46. forty six

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Ajeitei o cetro em minha mão e a mulher jogou o cabelo para o lado, me olhando enojada.

——— eu odeio cada parte de você, cada detalhe me lembra a sua mãe e tudo o que deveria ser meu. Ela tirou tudo de mim, você não é digna de se sentar naquele trono, de usar esta coroa, você prefere os humanos, assim como sua mae. – Entropia disse, enquanto se levantava, mantive meu olhar focado nela

——— se você não foi a escolhida para gerar o ser mais poderoso do universo, deve ser porquê o problema está em si. Como uma pessoa tão amargurada e de mal com a vida, poderia ajudar? O seu maior erro Entropia, é a sua ganância, mal te conheço e já sei que você quer sempre mais, nunca está satisfeita. – respirei fundo ——— e se eu não fosse digna de algo, tenho certeza que nenhuma coroa ou cetro apareceriam para mim.

——— Entropia, já chega. – Infinito alertou

——— eu quero a sua morte, princesa. – me olhou

——— para você é rainha, alteza ou majestade. – devolvi o olhar na mesma intensidade ——— e deveria saber que não tem força o suficiente para me matar.

——— sozinha eu não tenho, agora com ajuda. – Morte parou ao lado dela

——— vocês duas, já chega. – Eternidade ordenou

——— não, tudo bem. Se elas querem guerra, vão ter, só segure minha coroa, vou precisar dela quando continuar viva. – sorri e entreguei o cetro e a coroa para Eternidade ——— quando quiserem, vou deixar vocês se divertirem primeiro, ok?

——— se começarmos não paramos mais, majestade. – senti o deboche em sua voz

——— e se eu começar vocês não terão nem chance de tentar – levantei meu braço e chamei as duas com o dedo indicador e o do meio.

No começo, deixei que fizessem o que quisessem comigo, desde chutes a socos e puxões de cabelo.

——— você não parece tão forte agora, alteza. — Morte zombou, segurando meu cabelo e me deixando perto de si

——— jura? Por que nenhum soco que me deu, doeu, plebeia. – segurei seu braço e a joguei no chão, pisando em cima do seu peito ——— primeira lição, nunca se distraía com o seu inimigo.

A levantei denovo, fechando uma de minhas mãos a esmagando.

——— segunda lição, nunca se ache mais forte do que uma pessoa que pode te esmagar sem nem encostar. – a joguei longe e ouvi Entropia vindo para cima de mim, me abaixei no momento exato o que fez com que ela caísse. ——— terceira lição, antes de atacar por trás, certifique-se que a pessoa não tem uma boa audição

Joguei a mulher para cima de Morte, as duas ficaram no chão, tentando controlar a respiração, fui juntando minhas mãos aos poucos fazendo com que elas duas começassem a se encostar.

——— e última, mas não menos importante, nunca em hipótese alguma, tente me desafiar outra vez – juntei as mãos, e ouvi o barulho dos ossos se esmagando, sabia que logo elas iriam voltar ao normal, não queria matar ninguém ——— se mexerem na minha mente novamente, eu acabo com vocês.

——— e se ela não acabar, eu vou. – Eternidade falou, enquanto Infinito correu até as duas filhas no chão, que choramingavam de dor

——— estamos realmente entendidas dessa vez? – as duas assentiram ——— obrigada, estava precisando descontar um pouco da minha raiva, não sabia que vocês eram ótimas como saco de pancada

Sorri para Eternidade e me virei, sentando no Trono que era meu e me concentrando em voltar para o meu corpo na terra.

Assim que isso aconteceu, me levantei rápido na cama, respirando fundo, a primeira coisa que fiz foi me olhar no espelho e ter certeza que meu rosto estava sem mais nenhum novo machucado.

ATHENA² ━ peter parker. ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora