Capítulo 26

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"Eu fechei a porta e nunca mais olhei para trás

Quando algo tão bom vem junto é melhor você deixar a primeira vez que será a última vez

Mas, realmente, o que é a pior coisa que poderia acontecer?

Quando a pior coisa que poderia acontecer, pode ser a melhor coisa de sempre."

Timebomb - Tove Lo

V I N N I E

Ela estava tremendo a minha frente, literalmente. Seu corpo magro implorava por piedade sem ela ter de dizer nada, os olhos verdes dela agora estavam cobertos pelas lágrimas que tenho certeza que estavam sendo impedidas de cair. Mas a raiva fermentava dentro de mim.

Vê-la com o Aaron dentro da dispensa foi uma das cenas que eu gostaria de esquecer completamente.Uma noite antes eu estava a tocar o seu corpo daquela maneira, algumas horas depois ela já está se esfregando com o Aaron. Desgraçada. Eu sei que não posso culpá-la por ser viciada, mas não estou sendo dramático com a minha raiva no momento.

Se fosse mais cuidadosa, a Jules poderia ter transando com o Aaron e eu jamais saberia, ou pelo menos fingiria não saber de nada. Sexo para nós é como crack para um drogado, não conseguimos resistir mas sempre o fazemos escondido. Sei que ela não consegue resistir a atração, eu mal consigo resistir.Hoje mesmo, enquanto voltava da empresa da minha família, tive que me segurar para não jogar as garotas que via na rua dentro do meu carro e foder com elas.

A Jules também jamais saberia. É como se soubéssemos da compulsão um do outro mas às vezes fingimos que toda essa coisa não existe. Quero foder com ela agora não só por raiva do que ela fez, mas também por puro desejo.

"Vinnie...Por favor, não." Ela implorava e juro que ela estava quase a se ajoelhar a minha frente.

"Deveria ter pensado duas vezes antes de ficar se esfregando com o Aaron daquele jeito!" Rosnei, me virando para não encará-la e vê-la chorar. Sim, elas está chorando.

Tento ignorar os pequenos soluços vindos da Jules e me dirijo até meu closet, onde guardei todas as coisas que comprei para usar com ela. As algemas, chicotes, cordas e até mesmo algumas correntes, os acessórios extremamente difíceis de se encontrar e principalmente de serem vendidos para um garoto de dezoito anos, agora estavam nas minhas mãos, prontos para serem usados.

Fui jogando tudo na cama com raiva, enquanto estava a ignorar os estranhos murmurinhos da Jules, por sorte não entendia nada, apenas a forma dolorosa de como ela chorava.

"Vinnie...Depois de hoje ainda vamos ter que nos parar de se ver?" Ela perguntou com a voz de choro, suspirei fundo e me virei para ela.

"Talvez." Foi a única coisa que respondi, para o desespero dela. Ao mesmo tempo que não quero ter que vê-la nunca mais, gostaria de me aproximar mais dela. Durante mais de três anos desde que me tornei viciado em sexo, não houve ninguém com quem eu me sentisse do jeito que me senti com a Jules. Não só pela forma como transamos, mas sim pelo prazer que ela me proporcionou. Talvez sendo viciada também, ela deixe tudo melhor e mais gostoso.

Afinal, não somos viciados em sexo. Somos viciados no prazer que ele nos dá.

Depois de espalhar todas as coisas sobre a cama e deixar que a Jules observasse cada elemento de longe, ainda aflita, me aproximei dela com cuidado e a peguei pelos braço, de uma forma cuidadosa. A fiz sentar-se na cadeira da minha secretária, e enquanto eu procurava por uma caneta no meio das minhas gavetas totalmente desorganizadas, sentia o olhar dela sobre mim.

𝑶𝒃𝒔𝒆𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏 | Vinnie HackerWhere stories live. Discover now