Cap 13

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Brenda;

Rancorosa. Tá aí uma coisa que eu sou e com muito orgulho.

Não abri minha boca pra falar com minha mãe até agora. Não quis me falar nada.

Mas tá mec, descubro sozinha.

Difícil não vai ser, o que tem de fofoqueiro nesse morro é uó. E gente precisando de dinheiro é o que mais tem.

Encarei algumas crianças brincando na pracinha e os cria daqui jogando bola.

Sou doida por futebol.

Lucas: Ae tia - gritou - Chega mais, jogar uma partida com nós.

Levantei rapidinho, desperdiço partida de futebol nunca. Gosto muito.

Dividi os time bonitinhos, deixei bem equilibrado.

Por mais que meu time vá ganhar.

Brenda: Pênalti - gritei e os bonitos começaram a negar - É pênalti sim caralho.

Eduardo: Ae tia nada haver, tu tá estragando jogo pô. Tem pênalti nenhum.

Brenda: Quer ver eu quebrar esse gesso na cabeça de vocês? - bufei - Não sabem jogar futebol caralho, vou bater o pênalti sim.

Lucas: Isso aí é roubo namoral, tá errado tia - ignorei e deixei o menino bater.

Gol na certa.

Essas crianças que ficam de putaria, não sabem jogar e ficam nessa de que tô roubando.

Eu tava mesmo.

O importante é que meu time ganhou e os meninos menores tão feliz. Tudo certo por aqui.

Thzin: Brenda - me chamou - Manda os moleque lá pro colégio, os verme tão querendo subir.

Brenda: Cadê o meu pai? - ele deu de ombros - Vou levar eles pra lá.

Voltei pra quadra e fui chamando os meninos. Alguns eu deixei em casa com a família e os outros levei pro colégio mesmo.

Pra ser bem sincera a maioria não tem onde ficar, então a gente deixa eles no colégio.

Meu pai da comida, roupas e essas coisas. E assim eles vão vivendo.

Até entrarem pro tráfico. Ou o pior acontecer.

Saí do colégio e fui subindo pra casa, no meio do caminho já deu pra ouvir os tiros lá em baixo na barreira.

Aí já aceleirei e saí correndo pra casa, invoquei o flash.

Entrei em casa trancando a porta e corri pro quarto de hóspedes.

Meu pai fez esse quarto, que é mais um esconderijo. Paredes reforçadas, chão reforçado e um closet com fundo falso.

Uma coisa bem de filme.

...

Levantei rápido escutando a voz do meu pai. Mas minha mãe, praticamente me atropelou pra ir primeiro.

Deixei ela sair e ela saiu correndo que nem doida.

Fui bem plena atrás, já esperando os gritos dela com ele.

Desci as escadas e já vi ela descendo a porrada nele, o coitado até sangrando tava.

Mas tu liga? Nem ela.

Rafa: Idiota, imbecil, qual é a porra do teu problema caralho - é cada soco que dá até dó - Porra Gw.

Gw: Calma porra, calma Rafaella - segurou os braços dela - Respira, inspira e se acalma.

Brenda: Concordo com ela e concordo com você - apontei - Mas vamos aos fatos, isso talvez não teria acontecido se tivessem me contado o que não querem me contar.

Gw: Não entendi - dei risada - Explica.

Rafa: O seu imbecil, ela tá tentando te confundir pra você falar o que ela quer saber.

Gw: Eu perguntei caralho? - ele avançou pra cima dele que riu - Pare quieta porra.

Rafa: Eu vou parar minha mão na sua cara - bufou - Senta aí que eu vou dar uma olhada nesse ombro.

Ele sentou fazendo careta e eu suspirei indo pra perto dele. Sentei no chão e deitei minha cabeça na perna dele.

Brenda: Podia ter sido na cabeça sabia? - ele riu - Vou invocar a minha mãe e te encher de porrada.

Gw: Tu sabe que por vocês duas, eu levo um tiro na cabeça né?

Brenda: Para de falar essas coisas - belisquei ele - Isso não vai causar mais problemas ainda com a polícia?

Gw: Claro - riu - Mas não dá em nada, vão tentar subir e a tropa vai estourar os blindados. Relaxa pô.

Brenda: Aí pai você é muito idiota. Só levou esse tiro por que desceu, tava com raiva eu sei. Mas não precisava ir lá na barreira, óbvio que você ia levar um tiro. O filho da puta que te deu o tiro, vai ganhar muita grana viu.

Gw: Muita grana.. Coé, tive uma idéia braba e tu vai me ajudar. Vou nomear os vermes e dar os valores.

Gargalhei e ele riu. Meu pai é o auge, sem condições.

...
NÃO REVISADO.

Pecado Capital  - Livro IIIWhere stories live. Discover now