CAPÍTULO 64

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Quando estávamos perto do final da feira, encarei um grupo de crianças animadas, estavam se preparando para algum evento que teria, pois as cadeiras estavam sendo posicionadas na rua, que estava fechada para os carros, embaixo de uma enorme árvore...

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Quando estávamos perto do final da feira, encarei um grupo de crianças animadas, estavam se preparando para algum evento que teria, pois as cadeiras estavam sendo posicionadas na rua, que estava fechada para os carros, embaixo de uma enorme árvore florida. Henry voltou, trazendo um pretzel para comermos. Ele olhou para as crianças e sorriu.

— Está pensando nos nossos filhos? — Gargalhei.

— Você se acha demais. Nem ao menos estava pensando em você. Estou querendo entender o que está acontecendo por aqui... — Romeu mordeu o seu pretzel e olhou para um banner que estava perto de onde estávamos.

— Vai ter uma aula de pintura aberta ao público...

— Olá, vocês vão participar da aula? — perguntou uma senhora de cabelos encaracolados em francês. Não entendi nada do que ela tinha dito, mas pelo sorriso de Henry, aquele que ele usa quando está pensando em aprontar algo, ela tinha chamado a sua atenção.

— Estamos — disse Henry na mesma língua.

A senhora sorriu para nós dois e nos chamou com as mãos para nos sentarmos nas cadeiras, de frente para cavaletes e telas em branco. Encarei Henry, tentando dizer para irmos embora, mas ele me ignorou e seguiu a senhora. Depois que me dei por vencida, sentei-me ao seu lado, arrumando o cavalete que quase tinha deixado cair. A mulher deu as costas e foi ajudar as outras crianças a arrumarem os cavaletes na altura adequada para pintarem.

— Você gostaria de me explicar o que estamos fazendo aqui, Henry? — Ele deu os ombros.

— Ué, o óbvio, estamos aqui para a aula.

— Eu não sei pintar porcaria nenhuma, Romeu! Na verdade, sempre odiei as aulas de artes.

— Bom, encare como uma redenção. — Bati em seu ombro, mas ele apenas riu. — Não adianta nada partir para a agressão, Alice. Vamos pintar queira você ou não.

— Sério, às vezes me pergunto o que vi em você.

— Além da minha beleza? — Ele passou uma das mãos pelos cabelos, os desajeitando daquele jeito sexy dele.

— E tem algo além da sua beleza?

— Nossa, Julieta. Você é bruta demais. — Gargalhei. — Sua sorte é que não entendem inglês.

— Se entendessem, estariam concordando comigo. Mas, deixando de lado a brincadeira, você já parou para pensar que eu não entendo nada de francês, ou seja, não vou entender nada da aula? — questionei Henry com um sorriso no rosto. Ele nunca sumia quando Romeu estava envolvido.

— Não tinha pensado nessa parte, mas vou traduzir para você, não se preocupe. — Rolei os olhos, mas acabei rindo.

— Estou louca para ver a sua pintura.

— Estou louco para te mostrar meu pincel. — Estava encarando as crianças em silêncio, até que entendi o que Romeu quis dizer.

— Você... seu... — Henry gargalhou alto.

Alice no País da VogueWhere stories live. Discover now