chapter three

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O ômega acordou no domingo ainda no sofá e com a televisão ligada. Estava virando quase uma rotina passar a noite naquele sofá que era tão confortável e espaçoso quanto sua cama.

Louis checou o relógio e notou que faltava pouco para as 7 da manhã, ele havia dormido menos do que gostaria, mas se sentia extremamente descansado. O ômega então sentou-se no sofá, espreguiçando o corpo e sentindo seus músculos se esticarem, lhe causando certo alívio, bocejando no processo e expulsando a preguiça para fora de seu corpo.

Calçando o chinelo que estava ao lado do sofá, Louis desligou a televisão e foi até a cozinha, colocando um pouco de água na chaleira e indo em seguida até o banheiro, pegando sua escova azul e colocando pasta de dente na mesma, levando até a boca e começando sua higiene matinal, lavando o rosto em seguida e ajeitando os fios revoltos de seus cabelos com os dedos.

A chaleira apitou ao mesmo tempo em que Louis terminava no banheiro, então o ômega voltou para a cozinha, preparando um pouco de chá e colocando leite em seguida, passando geleia de amora em duas torradas e se sentando na pequena mesa da cozinha, tomando seu café da manhã e organizando a pequena bagunça que havia feito em seguida.

Quando o relógio marcou 8 horas da manhã, Louis deixou o pequeno chalé, trancando a porta e indo em direção ao seu carro. Louis havia decidido ir até o centro da pequena cidade para comprar algumas coisas que estava faltando em sua casa, algumas coisas de uso pessoal e quem sabe fazer algumas compras para seu bebê.

Na última semana o ômega havia visitado sua médica na cidade, passando por uma consulta onde constatou que sua pequena estrelinha estava bem. Apesar de estar agora com pouco mais de 3 meses de gestação, não foi possível ver o sexo de seu bebê. Seria mentira se Louis dissesse que não estava ansioso, ele estava além disso, o ômega não via a hora de saber o que ele estava esperando.

Atrás dos chalés havia um estacionamento onde os funcionários guardavam seus carros, e foi pra la que Louis caminhou, jogando sua bolsa no banco do passageiro e dando partida no carro. Antes de se despedir do porteiro e partir, o ômega viu Harry deixando sua casa, trajando um terno cinza e provavelmente indo trabalhar, o que era estranho, já que Harry não costumava trabalhar aos finais de semana. Louis buzinou para o alfa e acenou um "tchau" ao que o mesmo o cumprimentou com um aceno de cabeça.

Harry ficou parado na porta de sua casa, olhando o carro de Louis desaparecer pelo portão.

Ele tenta, mas não consegue negar a atração que sente por esse ômega que está aqui a pouco mais de 1 mês. O alfa acha que é loucura, talvez seja apenas seu instinto de alfa falando mais alto. Louis as vezes parecia perdido, ou que precisava de algum conforto. Harry não consegue negar a urgência que sente em apenas ir até esse ômega e abraçá-lo, lhe dar algum conforto e dizer que seja lá o que for que está acontecendo, vai ficar tudo bem.

O cheiro do bebê vem ficando cada dia mais forte e evidente em Louis, até mesmo alguns clientes alfas conseguem perceber que ele está grávido, mas mesmo assim ele não havia falado nada sobre com ninguém além de Anne, o que deixa Harry ainda mais intrigado.

Ele pensa em Louis enquanto caminha em direção a entrada do resort, onde fica seu escritório. Louis é adorável e educado, ele contém uma elegância que encanta Harry, a forma de se vestir e até mesmo conversar. Harry sabe que Louis também se atrai por ele, a forma como Louis o olha não nega isso. Ou sua imaginação tem sido muito fértil e o traído de uma forma espantosa.  Harry pensa em como Louis o observou ontem pela janela, e até em como o ômega parece mais tímido e reservado quando ele está ao redor.

O alfa não costuma trabalhar aos finais de semana, mas ele meio que se obriga a fazer para não morrer em sua própria angústia ao morar em um chalé tão próximo ao de Louis. Passar um domingo inteiro sentindo o cheiro daquele ômega é tortura demais para o alfa, então ele acorda cedo e decide se arrumar para colocar um pouco do trabalho em dia. Harry também não quer fazer nenhuma besteira e acabar batendo a porta da casa de Louis com alguma desculpa esfarrapada de que precisa de um pouco de açúcar ou pó de café, apenas para que possa ver o ômega de perto e tentar alguma aproximação.

How did I fall in love with you - larry abo Where stories live. Discover now