Capítulo 4

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A medida que íamos caminhando, passando pelos inúmeros estandes, vi cachorros e gatos de todos os tipos, raças, cor, tamanhos, idade e temperamento. Eles possuíam apenas duas coisas em comum: todos tinham sido abandonados e ansiavam por um novo lar.

Havia crianças correndo por todos os lados, algumas tentavam convencer seus pais de que cuidariam do cachorrinho, casais querendo encontrar o melhor animal para agregar a família e algumas pessoas estavam ali apenas de curiosidade.

— Eu quero ver com meus próprios olhos se você vai mesmo adotar.

— Vim só para conhecer, mas se algum deles conquistar meu coração, posso pensar no caso.

— E já se encantou por algum? — perguntou curiosa.

— Acabamos de chegar e, por enquanto, só estou olhando.

— Então ainda tenho a chance de te convencer a adotar um gato?

— Essa opção está fora de cogitação!

— Você não se arrependeria de ter um gato como companhia.

Estávamos passando bem em frente a um estande só com filhotes de cachorros e não resistimos a tanta fofura e acabamos nos aproximamos. Havia uns nove filhotes tentando chamar a nossa atenção. Eles eram tão fofos e curiosos.

— E aí, vai levar qual deles? — Kathe perguntou enquanto brincava com um.

— Ainda não sei!

— Eu gostei desse carinha aqui! — disse ela erguendo o filhote ao lado do rosto, bem a tempo dele lhe dar uma lambida na bochecha.

— Acho que ele também gostou de você! Devia levar ele.

doida? Se eu aparecer com mais um bicho, meu marido me expulsa de casa.

— Acho que vou dar uma olhada nos outros animais.

— Você tem razão! Mas olha só como esses são fofinhos!

— São muito fofos, mas eu não terei muito tempo para educar um filhote.

Katherine colocou o filhote de volta no cercado e continuamos andando, conversando e olhando todos aqueles animais alegres e brincalhões. Estávamos tão distraídas que nem percebemos quando um cachorro destrambelhado veio correndo em nossa direção e pulou bem em cima de mim, me fazendo cair sentada.

Depois do susto inicial, acabei rindo de toda a situação. Quando consegui me recuperar do susto, fiz um afago na cabeça do animal. Ele estava muito bem cuidado, os pelos sedosos, tinha uma bandana azul amarrada ao pescoço e uma plaquinha pendurada na coleira, não parecia em nada com um cão de abrigo. Apollo era o nome gravado no pequeno pedaço de metal em forma de osso.

— Ele te machucou? — Ouvi quando alguém me perguntou.

Presumi que fosse o dono do Apollo, olhei para cima e vi um rapaz com a mão estendida para me ajudar a levantar, então aceitei sua ajuda e comecei a limpar minhas roupas.

— Eu estou bem! Obrigada!

— De nada!

— É seu cachorro? — perguntei.

— Eu só estou acompanhando minha mãe. — Ele apontou para um estande onde uma senhora acenou de volta. — Tem certeza de que não se machucou?

— Tenho sim.

— Veio adotar algum?

— Estou pensando na possibilidade!

— É uma ótima ideia! A propósito, eu sou Thales!

O que Apollo uniu, ninguém separaWhere stories live. Discover now