Cap 51

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Brenda;

Flashback on;

Pl: Presta atenção no que nós tá dizendo porra. - bufei e encarei os dois.

Aulinha básica do proerd. E o pior de tudo, logo eles dois que estão dando a aula.

Sem cabimento algum.

Pl: Se alguém te oferece qualquer substância.. - fez gestos tentando lembrar alguma palavra. - Já esqueci, ensina tu.

Gw: Burro pra caralho. Rafaelly tá me escutando né?

Brenda: Surda eu não sou né. - cruzei os braços. - O pai, adianta que eu quero jogar.

Gw: Se alguém te oferece drogas, qualquer tipo de drogas. O que tu tem que dizer? - fez uma dança horrível.

Pl: Não. - gritou do nada, até meu pai se assustou. - Você diz não. Agora repete comigo, não.

Gargalhei alto junto com meu pai. Meu padrinho é uma figura, minha nossa senhora.

Gw: Agora repete comigo. - imitou rindo. - Tá retardado mermão? Ela é uma criança, não abobada.

Brenda: Ele é retardado pai. Padrinho você soletrou não errado. - gargalhei e meu pai ficou gastando com ele.

Pl: Dois abobados. - apontou e meu pai me cutucou.

Gw: Quer? Não conta pra tua mãe. - segurei o cigarro de maconha e fui colocar na boca. - Tá doidona filha da puta? Acabei de te falar porra, não era pra aceitar.

Me deu um tapa na boca, fiquei assustada até.

Brenda: Você disse alguém, no sentindo alguém estranho. E você é o meu pai. - ele pegou o cigarro.

Gw: Boa observação, mas não interessa não porra. Se eu te oferecer bosta, tu come? - fez um gesto engraçado. - Que vergonha, que vexame.

Brenda: Tem que ter vergonha mesmo, onde já se viu deixar uma criança fumar maconha. Se minha mãe descobrir, ela te cata na porrada lá na praça. Pra geral ver.

Deu risada voltando a atenção pro meu jogo.

Os dois ficaram reclamando e me enchendo o saco. É sempre assim.

Trabalhar pra pagar uma internet descente pra esse jogo não travar, ninguém quer.

Flashback off;

Dei risada baixo e o tal comandante sei lá o que, ficou me olhando como se eu fosse um alienígena.

Brenda: Perdeu o cu na minha cara? - perguntei bolada, estranho demais.

Comandante: Fica rindo pro nada, é retardada também? Igual teu pai. - apontou e eu ignorei.

Continuei andando com calma.

Esse lugar parece tá vazio, silêncio absurdo. Na verdade..

Parei de andar escutando algumas vozes, me tremi inteira e já me subiu um nervoso.

Tô rezando faz mais de meia hora, espero que eles estejam bem. Que pelo menos alguém deles, esteja.

Comandante: Shiu.. - fez sinal e apontou para a porta. - Bruno? Tu consegue mesmo?

Bruno: Consigo porra, tô bem. - respirou fundo e ajeitou o fuzil nas mãos. - Mira na cabeça.

Concordei e ele sorriu de um jeito estranho.

Comandante: Sem tempo pra declaração de amor Brunão. - ele disse e eu juro que quase desmaiei.

Declaração de amor?!

Meu tio riu e balançou a cabeça me puxando um pouco para trás.

Brenda: Do que ele tá falando? - ele segurou minha mão rindo.

Bruno: Sou bom em esconder as coisas, mas agora foda se. Vou morrer mesmo. - se aproximou segurando meu rosto.

Ele me beijou.

Foi um selinho demorado, mas ele me beijou e eu tô sem reação. Puta merda.

Bruno: Eu te amo. - eu não estava esperando por isso de jeito nenhum.

Brenda: Bruno eu.. eu nem sei o que falar. Eu.. - ele riu, abaixou a cabeça e levantou.

Bruno: Relaxa. Quero que tu fique com uma coisa.. - me entregou um papel escrito alguma coisa aleatória e uma correntinha.

Balançei a minha cabeça e guardei no bolso da minha blusa.

Sorri fraco pra ele que deu um sorriso e foi andando pra perto do tal comandante.

Fui me aproximando com eles até a entrada da sala.

Tinha três policiais em pé, o Pedro sentado em um canto com os braços na cabeça e..

E a minha mãe.. sentada com o meu pai deitado no colo dele.

Rafa: William, por favor. Olha pra mim filho da puta, olha pra mim amor. - ela dizia alto e tinha sangue escorrendo na camisa dele

Fechei o olho e mordi meu lábio, na intenção de segurar meus gritos e tentar segurar as lágrimas.

As lágrimas foram a única coisa que eu não consegui segurar. Meu pai tá morto.

O maior mito da minha vida, tá morto e eu nem pude me despedir.

Puta que pariu.

Levantei a mão segurando o fuzil, motivada pelo ódio. Eu vou matar esse policial de merda.

Eles estavam de costas para nós e totalmente distraídos.

Mas como sempre, alguma coisa tinha que dar errado.

Acabei dando um passo e pisei no vidro, fez um barulho e eles viraram. Meu olhar encontrou o do Oliveira e ele apontou a arma atirando.

Eu só vi um vulto entrar na minha frente, ouvi minha mãe gritar.

Alguém cair na minha frente e o Oliveira cair para trás.

...
NÃO REVISADO.

Pecado Capital  - Livro IIIWhere stories live. Discover now