"Ninguém vê, ninguém sabe Nós somos um segredo, não podemos ser expostos É como isso é, é como isso será Longe dos outros, perto um do outro"
Zara Larsson - Uncover
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- Vai aonde irmão? - Xichen pergunta tentando alcançar Wangji, que andava apressadamente pelos corredores.
- Você sabe.
- Posso ir também?
- Ainda não, ela não está pronta para visitas.
- Percebe que está falando muito com ela, assim seu irmão vai ficar com ciúmes. - Xichen fala com um sorriso doce.
- ...
- Tudo bem. - Xichen diz parando no meio do corredor e deixando seu irmão seguiu seu caminho. - Espero que ele não se meta em confusão ou com o coração quebrado.
- Falando sozinho amor? - Uma voz fala perto do ouvido de Xichen.
- Não me assusta assim. - Xichen olha em volta, para ver se ninguém vinha.
O filho mais velho dos Lan mantinha um relacionamento escondido da família, tal fato já acontecia a um mês, eles se conheceram em uma das andanças do Lan, mas esse relacionamento era um pouco diferente, já que o suposto namorado de Xichen era um pouco mais novo que ele. Lan Xichen como o perfeito cavalheiro que era disse que esperaria seu namorado ter idade certa para dar o seu primeiro beijo, no momento eles ficavam a base de beijinhos na mão, bochecha e uns selinhos, nada demais.
- Estava falando sozinho?
- Com meu irmão. - Xichen pega a mão de seu namorado e beija a mão do mesmo com carinho. - Você está lindo como sempre.
- E você um perfeito galanteador. - O garoto diz sorrindo. - Eu queria te convidar para olhar as estrelas comigo hoje depois do jantar.
- Será um prazer, mas agora eu tenho que te deixar aqui, tenho aula de poção.
- Tudo bem, nós vemos a noite.
(...)
- Onde estava Cheng? - Wei pergunta se sentando de frente para Jiang.
- Onde você está agora?
- Biblioteca.
- Já tem sua resposta. - Jiang volta o olhar para o trabalho de Astronomia, sua matéria preferida.
- Grosso. - Wei olha em volta procurando por alguém. - Onde ele está?
- Quem?
- Lan Zhan. - Já fazia horas que ele não o via.
- Lan Zhan?
- Lan Wangji.
- Ele te deixa chamar pelo nome?
- Porque não deixaria? Ele é tão gentil e fofo.
- Estamos falando do mesmo Lan Wangji.
- Claro que sim, você não sente vontade de tocar naquelas bochechas fofas toda vez que ver? - Wei fala sonhador.
- Credo, claro que não, cruzes, só de pensar me dá arrepios. - Jiang olha para Wei que tinha a cabeça deitada na mesa e um bico no rosto. - Pera, você está gostando dele?
- Claro que não. - Wei se levanta de uma vez. - Ele é meu amigo.
- Sei. Vou acreditar. - Jiang olha de novo pra o pergaminho. - Eu percebi que você tem saído toda madrugada, o que anda aprontando?
- O que? - Wei pergunta nervoso.
- Você sabe do que estou falando. - Jiang continua escrevendo.
- E como você sabe disso? - Assim que Wei pergunta Jiang deixa a pena cair sujando um pouco seu pergaminho de tinta.
- Não tente mudar de assunto. - Jiang desconversa.
- Idem.
- Vamos mudar de assunto. - Jiang pega a pena e limpar seu pergaminho com um girar de varinha. - Quando vai me contar a sua história.
- Que história?
- A do porque ter ido embora da outra escola.
- Isso. - Wei olha para longe. - Ainda não é o momento.
- E quando vai ser?
Alma...
- Você ouviu? - Wei olha em volta.
- O que?
- Essa voz.
- Não ouvi nada.
Venha para...
- De novo. - Wei fala baixo. - Parece está chamando alguém.
- Não consigo ouvir nada.
- Devo estar louco, talvez seja a falta de uma boa noite de sono, não sou acostumado a acordar cedo. - Wei deita a cabeça na mesa e fecha os olhos. Jiang volta a seu pergaminho.
(...)
- Eu o sinto mestre, é ele.
- Eu sei, mas ainda não é a hora... Ele não esta pronto.
- Mas quando mestre?
- Em breve.
(...)
Lan Wangji passava calmamente pelos corredores quando ouviu gritos vindo de longe, ele anda apresentando até chegar a onde os gritos estavam vindo, quando ele vira em um corredor ver vários alunos e alguns professores olhando para a parede, Wangji chega perto e olha para onde todo mundo está olhando. Na parede estava escrito com sangue.
A CÂMARA SECRETA FOI ABERTA.
- Que câmara? - Um aluno da corvinal pergunta a um professor.
- Todos para a suas comunais. - O diretor diz assim que ver o que tem na parede.
