Morgan Rouche é uma enfermeira em tempo integral durante a semana e gosta de ir à discoteca com as colegas aos finais da semana. Em uma dessas noites ela decide ir mais cedo para casa sozinha. Enquanto ela passava pelo um beco escuro, ela encontra a...
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3 anos depois
— Por que essa cama está sempre tão cheia? – eu gemi de brincadeira quando outra perna chutou na minha lateral. — Quase parece que há três pessoas aqui. – veio uma rodada inteira de risos. — Ei, quem era?
Eu abri meus olhos para ver o rosto redondo doce da minha filha olhando de volta para mim. Suas bochechas circulares estavam preenchidas com o sorriso lindo e brilhante que eu associei principalmente a ela. Na verdade, era o meu sorriso, ela definitivamente o herdou de mim, mas passei muito mais tempo olhando para ela do que para mim mesma.
— O que você está fazendo, Ariana? – eu perguntei, pegando seu queixo em minha mão. — Você está sendo atrevida de novo?
— Papai me deixou entrar, – ela insistiu, sempre convencida de que estava certa, mesmo quando talvez não. Isso veio de seu pai, junto com aqueles olhos cinzentos brilhantes que eu nunca pude resistir.
— Ah, ele deixou?
Ryan virou seu corpo quando nos notou falando sobre ele, ou talvez ele tenha sentido meu olhar formigando em sua nuca. — Do que estou sendo acusado agora? – ele resmungou sonolento, esfregando o cansaço dos olhos.
— Nada, não importa. Basta se levantar e fazer o café da manhã para mim, ou vocês dois estão esquecendo que é Dia das Mães?
Quando os olhos de Ryan se arregalaram em falsa surpresa, o que não me enganou nem um pouco, já que o estava lembrando por semanas, Ariana começou a rir novamente. Ela tentou enfiar o punho na boca para esconder, mas não havia como escapar do riso.
— É melhor irmos para a cozinha, Ariana, – ele sussurrou para ela, como se eu não pudesse ouvir. — Veja o que podemos fazer no último minuto.
Enquanto eles corriam para fora da sala, olhei para a colagem de fotos que tínhamos na parede, documentando os últimos três anos perfeitamente. Lá estava eu com uma barriga enorme, com meu braço em volta de Nickie; eu e Ryan no quarto de hospital no dia em que Ariana nasceu; minha mãe adorando a pequena bebê recém-nascida embrulhada em um pano cor de rosa; Madrinha Nickie acariciando-a suavemente; todos nós no casamento de Braxton e Emily.
Realmente foi uma vida abençoada. Eu era a pessoa mais sortuda viva. Meu coração estava cheio de todo o amor do mundo, e eu realmente não sentia que precisava de mais nada.
Quando tentei me lembrar dos tempos difíceis, os momentos em que não pensei que Ryan iria intensificar, ou aquele período horrível que Braxton passou no hospital, ou quando mamãe e eu não estávamos exatamente de acordo, tudo parecia como se tivesse acontecido em outra vida, ou para outra pessoa inteiramente. Era estranho lembrar que as coisas nem sempre foram tão fáceis.
— Aqui estamos! – Ryan apresentou um prato de comida como se fosse dourado, o que considerando como era sua comida, praticamente era. — Um café da manhã continental, só para você.
