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[Cap. 4] "Sentimentos e Descobertas"

Capítulo dedicado ao meu plutão _umbruella pelos 100 days whit you!

#MeuAmarelinho

🌻🐝

Em dezesseis anos nessa indústria vital, esta é a primeira vez que isso me acontece.

A primeira vez que sinto meu coração bater estranhamente estranho por alguém.

Sabe, eu não sou muito de romances, tenho outras coisas para pensar, de verdade, mas tem algo estranho comigo e o culpado é Jungkook, cacete!

Hoje faz cinco dias que estamos aqui e eu nunca pensei que meu coração pudesse bater tão descontrolado perto de uma pessoa. Nunca fiquei tão nervoso. Eu sei que quando ele me olha e sorri as minhas bochechas ficam coradas e o pior, parece que meu coração quer sair correndo de tanto que pulsa quando ele me encara, puta que pariu.

Quando ele estendeu a mão para que entrássemos no lago eu senti uma pontada no coração, não sei como ele não percebeu a minha mão suando, só faltava o suor pingar, por Deus!

E quando ele sorrir, merda de sorriso lindo.

Quando estávamos no jardim vendo as flores, ficamos a centímetros um do outro, foi ali que percebi mais de perto uma pintinha que ele tem embaixo da boca, meu Deus eu paralisei ali, se ele não tivesse se virado eu juro que continuaria olhando aquela pinta. Ele falando sobre as flores e dos significados delas foi um dos momentos mais emocionantes. Com certeza as violas se tornaram as minhas prediletas.

Ele faz eu me sentir estranhamente bem, é algo novo para mim, mas eu gosto.

Durante a semana fizemos muitas coisas. Passeamos de bicicleta, visitamos o chalé, tomamos banho no lago — e mais uma vez Jungkook segurou a minha mão na hora de entrarmos —, passamos um bom tempo no jardim nesses dias, sempre no final da tarde. Jungkook me mostrou algumas de suas bandas favoritas e eu as minhas. As horas se passavam como minutos enquanto dividíamos o fone na hora de escutar as músicas. Se tornou algo involuntário da nossa parte, sempre que chegava o horário, eu e ele sentávamos na varanda, às vezes não conversamos quase nada, apenas aproveitando o som, em outras, o papo era tão bom que só nem notamos que estava tarde e Dahyun ou Tae vinha nos chamar para o jantar.

Conheci muito sobre Jungkook nesses dias, na mesma medida que me abri cada vez mais, permitindo assim, que ele me conhecesse também.

Encaro o céu cheio de estrelas da minha varanda, de dia é lindo, mas a noite, ah... a noite parece que dá para pegar as estrelas com as mãos de tão perto e brilhantes que estão.

Acabei vindo para a sacada pois fiquei sem sono no meio da madrugada, peguei um cobertor e me recostei no guarda-corpo, coloquei One Ok Rock — lê-se minha banda favorita do universo inteiro — para tocar na playlist e fiquei observando a vista enquanto a brisa fria da noite vinha de encontro ao meu corpo.

Lembrei da conversa que tive com o Jihoo a poucos dias. Ele me disse que estava tudo bem eu não ter sentido nada quando a garota da minha escola se declarou e até me beijou, mas o problema agora era outro; eu estava sentindo, sentindo muitas coisas, e ele não me explicou o que fazer quando eu sentisse isso, é desesperador, e não falo isso pelo fato de estar sentindo tudo isso por um garoto, por Jungkook para ser mais exato, é desesperador porque eu nunca senti o que estou sentindo, eu não sei o que fazer.

— Talvez eu converse com Tae, talvez! — falei sozinho.

Olhei a hora na tela do celular e já passava das três da manhã e o sono ainda não tinha chegado. Eu precisava dormir pois marcamos de ir à praia e eu precisava estar bem e com disposição para isso. Mas os minutos passaram e o sono não veio, foi então que deixei a coberta em cima da cama, abri a porta devagar para não fazer barulho e desci as escadas para ir na cozinha beber água.