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Dois anos tinham se passado desde a passagem de Hermione para a Bulgária. Naquele meio tempo ela tinha se sentido livro como nunca antes - mesmo que não se lembrasse de muitas coisas de seu tempo de escola tinha consciência de que tinha sido perseguida desde seu primeiro ano. Trabalhar na noite não era mais um problema muito grande para a mulher, visando a cada ano que passava mais um passo para a liberdade. Ela já acumulava uma pequena fortuna em seu quarto - por mais que recebesse muito menos do que as outras meninas, logo a novidade da garota nova tinha se espalhado, com alguns a reconhecendo e pagando para terem uma hora com ela. Hermione com certeza estava trabalhando muito mais do que seu tempo na Inglaterra, mas não ligava.

Era tudo completamente diferente das experiências daquele ano: não faziam amor como ela e Draco, mas também não tinha sido forçada a absolutamente nada. Ela tinha se permitido se deixar levar e conseguir gozar com outros homens, principalmente com as visitas de Dimitri. Ele a visitava frequentemente, principalmente quando as aulas de búlgaro que a mulher havia feito questão de ter começaram a fazer efeito. Eles conseguiam ter conversas rápidas, entretendo aos dois. A única vez que teve de pedir por ajuda a Zornitsa foi quando um homem pediu a ela que usasse magia com ele, e quando descobriu que ela não sabia fazer se irritou e tentou avançar para cima dela, a xingando em relação ao seu sangue. O homem foi banido do estabelecimento, enquanto uma Hermione raivosa foi deixada para trás. Nem sempre era as mil maravilhas, com ela tendo que aturar muitas investidas que às vezes machucavam - mas pela incompatibilidade do idioma não conseguia expressar o seu incômodo. As vezes precisava apenas fazer companhia, outras apenas falar inglês.

Zornitsa tinha ficado todo aquele tempo de olho na garota, ficando aliviado ao acompanhar a sua evolução com os rapazes e a relação com as garotas. Ela não era mais a menina assustada de dois anos antes, podia-se dizer que tinha se transformado em uma mulher de verdade naquele meio tempo.

Zornitsa conferia o bar junto de suas funcionárias quando ouviu um grito agudo vindo do salão. Ela sequer se importou, já sabia o que era.

Há dois anos, duas vezes por mês, Draco vinha visitar Hermione. Ele tinha cumprido com a sua promessa não muito tempo depois que ela havia começado a trabalhar, sendo assediado por outras garotas até elas entenderem que ele era inteiramente de Hermione. Por mais que Zornitsa oferecesse o desconto a ele, Draco insistia em pagar o valor integral, com a diferença sendo paga a Hermione - não que ela soubesse disso, é claro.

-Draco! - Hermione gritou, jogando-se do pescoço do namorado!

Draco não respondeu com palavras, apenas a puxou para um beijo apaixonado, constrangendo todos os demais.

-Ele não sente vergonha de vir visitar a namorada no trabalho?

-Eu não namoraria com uma mulher assim.

Draco não entendia o que falavam, mas Hermione sim. Ela deveria ligar, mas não conseguia. Era fato que Draco não gostava de compartilhar a namorada com outros homens, mas tinha sido ele a enviar as cartas por ela, concordando com o trabalho dela.

-Senti sua falta. - Draco colocou Hermione no chão, sendo guiado até as escadas.

Desde que ela tinha fugido dois anos antes, ninguém havia procurado por ela. Não encontraram seu corpo, então não podia estar morta, mas se estivesse fora do Reino Unido não tinham mais poder sobre ela. O homem que a espancou naquele dia tinha sido igualmente punido, e Hermione não sentido um pingo de remorso.

Draco não gostava de conversar sobre a situação atual com Hermione, temia que ela descobrisse que havia noivado com Astória Greengrass, três meses antes. Sempre que vinha a visitar, ele tirava sua aliança de compromisso e escondia sua marca negra, não permitindo que ela fizesse perguntas demais.

SpasenieOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz