Capitulo 3

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Não teve conversa com meu pai, também não consegui falar com Noah, ele ainda deve estar dormindo, o celular sempre no silencioso, deixei apenas uma mensagem de texto avisando oque tinha acontecido, eu vou morrer de saudades do noah, e ele vai pira...

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Não teve conversa com meu pai, também não consegui falar com Noah, ele ainda deve estar dormindo, o celular sempre no silencioso, deixei apenas uma mensagem de texto avisando oque tinha acontecido, eu vou morrer de saudades do noah, e ele vai pirar quando acordar.

O caminho inteiro para o tal internato, eu permaneci calada, Meu pai as vezes tentava puxar assunto comigo, mas eu apenas o tratava com descaso.

Era apenas uns 30 minutos da minha casa, observei as ruas quando meu pai avisou que estavamos chegando, o comércio era quase inexistente, vi apenas uma casa noturna, um shopping pequeno, um pequeno estabelecimento de café da manhã chamado "krystian king" , ao menos tinha um MC Donald's, alguns prédios, e várias escolas e universidades, jovens vem para essa cidade, exclusivamente para estudar, as pessoas daqui devem ser extremamente sem graça.

Meu pai entrou com o carro tinha um portão fechado, do outro lado tinha uma grande casa antiga, a arquitetura incrivelmente detalhada, era bonito, apesar de assustador.

O porteiro liberou nossa entrada, assim que descemos uma senhora vestuda de freira veio a nosso encontro, eu rezei internamente para que eu não precisasse usar aquelas vestimentas.

-Joalin loukamaa, é um prazer querida -A freira tentou ser amigável.

-O prazer e todo seu, porque por mim, entraria nesse carro e voltaria pra casa. -respondi e o sorriso no rosto da senhora sumiu.

-Joalin loukamaa, nao seja inconveniente, boa sorte irmã, ela não é fácil -Meu pai pegou na mão da freira e cumprimentou.

-Ela vai se adaptar. Temos professores qualificados e ótimos métodos de ensino, nao vai se arrepender por investir nessa instituição. -A freira respondeu e eu revirei os olhos com tédio.

Minha mãe tava chorando novamente, ela veio até mim, e me abraçou. Se despediram da freira entraram no carro e foram embora.

-Agora é nos duas filha. -A freira sorriu novamente.

Ela chamou um rapaz jovem de cabelos pretos, pele morena, sorriso bonito, nao parecia muito o estilo rapaz conservador, ele era bonitinho,  eu pegaria depois de algumas doses de vodka em uma balada, homens não eram muito minha praia, mas eu me divertia de vez em quando com eles.

Entramos em uma salinha, presumi que fosse a sala da direção, acho que vou andar muito por aqui.

-Bailey pode recolher os pertences da moça -Ela falou e eu olhei para o rapaz.

-Seu celular, jóias, cartões, documentos, dinheiro, qualquer aparelho que te faça ter contato com o mundo exterior, como notebook, tablet... A senhorita fica apenas com suas roupas e livros se tiver trazido algum. -O rapaz falou e eu me desesperei mais ainda, como vou sobreviver sem meu celular!

-Eu não posso ficar sem meu celular! -O olhei, o desafiando.

-São regras senhorita, precisam ser seguidas, voce pode ficar uma hora com seu celular aos domingos para falar com seus pais.

-Eu tenho apenas uma hora com o celular e vou ligar pra meus pais? Eles que lutem, eu vou usar e com meus amigos. -Falei demonstrando minha indignação e dobrei meus braços em baixo dos seios.

-Faça como preferir! -Ele colocou minha mala em cima da mesa e saiu pegando meus pertences, deixando apenas minhas roupas, tênis e produtos de beleza.

Depois pegou todos os itens que era proibido e colocou em uma pequena caixinha com meu nome e saiu, me deixando apenas com a freira novamente.

-Loukamaa, você ficará no quarto 57. -Ela me entregou uma chave. -Seus uniformes. -Falou e colocou uma caixa em cima da mesa. -Pode usar suas roupas nas horas vagas, dentro da caixa com os uniformes tem os horários, nele tambem estão escritos os uniformes adequados para cada situação. O quarto 57 fica no 3° andar, pode seguir o corredor reto que a senhorita encontra -Ela concluiu.

Eu me levantei, peguei a caixa em cima da mesa dela, e sai arrastando minha mala, chamei o elevador e fui em direção ao terceiro andar. Fui olhando pelos corredores os números dos quartos, até que encontrei o maldito 57, nao existia ninguém nos corredores, parecia que eu estava em um filme de terror.

Quando abri a porta, vi a imagem de uma loira de cabelos ondulados deitada em uma cama, e na outra cama tinha uma outra loira de cabelo liso. Elas me encaravam com diversão. Ao menos tem alguém nesse maldito internato.

-Oi! -eu falei tentando ser legal, ao menos minhas companheiras de quarto eram gatas pra Cacete, tomara que sejam lesbicas.

-Oi novata! -A de cabelo liso se manifestou. -Sou Sina deinert. -ela se levantou e pegou na minha mão.

-Me chamo Joalin Loukamaa. -sorri.

-E eu Sofya Plotnikova, é um prazer joalin, quando a senhora Anastácia nos falou que iríamos ganhar uma companheira de quarto, imaginamos ser uma menina conservadora. -Ela falou e sorriu.

-Conservadora é uma palavra que não existe na minha vida. Meu pai que me enfiou nessa joça, porque eu estava me divertindo mais do que deveria. -Falei com uma careta e as duas riram.

-Talvez a irmã Anastácia não deveria ter te colocado logo comigo e com a Sina. -Sofya falou e eu sorri, parece que eu acabei de ganhar duas novas amigas no meu estilo.

Sofya e sina ajudaram a arrumar minhas roupas em um armário na parte da tarde, quando havíamos terminado peguei a caixa que a freira tinha me dado, a primeira roupa que peguei era justamente uma roupa de freira, eu fiz uma careta e Sofya e Sina riram.

-Não se preocupe, só usamos essa roupa para ir a igreja uma vez por semana -Sina falou e eu agradeci a Deus, mesmo que nao acreditasse nele.

-Saímos do colégio pra ir a igreja?

-Não, tem uma igreja aqui dentro do colégio. -Sofya respondeu e eu fiz outra careta.

-Acho que nunca fui em uma igreja -joguei a roupa dentro do armário e as duas riram novamente.

Hoje eu não tinha nenhuma atividade, mas amanhã o dia estava cheio, porque amanhã era segunda-feira. Mas também já estava anoitecendo, logo tocou um sinal, as meninas me informaram que era a hora do jantar, segui com elas para o refeitório, a comida era muito saborosa, e eu tive a noção da quantidade de pessoas que estudavam aqui, nao tinha nenhum rapaz, era apenas meninas, das mais variadas idades, e lindas, lindas demais, talvez eu já tivesse um crush em muitas, inclusive nas duas que dividiam quarto comigo.

{...}

𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐭𝐨 Onde histórias criam vida. Descubra agora