chapter four

6.2K 768 360
                                    

As batidas insistentes na porta despertam Louis de seu sono.

O ômega senta na cama e coça os olhos, conferindo o horário no relógio. Ele entraria no trabalho as 10 da manhã e agora nem 8 horas era ainda, Louis não faz ideia de quem seja.

Paul algumas vezes batia na porta do chalé para acordar o ômega, já que o mesmo se atrasava algumas vezes. Não era de propósito, e Louis já havia conversado com sua obstetra sobre isso, ela havia lhe dito que era normal em alguns casos, a gravidez tendia a deixar ômegas e betas mais sonolentos.

Lentamente ele se levanta, se espreguiça e calça um chinelo no pé que já estava coberto por uma meia. Há um espelho no quarto de Louis, então ele para ali em frente por alguns segundos, conferindo o tamanho de sua barriga. Talvez ele não vá ficar tão grande assim, Louis pensa, já que, com quase 4 meses de gravidez, a barriga que já é notável não é tão grande assim.

Andando o curto caminho do quarto até a porta de entrada, Louis sente a vontade de enforcar Paul, ele não pretendia estar de pé até o mínimo 9 horas. Por Deus! Agora são exatas 7:20. Ele amaldiçoa quem o está fazendo perder preciosas 1 hora e 40 minutos de sono.

O ômega boceja e coça os olhos aos abrir a porta, desejando estar em sua cama nesse exato momento. — Oi, Paul, bom dia. Eu não entro no serviço hoje até as 10, o que significa que não estou atrasado. — Louis despeja as palavras, sequer conferindo quem de fato estava a porta.

— Bom dia, Louis. — O ômega de olhos azuis e cabelos castanhos se sobressalta ao ouvir a voz que o saúda. O sono indo instantaneamente embora e Louis está agora totalmente consciente de que ele se encontra apenas de pijama, com os cabelos despenteados, os olhos inchados e o rosto amassado pelo fato de que ele dorme com o rosto enterrado no travesseiro. Ele tem certeza que a marca da fronha de cetim está estampada por todos os lados de seu rosto e tudo que ele deseja agora é um buraco para entrar dentro.

Argh! Idiota.

Ele deveria ao menos ter passado no banheiro, escovado os dentes e jogado uma água no rosto. Deveria ter tirado esse pijama.

— Se eu estiver atrapalhando, posso voltar em outro momento. — A voz do alfa se faz presente novamente, dessa vez carregando um tom de hesitação.

Harry se sente mal, ele soube que Louis entraria maia tarde e pensou que seria uma boa ideia fazer uma visita, mas agora ele já não tem tanta certeza assim. Ele não quer ser inconveniente, então ele sugere ir embora.

Louis parece sair de um transe ao que balança a cabeça e olha Harry de cima abaixo antes de proferir:

— Me desculpe, Harry. Você quer entrar? — O ômega abre um pouco a porta e se afasta, dando passagem para Harry, que pela primeira vez aceita o convite de Louis.

O alfa olha ao redor. O chalé já era mobiliado quando Louis se mudou pra lá, mas o ômega havia dado seu próprio toque ao local, o tornando ainda mais aconchegante e deixando o local com a sua cara. Era isso que Harry reparava, Louis imaginou.

— Você fez um belo trabalho aqui. — O alfa elogia, levando Louis a sorrir.

— Obrigado. — O ômega espreme os dedos de uma mão no outro. Harry já havia notado Louis fazer isso algumas vezes, era um hábito, um claro sinal de nervosismo. — Você pode se sentar, eu já volto. —Louis aponta para o sofá e desaparece em seguida, sequer dando chance de Harry dizer algo.

Percorrendo o curto caminho até o quarto, Louis não pode acreditar que Harry estava mesmo sentado em seu sofá. Ele já havia convidado o alfa para entrar em outras ocasiões mas o mesmo nunca tinha aceitado, o que levava Louis a não sonhar com a possiblidade desse alfa um dia por os pés em seu chalé, mas estava acontecendo e ele parecia um idiota.

How did I fall in love with you - larry abo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora