Capítulo 87 - Always Love

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Demorei um pouco, mas cheguei! E tenho motivos. Esse capítulo é gigante, por uma razão muito simples: ele é o último.

Não vou me prolongar muito aqui, deixei um textinho enorme preparado pra vocês. Aproveitem, e comentem bastante pra gente encerrar com chave de ouro!

Qualquer dúvida, leiam o próximo capítulo.

Beijinhos, espero que gostem 💕

--♡--

- Água gelada chegando se você não levantar em 3...2...

Afundei mais a cabeça no travesseiro e resmunguei algum som inaudível, voltando a me aconchegar em meio aos lençóis e ignorando a interrupção inconveniente ao meu sono. Depois disso, tudo aconteceu muito rápido. Senti o líquido frio me atingir como um choque, e pulei da cama quase imediatamente. Assim que minhas pálpebras se abriram, a claridade fez minha cabeça doer tanto que parecia que ela ia explodir. E no meio disso tudo, só era possível escutar uma risada alta ressoando pelo quarto.

- Vai se fuder, Dinah! - Gritei, querendo matá-la naquele momento. O vento frio que veio da varanda me atingiu e fez com que me encolhesse no tecido molhado do pijama.

- Em minha defesa, tentei te chamar muitas vezes antes disso. E já estamos atrasadas!

- Pois seja o que for, pode cancelar. - Murmurei, voltando a abraçar um travesseiro, sem nem me importar mais com a água fria. - Estou doente. Minha boca está seca, me sinto enjoada e minha cabeça dói...

- Isso se chama ressaca, meu amor. É o que acontece quando se acaba com o estoque de bebidas da casa durante todas as madrugadas. Se era pra encher a cara, devia ao menos ter aceitado um dos meus convites para a balada! - Revirei os olhos, sem paciência para aquele discurso, mas quando pensei que me deixaria em paz, ela voltou a falar. - Por acaso se lembra que dia é hoje?

- E de que importa? - Falei baixo, escondendo o rosto daquela claridade horrível. - Todos os dias são iguais agora.

- Ai, francamente, não estou sendo paga pra isso. - Reclamou, se encostando no batente da porta.

Foi então que parei para refletir pela primeira vez naquela manhã. Que dia é hoje... que dia é hoje...

- PUTA QUE PARIU A VIAGEM! - Exclamei, me pondo de pé quase imediatamente. No mesmo momento, já me sentia cheia de energia.

- Aleluia! - Comemorou. - Melhor se apressar, se não quiser perder o vôo. Vai precisar de alguns quilos de maquiagem pra disfarçar essa aparência de zumbi.

- Cale a boca e venha me ajudar aqui! - Pedi, já indo em direção ao banheiro e jogando água no rosto.

Por sorte, minhas malas já estavam prontas desde a noite em que eu havia recebido as passagens. Uma equipe de maquiadores me esperava, e não me orgulho em dizer que tiveram um trabalho árduo para me deixar apresentável. Eu sabia que muitos olhares estariam sobre mim naquele dia, e gostaria de parecer tão maravilhosa quanto eu me sentia, sabendo que veria minha namorada em breve.

Reguei o pequeno jardim de Lauren pela última vez, me lembrando do como ela pediu para que eu cuidasse das plantas em sua ausência. E eu o fiz, com todo o carinho do mundo. Enquanto estivéssemos no Brasil, essa tarefa seria de Paul, o único que eu confiava para que entrasse e saísse de lá livremente, já que nossas amigas e familiares iriam conosco.

Eu não entendia bem o motivo de ela fazer tanta questão de ter todos eles lá, pois não demoraríamos a voltar, mas, por outro lado, era compreensível que ela quisesse matar a saudade de todos, e não apenas de mim. Eles certamente estariam felizes em prestigiá-la.

Shadows - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora