O Ofício do Dragão - Dramione

O Baile Sonserino

DRACO

Saí do quarto de Hermione, ao passo em que fechei a porta do banheiro nas minhas costas. Encostei, sorri e fiquei pensando no convite de Pansy. Pode levar sua amada Julieta, oh. Como ela conhecia Romeu e Julieta? E aliás, como ela sabia que eu conhecia? Shakespeare não foi um bruxo... Apaguei os pensamentos da minha cabeça e liguei o registro da banheira principal. O barulho foi ensurdecedor quando as milhares de torneiras superiores se ligavam gradativamente, derramando água colorida na banheira que mais parecia o Lago Negro. Me despi, e entrei na água aquecida, pensando em como minha noite seria perfeita.

Hermione e eu em um Baile da Sonserina. Sem aqueles sangues ruins da Grifinória e outras casas. Tomei o máximo de ar que pude, e entrei em baixo da cachoeira de água colorida, e logo em seguida, mergulhei.

Quando emergi, uma figura estava parada a minha frente. Engasguei.

– Tem espaço pra mais um na banheira? - Hermione sorriu de maneira tímida.

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RONALD

Frio.

Tristeza.

Mais frio.

Meu corpo estava tomado pela vida sem sentido de Azkaban, enquanto pensamentos suicidas preenchiam meu cérebro.

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MOLLY

– ARTHUR EU ESTOU TOTALMENTE DESGOSTOSA! - Meu peito estava apertado com as mágoas pela prisão de Rony.

– Calma, Moliuóli... - Ele ligou Celestina Warbeck.

– NEM CELESTINA É CAPAZ DE ME SEGURAR! EU PRECISO VER RONY... - Eu chorava, exausta. - EU VOU SURRAR AQUELE GAROTO, ARTHUR!

– Isso se ele sobreviver... - Não acreditei no que ele disse, mas meu cérebro processava mais rápido do que eu falava.

– ELE VAI SOBREVIVER. ELE TEM QUE SOBREVIVER PRA LEVAR A SURRA QUE VOU DAR NELE DE RABO DE HIPOGRIFO!

Me sentei à mesa da cozinha, fatiando mais rabanete de elfo para o jantar. Eu já tinha fatiado o suficiente para um batalhão, mas era a única coisa que me acalmava. Cozinhar.

– Meu pedido de visitá-lo foi negado. Não poderemos fazer nada, Molly. Se ao menos Dumbledore estivesse vivo.

– Acho bom ele continuar lá, aproveitando sua estadia porque, quando chegar aqui, será muito pior. - Limpei minhas lágrimas com a barra do meu avental.

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HERMIONE

Entrei na banheira ao lado de Draco, enquanto ele me olhava entorpecido. Ele estava sem nenhuma roupa, mas eu não tivera mesma coragem. Havia vestido minha roupa de banho trouxa. Mas ele sorriu mesmo assim.

– É claro que sim. E se quiser, pode tirar a roupa de banho. Tem espuma o suficiente para nós dois. - Ele sorriu de lado, maliciosamente.

– Sem gracinha, Malfoy! - Fingi que estava brava, jogando água nele, que retribuiu jogando em mim também. Havíamos começado uma guerrinha de água com espuma.

– Idiota! - Eu disse, rindo.

– Você acha que o idiota beija bem? - Ele sorriu de novo.

– Como é que eu vou saber?

– Você me beijou na Câmara Secreta, não se lembra?

– O QUÊ? Você tá bêbado? HAHAHAHAHAHA. - Eu ri histericamente.