• Capítulo Três •

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Acordo com o sol batendo no meu rosto, esqueci de fechar a porcaria da janela, olho o horário no meu celular, meu plantão começaria daqui uma hora dava tempo de comer alguma coisa antes, me sento na cama e ouço batidas na porta.

Vou até a mesma a abrindo e dando de cara com o Leozin com a cara emburrada.

— Bom dia meu anjo — vejo o mesmo revirar os olhos.

Bom dia o Caralho — se joga na cama, enquanto eu vou pro banheiro tomar um banho.

(...)

Saio com meu pão com mortadela na mão, indo pra fora, ficar na contenção e a pior coisa papo reto, você fica parada o tempo todo, de olho nos quatro cantos.

Vejo o RD sair da casa com mais três vapores atrás, esse filha da puta tá com a cabeça marcada pra que esse tanto de vapor?

— Vamos voltar pro morro, hoje é dia de baile carai — Ele diz é entra no carro dele, e eu continuo parada com a maior cara de sonsa, não acredito que o filha da puta fez isso não, encaro o Leo que faz sinal com a mão para que eu fique calma, tadinho parece que não conhece a irmã que tem.

— Não íamos ficar três dias? — o encaro pela janela do carro, que engraçado, só no meu dia de folga ele me tira do morro, tenho cara de palhaça?

— Tá achando ruim? Faz reclamação no Procon — Rd fala com deboche, eu ia responder ele a altura, nunca fui de abaixar a cabeça ou levar desaforo pra casa, muito menos de macho, e isso não ia rolar agora, mais o Leozin puxa meu braço balançando a cabeça em negação. Lhe lanço um olhar de morte, com todas a minha raiva e ele respira fundo.

Subo na minha moto, e com o leozin de um lado e o Vini do outro saimos da chácara indo em direção ao morro.

Não acredito que esse filha da puta, me tirou do morro no meu dia de folga pra voltar no outro dia, e brincadeira viu, a pessoa não tem um senso.

Duas hora depois chegamos no pé do morro e seguimos pra boca principal.

Desço da moto vendo todos os olhares sobre mim, ignoro, se tem uma coisa que você tem que aprender no morro e ignorar esses olhares. Principalmente os de alguns moradores que não faz nada da vida, muitas das vezes e sustentandos pelo dinheiro do tráfico mais ficam te julgando como se você fosse pior do que eles.

Entro na boca, vendo alguns vapores enrolando a droga e empacotado.

— Quem fez essa encomenda? — estava curiosa, estavam enrolando droga pra caralho, nunca tinha visto uma quantidade daquela.

Anônimo, chefe não quis falar, só disse que foi um grande amigo — Leozin fala é eu assinto e caminho até a Lage aonde o RD tava, ele tinha acabado de chamar eu e o Silas.

— Seguinte, quero que vocês entreguem — Rd fala é eu arregalo os olhos e o encaro com raiva.

— Tá louco? Vou fazer essa merda não.

— Como é que é?

— RD não sou aviãozinho não caralho, se me pegam com uma porra dessa e no mínimo seis anos — olho pro Silas que encarava tudo aquilo perplexo — Sem falar no Silas tadinho olha pra ele, tremendo mais que vara verde.

Vai desobedecer uma ordem minha princesa? Porra tu não era a fodona? Então pronto porra, se eu tô falando que vai vocês dois e porque eu quero vocês dois nesse caralho, e se eu ouvir reclamação já sabe né — diz visivelmente nervoso, mais eu tô ligada que isso vai dar merda, meu ouvido aqui não para de zumbir.

— RD eu sou da contabilidade, já participei de várias invasões, e bem capaz de forjarem pra mim porra, olha meu lado, minha cara vai tá estampada nos quatro canto desse país irmão — ele chega bem perto de mim e me olha no fundo dos olhos me deixando desconcertada.

Você vai nesse caralho, e acabou — chega mais perto apertando o meu maxilar — e bate de frente comigo de novo, que tu fica sem peito, te pago quatro a quatrocentos todo mês, pra tu trabalhar pra mim e me obedecer, então tu vai fazer isso porra — tira a mão do meu rosto — E é melhor ficar de boa Princesa, tô tendo muita reclamação sua nos últimos meses, sei nem porque não te cobrei ainda — começa a enrolar a ceda e olha lá para baixo — desce que o carro já tá lá em baixo, vão ser três carros, um com tu — aponta pra mim — um pro Silas e o Leozin.

Desço as escadas no puro ódio, arrombado do caralho, ama fuder com a vida dos outros, essa porra não bota a cara se acha o machão e em todos os sentidos e dos que pede arrego.

Trepo na minha moto partindo pra casa, vou tomar um banho e me preparar pra essa presepada que me enfiaram, quero só ver.

(...)

Chego na boca e já estavam todos lá me esperando.

— A princesa resolveu aparecer? — O Rd fala, reviro meus olhos e entro no carro sem render muito, quanto mais corda damos pra esse povo mais nois se enforca.

Dou partida e saio catando pneu, pegando a pista logo em seguida, olho no retrovisor vendo os dois carros pretos atrás de mim, isso vai da merda, meu sexto sentido tá martelando aqui na minha mente: "Vai da merda".

Chego na rodovia, e escuto a porcaria do rádinho tocando, pego o mesmo vendo ser o RD.

"— Fala rápido tô dirigido"

"— Só é pra entregar essas merdas se for na mão do Ratatuile, tá me ouvindo?"

" — Como Não ouviria?" — Digo debochada já que o mesmo estava praticamente gritando comigo, e ele desliga na minha cara, dou um sorriso de lado e acelero um pouco mais vendo uma blitz logo na frente, puta merda eu sabia.

" — Aí tão perto? " — Digo no radinho com o Silas e o Leozin.

" — Tamo quase encostando em tu, tive que parar no posto"

"— Pega a estrada de terra, porra vou ser parada agora nesse caralho" — Posso ouvir o desespero dele do outro lado da linha — " Só faz o que eu tô mandando eu dou um jeito aqui"

Escondo o radinho em um vão debaixo da poltrona, e vejo o bota pedindo pra mim parar, vamos lá tentar usar meu rostinho né?

— Boa tarde, documentos do carro por favor — O verme fala me encarando rápido e olhando dentro do carro.

— Claro — Me viro indo no porta luvas e pegando os documentos do carro e minha carteira de motorista, e entregando pro mesmo.

Enquanto ele vai conferindo as papeladas lá eu olho pelo retrovisor o outro policial, cercando o carro...Puta que me pariu.

Ele assobia para o policial que está com as minhas coisas na mão, que me encara de imediato.

— Vou pedir pra se retirar do carro por favor...

*Não se esqueça do seu fav e do seu comentário.

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