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NO DIA SEGUINTE, além de me ver acompanhada da ansiedade, peguei-me planejando os mínimos detalhes

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NO DIA SEGUINTE, além de me ver acompanhada da ansiedade, peguei-me planejando os mínimos detalhes.

Desde a organização da casa até a escolha do perfume que usaria. Mesmo que fosse algo simples, por algum motivo, queria impressionar a Rebecca e sempre achei que as fragrâncias, por mais delicadas ou exímias que sejam, são poderosas para tornar momentos inesquecíveis.

Estava no quarto, terminando de passar um batom, quando ouvi baterem a porta. Meu coração palpitou de uma maneira repentina e um friozinho surgiu em meu abdome. A julgar pelo horário, era Rebecca.

Inspirei fundo, encarando meu reflexo no espelho. Apesar de me ver sem parte de uma das pernas, ainda gostava da minha aparência.

De imediato, mesmo com o auxílio das muletas, fiz o possível para atender a porta com agilidade, mas ainda estava me adaptando. Era desafiador lidar com o próprio peso do corpo, sozinha.

Enquanto me deslocava pela casa, me senti frustrada com a minha própria demora em consegui abrir a porta. Chacoalhei a cabeça para espantar aqueles devaneios que sempre me incomodavam, aprumei o corpo e mostrando meu melhor sorriso, girei a maçaneta.

Apesar das vestimentas simples, um short jeans e uma regata, Rebecca exalava sensualidade, talvez fosse pelos cabelos bonitos que estavam soltos ou o cheiro gostoso do hidratante corporal dela.

Quando nossos olhares se encontraram, um sorriso leve mostrou-se nela e encarei os lábios dela ligeiramente, movida pelo repentino desejo em beijá-los.

Percebi que o corpo da jovem expressou vontade de cumprimentar-me com um abraço, porém seus olhos pesaram as muletas como um obstáculo para retribui-lo. E aquilo me deixou ainda mais incomodada por estar naquelas condições.

— Hm... — ergui as sobrancelhas. — Que pontualidade exemplar, dona Rebecca!

Ela riu.

— Tenho muitas outras qualidades, Maristela — notei que o rosto dela assumia um leve rubor. — Ah, bem.... Como não sei se você podia beber algo alcoólico... - a moça dizia enquanto dava de ombros e só então percebi que ela segurava uma garrafa de refrigerante. — Resolvi trazer um "refri" bem gelado pra nós – notei que eu era alguns centímetros mais alta que ela.

— Claro, pode entrar! — exclamei sorrindo gentilmente. — Geralmente, costumo tomar um vinho, mas como estou usando alguns medicamentos ainda, o refrigerante será bem-vindo...

Ainda sob o apoio das muletas, cedi espaço para que ela entrasse.

Enquanto apreciava a garota seguir para a cozinha, a ouvia mencionar algo sobre assistirmos a uma série na TV.

Surpreendi-me, mais uma vez, com o torpor que Rebecca exercia sobre mim. Apesar de não haver nem uma semana que nos conhecíamos, não a tinha como uma estranha. A sensação era mais semelhante como se finalmente houvesse encontrado alguém por quem aguardei uma vida toda.

REBECCA (EDITORA PEL) (AMAZON) (DEGUSTAÇÃO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora