Ah, eu sempre digo quando tem algum problema, sou um livrinho aberto, você sabe.
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Olívia ergueu o olhar do livro em seu colo assim que ouviu as vozes vindas da entrada do Largo Grimmauld. Sirius, que estava sentado na cadeira ao lado, soltou um grunhido bastante canino.
— ... na cozinha, Profº Snape, vou chamá-lo para o senhor, espere alguns instantes.
Não houve uma resposta, ou pelo menos ela não ouviu uma, mas o Profº Snape logo passou pela porta da cozinha alguns instantes depois. Sirius se retesou na cadeira. Ambos se encararam com o olhar carregado de desprezo.
— Dumbledore me pediu que falasse com o Potter a sós. — Ele deu ênfase na última palavra, ainda com o olhar fixo em Sirius.
— Sou padrinho dele. — O homem argumentou em desafio, dando de ombros. — Olívia pode sair se quiser.
Como se ela fosse querer.
Snape apenas deu as costas e caminhou até a outra ponta da mesa, em silêncio. Olívia encarava entre os dois, alternando entre um e outro e admirando a determinação de ambos em evitarem se olhar, porque, enquanto que Snape encarava o armário de pratos à esquerda dela, Sirius tinha decidido que a madeira da porta era extremamente interessante e digna de observação. Okay. Olívia fechou o livro e cruzou os braços sobre ele, esperando. Quando Harry entrou na cozinha, observou os dois adultos ali com um ar confuso.
— Hã. — Seu irmão fez para anunciar sua presença.
Snape se virou para olhá-lo, o rosto emoldurado por cortinas de cabelos oleosos.
— Sente-se, Potter.
— Sabe. — Disse Sirius em voz alta, se recostando e se apoiando nas pernas traseiras da cadeira, e falando para o teto. — Acho que eu preferia que você não desse ordens aqui. É a minha casa, sabe.
Olívia e Harry se entrolharam. Um rubor ameaçador afluiu ao rosto pálido de Snape.
— Eu devia vê-lo sozinho, Potter. — Disse Snape, o riso desdenhoso crispando sua boca. — Mas Black...
— Sou o padrinho dele. — Sirius repetiu, ainda mais alto dessa vez.
Harry se acomodou na outra cadeira ao lado da de Olívia, defronte para o professor.
— Estou aqui por ordem de Dumbledore. — Continuou Snape, cuja voz, em contraposição, ficava cada vez mais baixa e sibilante. — Mas, sem dúvida, fique, Black, eu sei que você gosta de se sentir... participante.
Por que ela sentia que aquilo não ia acabar bem?
— Que é que você quer dizer com isso? — Retorquiu Sirius, deixando a cadeira recair nos quatro pés com um forte baque.
— Simplesmente que tenho certeza de que você deve se sentir... ah... frustrado pelo fato de não poder fazer nada de útil. — Snape enfatizou delicadamente a frase "pela Ordem".
Foi a vez de Sirius corar. A boca de Snape se crispou em triunfo ao se dirigir a Harry.
— O diretor me mandou dizer, Potter, que quer que você estude Oclumência neste trimestre. — E o olhar dele pulou rapidamente para Olívia antes de continuar. — A defesa mágica da mente contra penetração externa. Um ramo obscuro da magia, mas extremamente útil.
— Sei o que é. — Harry disse com a voz levemente falha. — É... mas por que agora eu tenho de estudar Oclumência?
— Porque o diretor acha que é uma boa ideia. — Disse Snape suavemente. — Você receberá aulas particulares uma vez por semana, mas não contará a ninguém o que está fazendo, muito menos a Dolores Umbridge, obviamente. Entendeu?
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OLÍVIA POTTER [5]
Fanfiction▻ Depois de um verão tenso, marcado pela cicatrizes do retorno de Lord Voldemort, Olívia Lílian Potter se prepara para o seu quinto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde ela será testada em um nível muito além do acadêmico, colocando à...