A medida que íamos caminhando, passando pelos inúmeros estandes, vi cachorros e gatos de todos os tipos, raças, cor, tamanhos, idade e temperamento. Eles possuíam apenas duas coisas em comum: todos tinham sido abandonados e ansiavam por um novo lar.
Havia crianças correndo por todos os lados, algumas tentavam convencer seus pais de que cuidariam do cachorrinho, casais querendo encontrar o melhor animal para agregar a família e algumas pessoas estavam ali apenas de curiosidade.
— Eu quero ver com meus próprios olhos se você vai mesmo adotar.
— Vim só para conhecer, mas se algum deles conquistar meu coração, posso pensar no caso.
— E já se encantou por algum? — perguntou curiosa.
— Acabamos de chegar e, por enquanto, só estou olhando.
— Então ainda tenho a chance de te convencer a adotar um gato?
— Essa opção está fora de cogitação!
— Você não se arrependeria de ter um gato como companhia.
Estávamos passando bem em frente a um estande só com filhotes de cachorros e não resistimos a tanta fofura e acabamos nos aproximamos. Havia uns nove filhotes tentando chamar a nossa atenção. Eles eram tão fofos e curiosos.
— E aí, vai levar qual deles? — Kathe perguntou enquanto brincava com um.
— Ainda não sei!
— Eu gostei desse carinha aqui! — disse ela erguendo o filhote ao lado do rosto, bem a tempo dele lhe dar uma lambida na bochecha.
— Acho que ele também gostou de você! Devia levar ele.
— Tá doida? Se eu aparecer com mais um bicho, meu marido me expulsa de casa.
— Acho que vou dar uma olhada nos outros animais.
— Você tem razão! Mas olha só como esses são fofinhos!
— São muito fofos, mas eu não terei muito tempo para educar um filhote.
Katherine colocou o filhote de volta no cercado e continuamos andando, conversando e olhando todos aqueles animais alegres e brincalhões. Estávamos tão distraídas que nem percebemos quando um cachorro destrambelhado veio correndo em nossa direção e pulou bem em cima de mim, me fazendo cair sentada.
Depois do susto inicial, acabei rindo de toda a situação. Quando consegui me recuperar do susto, fiz um afago na cabeça do animal. Ele estava muito bem cuidado, os pelos sedosos, tinha uma bandana azul amarrada ao pescoço e uma plaquinha pendurada na coleira, não parecia em nada com um cão de abrigo. Apollo era o nome gravado no pequeno pedaço de metal em forma de osso.
— Ele te machucou? — Ouvi quando alguém me perguntou.
Presumi que fosse o dono do Apollo, olhei para cima e vi um rapaz com a mão estendida para me ajudar a levantar, então aceitei sua ajuda e comecei a limpar minhas roupas.
— Eu estou bem! Obrigada!
— De nada!
— É seu cachorro? — perguntei.
— Eu só estou acompanhando minha mãe. — Ele apontou para um estande onde uma senhora acenou de volta. — Tem certeza de que não se machucou?
— Tenho sim.
— Veio adotar algum?
— Estou pensando na possibilidade!
— É uma ótima ideia! A propósito, eu sou Thales!
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O que Apollo uniu, ninguém separa
RomanceCléo acabou de se mudar e agora terá sua própria casa, sem regras ou brigas com seus irmãos para usar o banheiro pela manhã. Decidida a realizar um sonho de infância, resolve adotar um animalzinho de estimação. Após visitar uma feira de adoção, ela...