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TaeHyung, já do portão da mansão, conseguia ouvir os gritos de seus pais. Agora é isso todo dia, gritos e mais gritos, frases insuportaveis, coisas feias são ditas um ao outro, e o pior de tudo, quase sempre, colocavam TaeHyung como principal culpado. O Sist não sabia por que seus pais começaram a brigar e se desentender do nada, ele simplismente ouvia os berros e chorava enquanto isso pois sabe que seu pai chegaria em seu quarto para lhe bater. Tinha medo de que, mais uma vez, o homem ultrapasse isso. Ele abusa de TaeHyung dizendo estar precisando daquilo, sua mulher não quer mais ir para a cama com ele, então o desgraçado faz o filho de brinquedo sexual. São as piores noites de TaeHyung.

Primeiro que o homem nunca aceitou a sexualidade do filho, nem mesmo a mãe dele. Na verdade, nunca apoiaram o filho em nada, nada mesmo. Dizem sempre que, quando ele fizer os 20, o que não vai demorar muito, vão coloca-lo em um apartamento e ele que se vire para arrumar um emprego. Pagariam o apartamento, más não as contas de água, luz, o supermercado, essas coisas. TaeHyung está fazendo direitos, quer ser um grande advogado, mesmo que, nisso, seus pais também não o apoiem.

Os gritos dos dois fazem TaeHyung ficar louco. Crise de ansiedade e transtorno mental começaram a se agravar, está ficando cada vez mais abalado com tudo aquilo.

Ele não queria entrar, más não tinha para onde ir. Não tem amigos, não tem nenhum famíliar na cidade, não teve outra opção.

TaeHyung abriu o enorme portão de ferro direito, fazendo um chato barulho. Parecia que o portão não via um óleo a anos. Passou pelo portão, logo colocando o cadeado, caminhou a passos curtos pelo jardim, seus olhos já lacremejavam ao pensar no que poderia acontecer essa noite. Com a mão na maçaneta, já deixou as lagrimas rolarem, abriu com cuidado. Os gritos não os permitiram ouvir o barulho da porta abrindo e fechando. O garoto tentou passar despercebido pelo canto da sala, o local onde seus pais estavam, chegando as escadas, ele subiu direto para o terceiro andar. Foi para o seu quarto, o ultimo no fundo do corredor. Trancou a porta, jogou a mochila em um canto aleatorio do quarto e se encostou na porta.

Th-três meses... -disse para si mesmo entre soluços -só mais três meses, TaeHyung. -foi até sua cama e sentou encostado na cabeceira, abraçou seus joelhos e olhou para fora da janela, encontrando a lua -vão ser mais três meses horriveis, dona lua. Eu queria ser você, queria ter o seu brilho e a sua maneira de, mesmo sendo tão na sua, conseguir fazer pessoas, como eu, se sentirem acolhidas apenas ao olhar para você. -seu sorriso desapareceu novamente, escondeu o rosto entre os joelhos e se permitiu chorar ainda mais -ele vai vir aqui. Ele vai me bater, vai me encher de ematomas... Não quero ir para o hospital novamente.

Os gritos ficavam cada vez mais altos, já estavam ficando sem argumentos, nem sabiam mais por que tanta briga, apenas não aguentavam mais olhar na cara um do outro, não dariam o braço a torcer e recorrer ao divorcio. TaeHyung não vê a hora de sair de casa e arrumar um trabalho. Reconstruir sua vida, tentar esquecer tudo o que aconteceu nessa casa. Más ainda tem mais três meses de desespero e tortura psicologica.

TaeHyung não sabia o que era pior, ouvir eles discutindo ou ouvir eles pararem, porém, também ouvir os passos de seu pai se aproximar do seu quarto. O que o Sist mais temia, ouviu batidas na sua porta.

P/T-TaeHyung, eu sei que já chegou. Eu vi você entrar. Abra a porta. -TaeHyung ficou calado, nem se quisesse conseguiria falar algo. Já suava frio, o desespero tomou conta de si, a ansiedade e as paranoias. Sua cabeça começou a doer, seu corpo começou a tremer, a vontade de chorae foi incontrolavel. TaeHyung começou a arranhar a propria pele, descendo as unhas pelos braços e pernas, os dentes rangendo um contra o outro, a pele vermelha e ameaçando liverar seu sangue -TaeHyung, abre a porta agora. -TaeHyung apertou os olhos, reuniu todas as suas forças e medos, mesmo sabendo que não deveria fazer isso, mesmo estando com muito medo de que o homem lhe fizesse algo, ele respondeu:

Th-n-não!

Passaram-se alguns segundos. Não se ouviu nada além da respiração pesada e desconpassada de TaeHyung. Estava ficando ainda mais ansioso, seus dentes foram de encontro com seu pulso esquerdo, mordendo. Não se importava com a dor, ele só quer aliviar a tensão. A dor até o satisfaz. Ficou ainda mais tenso e desesperado ao ouvir um barulho do outro lado da porta. O garoto gritou ao ouvir um tiro que foi desparado na maçaneta da porta de seu quarto, viu a porta abrir levemente.

Ele se desesperou e levantou da cama. Tentou correr para algum ligar, más não conseguia se mover para lugar nenhum. Seu coração quase parou, um gelo tomou conta de si, o desespero foi real, um conflito interno e um medo enorme, tudo isso quando viu o homem entrando em seu quarto. O viu colocar a clock na cintura, suas pernas falharam, ficaram bambas e não conseguiu se segurar empé. Os joelhos do garoto foram de encontro com o chão, baixou a cabeça e juntou suas mãos a frente de sua cabeça.

Th-p-por f-favor... N-não m-me m-machuque. -pediu em meio as lagrimas. Ouviu a porta bater e um movel ser arrastado. Agora sim ele sabia o que iria acontecer -p-por f-favor, n-não f-faça i-isso c-comigo! N-não!

P/T-levanta, garoto. -Tae não conseguia, todo seu corpo falha, está franco -EU MANDEI LEVANTAR!!

Th-eu... Eu n-não c-consigo. -o homem puxou o garoto pelo braço bruscamente e o fez levantar, logo jogou o garoto sem um pindo de delicadeza na cama. O menino está assustado, está desesperado e querendo fugir. Daria tudo para estar fora desse quarto agora.

P/T-a sua mãe inventou uma briga outra vez. -dizia enquanto desabotoava o seu cinto -você sabe que, quando brigamos, eu fico estressado e também sabe o que fazer para me desestressar.

Th-p-por f-favor... Eu n-não a-aguento mais i-isso. -o homem se aproxima e segura com uma certa força o maxilar de TaeHyung.

P/T-eu não perguntei se você quer. -falou com sua voz de Barg Chus -agora tira essa roupa, putinha. Gays como você, só servem para isso. É isso que vocês são:um brinquedo sexual nas mãos dos outros homens. Não passam de putinhas mal amadas. -não mediu esforços em dar um tapa forte no rosto do garoto. TaeHyung sentiu aquela area arder muito -faça o que eu mandei agora.

Th-e-está b-bem. -começa a desabotoar seu uniforme escolar.

O Meu RefugioWhere stories live. Discover now