma colega de sala. Pra mim.

- Em um lugar.

Presto atenção nas aulas. Finalmente bate o sinal para o intervalo. Vou a biblioteca pegar alguns livros para ler. Eu estava com um pressentimento muito ruim. Não sei porque. Mas eu estava. Demais.

Balancei a cabeça, ignorando esses sentimentos. Abro um leve sorriso e vou para o andar de baixo.

Foi muito rápido. Tão rápido que eu nem senti quase nada. Apenas uma escuridão.

O FILHO DA MINHA MADRASTA - BEAUANYWhere stories live. Discover now