IX. Cheirinho Bom

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A alfa saiu correndo escada a baixo, com um sorriso surpreendentemente grande estampado na sua face. Mal se deu conta do pai a olhando completamente perdido na situação. Seulgi, que quase tropeçou nos últimos degraus, finalmente o olhou.

— O que você está fazendo? Vá dormir! — o ômega falou, preocupado. Sua filha mal conseguia dormir e deveria estar tentando fazer isso em um dia de Sábado.

— Não posso, pai. Estou atrasada! — murmurou, olhando para todos os lados em busca de sua mochila.

— Atrasada? — as sombrancelhas do mais velho se franziram. — Para que?

— Preciso encontrar Bae Joohyun.

Seu sorriso pareceu aumentar. Seu pai piscou.

— Uma ômega, aposto.

— Aposte no que quiser, papai — disse a alfa, ocupada ainda em procurar. O ômega pigarreou, e quando Seulgi finalmente ergueu a cabeça, deu de cara com um olhar duvidoso. — Tá... É a ômega.

A menina murmurou com uma face quase birrenta.

— Você vai a um encontro? — o pai deu pulinhos, animado. Mas a filha o cortou.

— O quê? — Seulgi deu um sorriso considerado triste, e o sono estampado não ajudou nisso. — Ah, não. Lembra que não fui bem nas minhas notas, não é?

O ômega suspirou e abriu um sorriso acolhedor.

— Não é como se fosse a primeira vez.

— Assim você me ofende, papai.

(×)

Seulgi olhou para a conhecida e grande estrutura do colégio a sua frente antes de observar o guarda sonolento e desinteressado no próprio trabalho na portaria. Passou por ele com um aceno virado para baixo, já que tinha uns bons centímetros a mais que ele. Seu coração era tomado por uma ansiedade estranha, e seus pés, consolidações do sentimento, se moviam rápidos.

Virou um corredor vazio aqui e ali, antes de dar de cara com as portas duplas da tão grandiosa biblioteca, um hábitat natural de adolescentes que gostavam de trocar saliva escondido, nerds estudiosos e poeira acumulada.

Respirou fundo, aproveitando e tomando o ar que ainda não a enlouquecia por causa de certo cheiro diante das portas fechadas. E então, se pôs a sorrir, desde de que sua paixonite por Bae Joohyun começou a ser notada, a alfa já estava muito próxima da ômega, e a Kang se sentia mais feliz a cada dia que passava. Claro que não estavam muito longe, mas só de receber os sorrisos pequenos, as plaquetas vermelhas e envergonhadas nas bochechas, os bicos constantes e o cheirinho de pirulitos perto de si, Kang Seulgi fazia questão de agradecer.

E por isso adentrou a biblioteca com o resistente sorriso, sorriso esse que vacilou um pouco ao encontrar a ômega que gostava.

O que eu fiz?

A ômega, guiada pelo cheiro refrescante de menta, olhava para Seulgi com um olhar serenamente sério a algumas mesas de distância.

— E-E-Está atrasada!

Ah.

O sorriso caiu de vez, e os olhos de Seulgi se tornaram botões expostos e arregalados ao perceber que havia se esquecido completamente do seu pequeno atraso.

— E n-não foi pouco! M-me fez esperar p-por meia hora! — como se pudesse ler os pensamentos de Seulgi, a ômega murmurou.

L-LOLLI... POPS! ⌇ seulreneWhere stories live. Discover now