Capítulo 31

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Josh

- Quem é você?

Aquilo me fez gelar. Como assim quem era eu?

-Sou eu o Josh... O-o seu irmão... - Não, nem fodendo que éramos isso.

Ela faz uma cara não entendendo nada.

- Ela perdeu a memória Josh. - Disse o meu padrasto.

-Como assim? Não, ela não pode simplesmente...

- Sim, Josh, ela perdeu.

-Eu não me lembro de nada. Desculpe. - Disse ela.

Eu abro a boca pra tentar falar algo, mas logo fecho. Eu não sabia o que dizer.

Eu saio do quarto e vou para fora do hospital.

Me encosto na parede. Eu estava em um beco do hospital. Merda, merda.

Dou uns 3 socos na parede. Eu estava puto demais.

-Caralho! - Falo descontando a minha raiva na parede. As lágrimas começam a surgir. Eu odiava chorar, eu odiava muito.

Ela não pode se esquecer de mim! Não agora.

Minhas mãos estavam roxas. Eu já estava dentro do hospital. Sentado em uma cadeira do lado de fora do quarto.

-Josh?

Vejo a minha mãe vindo em minha direção, ela se senta ao meu lado e me dá um abraço em volta das minhas costas.

- Eu sei que logo ela vai se lembrar de você.

- Do que você está falando mãe? Eu nem gosto dela! Por mim tanto faz.

A minha mãe me olha.

- Os seus olhinhos inchados dizem outra coisa! Aliás, esses últimos dias você mostrou estar tão preocupado.

Me mantive quieto e ela continuou.

- Josh - Ela me chamou de novo, me puxando pelo rosto para olha-la- Não minta pra mim, eu conheço o filho que eu tenho. Eu sei que você está apaixonado pela Any.

Arregalo os olhos.

-Está tudo bem filho. Eu não posso controlar os seus sentimentos! Pelo ao contrário eu respeito muito e apoio! Eu percebi que vocês têm química. Até quando estão brigando. Eu sei que o seu padrasto odiaria saber que você está apaixonado pela Any, porque ele quer uma família de verdade, mas isso é só uma coisa de vocês.

- No dia da festa a Brenda gravou um vídeo... Ela disse que iria mostrar pra vocês.

- Que vídeo? -Perguntou ela

-De mim e a Any nos beijando.

-Se depender de mim esse vídeo não vai parar nas mãos do David, Okay? Por enquanto vamos manter isso privado. Depois de um tempo, quando a Any estiver melhor. A gente conversa sobre vocês dois.

A compreensão da minha mãe as vezes me deixava admirado. Ela sempre foi uma ótima mãe. Nunca me deixou mal ou algo assim. Sempre esteve do meu lado. Ela foi pra mim uma mãe, e um pai que eu nunca tive. Essa mulher merece o mundo.

Ela me deu um beijo na testa.

-Tenho uma notícia boa. A Any vai ganhar alta amanhã!

- Que ótimo! -Digo abrindo um sorriso.

- Você só precisa ser mais calmo com ela. Ela não se lembra de quase nada, então...

-Entendo mãe. Vou cuidar dela. - Digo.

Ela brinca com os meus cabelos e me abraça de novo.

-Agora vou lá ver a Any.

1 dia depois

Ela desceu do carro, com uma toca de frio, uma blusa preta comprida e de calça jeans e bota. O tempo hoje tinha resolvido ficar frio.

Ela estava linda como sempre. Ela olha em volta estranhando tudo.

Any entra em casa deixando as suas coisas no sofá, e subindo as escadas. Abro um leve sorriso. Ela entra em seu quarto, e começa a olhar tudo. Ela estava de costas pra mim, ela encarava alguma coisa, eu me aproximei. Ela olhava uma foto, era de uma mulher. Provável que a sua mãe.

- Ela é linda.

-Muito- Respondeu ela sorrindo.

Fiquei calado enquanto ela olhava a foto.

- Então somos mesmo irmãos? Como eu pude esquecer que a minha mãe teve mais um...

-O quê? Não! Eu sou o filho da Olívia! Não somos irmãos de sangue... Somos "irmãos" postiços. - Falei.

Ela abre um sorriso. Ela estava tão perto. Os seus olhos cor de mel eram tão lindos. Não me canso de falar isso.

Os seus olhos estavam grudados em mim fixamente.

-Desculpe- Fala ela.

Então ela se afasta e vai para o banheiro.

Suspiro alto. Me sento em sua cama. Começo a olhar ao redor. Vejo uma caixa em uma prateleira. Me deu uma curiosidade de abrir. Fui até a prateleira. Olhei para a porta de tinha alguém vindo.

Ninguém.

Peguei a caixa da estante e abri. Tinha muitas coisas da Any de quando era criança, tinha coisas da sua mãe e também do seu pai.

Abri um sorriso de lado. Eram apenas lembranças. Ela devia sentir saudades de tudo isso.

Guardei tudo isso.

Sai do quarto da Any, fui comer alguma coisa.

Any

Eu me sentia um peixinho fora da água. Sem conhecer ninguém.

Me sentei na mesa de jantar quando eram 20:00PM

As únicas coisas que eu lembrava era? Que mamãe estava morta, e meu pai morava com uma mulher.

Comecei a comer aquela comida simples, feita pela Olívia. Que por sinal estava muito gostoso.

- Sente alguma dor filha?

- Não, pai.

-Você não quer contar pra gente sobre aquele sonho? - Perguntou Olívia.

- Não. - Respondo tomando um gole de suco.

-Que tal vermos um filme de terror depois?

- Eu não gosto de filme de terror.

- A Any não gosta de filme de terror.

Eu e Josh falamos ao mesmo tempo. Eu olho para ele. Ele se engasga com a comida. Arregalo os olhos e dou tapinhas em suas costas.

O FILHO DA MINHA MADRASTA - BEAUANYWhere stories live. Discover now