Capítulo 5

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Brooke

Cheguei na escola e logo na entrada já vi algo que acabou com meu dia antes mesmo de começar. Passei direto e fingir que aquilo não me afetou. Vi meu grupo (Jazz, Alice, Thiago e Jaxon) de longe mas passei direto indo pra sala. Me sentei em uma cadeira do fundo e deitei meu rosto em cima da mesa.

Não estava nem um pouco afim de conversar e devido a noitada estava  com muito sono e sem paciência. Alice e Thiago apareceram e sentaram ao meu lado. Eles perguntaram o que tinha acontecido e eu desconversei já que não queria falar nada até pelo menos saber o que ia fazer.

As aulas foram se passando e eu até que era boa aluna. Gostava realmente de estudar, me fazia pensar em um futuro longe da minha família e sem depender do dinheiro deles. Era a hora do intervalo e eu me virei para minha bolsa pegando minha carteira.

Alice tinha ido ao banheiro e Thiago ficou na porta me esperando. Peguei meu celular e segui com ele para cantina. Ficamos na fila e logo o resto do pessoal apareceu. Peguei meu celular após o barulho de uma nova mensagem e mordi o lábio pensando no que ia fazer. Era uma mensagem da minha mãe confirmando o almoço. Meu pai viria me buscar com ela e de lá íamos almoçar.

Desviei o olhar para o lado vendo meus irmãos e revirei os olhos. Eles se aproximaram e comprimentaram o pessoal, felizmente foram com seu grupinho para o fim da fila. Um menino que fazia aviãozinho passou do meu lado e eu pedi para o Thiago comprar pra mim que eu já voltava.

Comprei dois cigarros de maconha na mão dele e ele sempre gastava com minha cara já que ele pegava a droga com um dos vendedores do meu pai. Paguei e guardei os cigarros entre meus seios. Sai dali indo para a mesa e dei um beijo na bochecha do Thi em agradecimento e comi.

Ficamos conversando e zuando um com o outro como de costume até que a Ester passou com o grupinho dela e dentre eles estava o carinha de mais cedo. Ela piscou pra mim e eu desviei o rosto. Pelo canto do olho a vi se sentar e pegar o celular. Provavelmente foi pra me mandar mensagem já que meu celular novamente deu sinal de vida.

 Provavelmente foi pra me mandar mensagem já que meu celular novamente deu sinal de vida

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Travei o celular e ajeitei meus óculos escuros. Deitei minha cabeça no ombro da Jazz e fiquei pensando no que ia falar aos meus pais. O sinal tocou e voltamos pra sala. No meio do caminho, ou melhor na porta da minha sala, Ester e seu grupinho estava lá.

Passei direto já que não estava com ânimo pra brigar e fui até minha cadeira. Peguei meu celular e mandei mensagem para minha mãe cancelando o almoço e avisando que o que ia falar não ia rolar mais.

Ela perguntou o que era e eu disse que explicaria em casa e ela entendeu. Voltei minha atenção para a aula e até que me ajudava a esquecer um pouco das coisas. Eu precisava pensar no que iria fazer com a Ester e isso eu precisaria de tempo.

No fim da manhã, fomos liberados e convidei Alice para ir lá pra casa mas ela tinha médico. Ao sair da escola vi alguns amigos entrarem no carro que trazia meus irmãos e revirei os olhos. Fui até meu carro e deitei no fundo tirando meu fone de ouvido e me permitindo ficar em silêncio.

Fui direto para o meu quarto passando pelos dois amigos do meu irmão que estavam na sala com ele. Eu sabia que eles tinham uma queda por mim, aliás a maioria da escola tinha. Eu não julgava eles, mas se eles se aproximaram do Derek pra tentar algo, erraram feio.

Na escada, minha irmã e duas amigas dela estavam descendo e eu passei direto da mesma forma. Entrei em meu quarto e me deitei na cama olhando para o teto e pensando no que iria fazer. Ouvi batidas na porta d em seguida meu pai entrou. Ele se deitou em meu lado e ficou olhando o teto comigo.

- O que você ia me contar no almoço cancelado? - meu pai sempre ia direto ao ponto quando ele se sentia ameaçado. E pelo que eu conheço dele, ele espera algo como "relacionamento" em resposta

- Era só um projeto meu que felizmente não foi pra frente, porém já estou pensando em como resolver

- tudo bem, qualquer coisa só me avisar - ele deu um beijo em minha cabeça e minutos depois escutamos um barulho de coisa quebrando no corredor.

Nos olhamos e fomos correndo pra lá, Marina tinha deixado o copo cair em seu pé e pelo rastro do vidro e do sangue, ela tinha provocado. Quando você deixa alguma coisa cair sobre seu pé, o sangue fica por baixo e os movimentos dos pedaços de vidro são uniformes.

O dela o sangue estava por cima e tinha alguns cacos de vidro que não faziam sentido. Como eu sei? Muito filme e série que assisto. Coisas desse tipo me atrai e posso até dizer que está no meu sangue. Fora que ela sempre fazia alguma dessas artes para tirar a atenção do pai e da mãe de mim pra ela.

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Já se passavam das quatro quando eu finalmente cheguei a uma conclusão. Não ia deixar a Ester ficar por cima. Mandei uma mensagem pra ela pedindo pra ela ir ao nosso lugar de sempre e me levantei indo me arrumar.

Fui ao closet escolher uma roupa e a coloquei na cama. Eu sempre fazia isso quando ia me arrumar. Escutei o barulho da notificação da Ester e abri a mensagem. Ela tinha me enviado uma foto no espelho do nosso lugar.

Basicamente, nós tínhamos um apartamento juntas

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Basicamente, nós tínhamos um apartamento juntas. Nossos pais tem tanto dinheiro que as vezes nem se dão conta se alguns deles sumiram. Era o nosso canto, lugar onde podíamos ser nós mesmas.

Deixei o celular de lado e fui ao banheiro tomar uma ducha. Saí de lá minutos depois e me arrumei. Conferi se tava tudo certo e saí do quarto o trancando. Encontrei tio Chaz e meu pai na sala e avisei que estava indo dar uma volta pra distrair. Sai antes que ele pudesse dizer algo e entrei no taxi que eu já tinha chamado.

Ao chegar no prédio, fui direto para o elevador e tirei uma foto encaminhando para a mesma. O elevador já dava no nosso apartamento então nem me preocupei em pegar chave.

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A batida do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora