5.VIVA AOS MORTOS

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Daniel

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Daniel

Estava uma grande merda tentar se ajeitar no novo espaço que aluguei depois do divórcio e depois que voltei para essa cidade maldita.. Filha da Puta! eram os pensamentos que eu tinha toda vez que lembrava da minha ex esposa Rachel mas meu coração chorava de saudade quando lembrava do meu casal de filhos com dez e doze anos. De nada adiantava ter me dedicado tanto ao trabalho e comprado coisas caras aquela mulher maldita se o que ela queria era somente sexo...sexo com outros homens. Se eu soubesse não teria viajado tanto para fora tentando ao máximo dar as melhores coisas para minha família. Rachel nunca foi uma mulher carinhosa e meiga, nunca foi como o grande amor de minha adolescência... mas isso não queria lembrar agora, coisas do passado já não voltavam e seguir em frente é o que eu deveria fazer todos os dias quando abria meus olhos. Eu também não era perfeito, tinha meus tantos defeitos e ela reclamava sempre do meu cheiro de uísque, o que antes nunca tinha sido um grande problema afinal. E eu também não fazia mais questão de ter que esconder qualquer coisa.

Nada mais era tão tranquilo e tão alucinante como antes. Rachel me deixou por outro homem e ficou na grande casa onde moramos desde que casámos em Londre Halls. E agora depois de tudo isso, mesmo passado já um ano da separação eu ainda tentava colar os cacos evidentes em minha vida. Logo teria que ver meus filhos, eu estava com saudades mas sabia também que esse tempo ausente faria com que o distanciamento fosse algo normal para a vida deles. Essa era a vida dos filhos do divórcio.

Voltar a River Falls em um momento onde tudo estava enlouquecendo só fez minha vida particular mergulhar ainda mais para o final, e ter que assumir aquele cargo e ter que colocar em ordem um departamento de polícia todo revirado era quase engraçado se nem mesmo conseguia padronizar minha própria vida. Era cômico! Mas mesmo assim tentei da melhor forma até ela chegar no meu escritório. Aquela mulher de olhos profundos e sério, de boca cheia de carne e quieta de palavras. Ela era tudo aquilo que eu mais queria evitar naquele momento de minha vida, confusão.

Minha nova parceira de trabalho, ela nem imaginava o quanto conseguia me tirar e mais alguns homens do departamento do trecho.Lembrei-me dela se abaixando na minha frente não podendo evitar de reparar nas pernas torneadas e no corpo bem definido daquela que parecia ser tão séria e às vezes tão ausente dali. Os lábios da detetive eram algo que poderiam sim serem perdidos quando olhava para eles e ao mesmo tempo olhar para seus olhos não era fácil não se surpreender com a vivacidade deles.

Minha experiência e minha notável observação faziam desconfiar de sua chegada naquela tão plácida cidade. Não haviam muitos casos assim de assassinato e não tinham, muitas mortes para serem desvendadas, mas sabia que tinha uma morte em espacial que ainda não havia conseguido descobrir o assassino era algo que poderia ser o motivo dela estar ali. A de Anna Miller, irmã de Emma. Uma morte quase sem explicação e quase sem pistas, não havia sido eu que havia recolhido os primeiros sinais ou até mesmo o primeiro a chegar ao corpo, havia sido a equipe de Smith e ele nem era da parte de Homicídios, todo o cenário do crime perdido e aquilo tudo me fazia ter calafrios. Sentia que algumas pontas não estavam sendo conectadas e sentia que Emma estava ali justamente para isso. E alguma coisa dizia que a outra morte tinha ligação nisso tudo também. Mas ao mesmo tempo, eu não queria descobrir que ela estava investigando por conta própria, pois se eu desconfiasse disso, teria que me livrar da detetive, me livrar dos meus motivos em me arrumar quando me levantava. Era bom tê-la por perto, mesmo que às vezes ela pudesse estar sempre tão distante dali.

NOS BRAÇOS DE UM POLICIAL ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora