𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]

16

Anna ✨

Acordei assustada achando que já era de manhã, peguei meu celular do meu lado e vi que eram 20:00 horas da noite.

Foi aí que eu lembrei que tava na casa do Ret, fiquei olhando pro teto esperando minha coragem de levantar vim.

Escutei barulho de vozes e parecia ser lá em baixo e eu como uma boa curiosa levantei vestindo uma camisa qualquer que achei do Ret jogada e fui até a escada a fim de escutar alguma coisa, mas assim que cheguei lá já era tarde.

Vi a voz de uma mulher e ele fechando a porta, ia correr de volta pro quarto, mas nem deu tempo então fiz minha cara de cínica quando ele me viu.

Anna: oi.- sorri cínica e desci o resto das escadas passando por ele.

Ret: tu escutou a conversa?- fiz cara de desentendida.

Fiz a Kátia né mô.

Anna: que conversa Ret? Tava descendo agora.

Ret: meu pau.

Anna: hm, gosto.- tentei mudar o rumo da conversa né.

Ret: Iih vem meter caô pro meu lado não Anna, tu escutou ou não?- revirei os olhos.

Anna: não porra, quando cheguei a pessoa já tava indo.- ele assentiu serinho e foi pra cozinha.

Eu ein, todo mal humorado, que bicho mordeu essa porra?

Voltei lá pra cima e fui pro banheiro tomar um banho, demorei horrores lá dentro, quando eu entro pra tomar um banho profundo não tem tempo no mundo, parece que tudo para.

Sai e já dei de cara com o Ret jogado na cama, puta que pariu que tesão do caralho mermão.

Se segura Anna, se segura.

Pentiei o cabelo enquanto ele me olhava, tava vendo tudo do espelho. Evitava até ver pra não cair em cima dele e fazer coisas obscenas.

Terminei de me arrumar e desci pra comer alguma coisa, tava numa larica do caralho.

Fiz uma comidinha e comi tudo, depois fui pra sala assistir, disse a minha mãe que só chegava amanhã, então tenho que ficar aqui.

O Ret ficou todo estranho depois dessa "visita", nem saiu do quarto, não trocou mais uma palavra se quer comigo.

Ele tá como se tivesse pensativo, com o pensamento bem longe, tá ligado?

Acabei dormindo no sofá mesmo e acordei no outro dia com o Ret me chamando.

Anna: que hora é?- levantei nas pressas.

Ret: relaxa pô, tá atacada é?- neguei sentando.

Anna: dormi muito?- ele negou.

Ret: ainda é cedo, te acordei porque vou sair pô.- assenti levantando e fui pegar minhas coisas.

Depois de tudo me despedi e fui descendo o morro, o povo já me olhava estranho só porque eu tava na casa do chefão.

Poderosa e afins.

Quando cheguei em casa minha mãe não tava, hoje ela foi fazer exame de rotina e disse que ia sozinha, que eu não precisava ir.

Fui arrumar a casa e quando acabei tomei meu belo banho e me sentei na sala pra assistir.

Quando deu meio dia a Geovana chegou da escola toda emburrada, a bixa só vive mal humorada.

Anna: almoço já tá pronto.- ela murmurou um "hum" e saiu andando.

Dalva: cheguei meninas.- ela falou abrindo a porta.

Anna: e aí mãe como foi lá? Tá tudo certo?

Dalva: tá sim, não precisa se preocupar.- ela sorriu e saiu andando pra cozinha.

Anna: graças a Deus.

Fiquei lá na sala fazendo vários nadas só assistindo e escutei alguém batendo na porta, quando abri vi um garoto, acho que ele tem a idade da Geovana.

- oi a Geovana tá aí?

Anna: tá, cê quer que eu chame ela?- ele assentiu - como é seu nome?

- Lucas.- assenti e subi até o quarto dela.

Anna: Geovana?- bati na porta e ela abriu.

Geovana: oi.

Anna: tem um menino lá embaixo te chamando, o nome dele é Lucas.- ela revirou os olhos.

Geovana: o que esse caralho quer?- ela bufou descendo.

Eu ein garota mal humorada.

Desci pra sala e vi que ela tava lá fora conversando com ele, depois de uns minutos ela entrou.

Anna: quem é ele? Mora no bairro? Acho que já vi ele...

Geovana: mora, infelizmente. Conheci ele por aqui, mas me arrependi. Garoto grudento.

Anna: essa história tá mal contada ein.- falei comigo mesma enquanto ela subia.

Tenho a impressão de já ter visto ele por aí, e ele parece com uma pessoa...

Só não sei quem.

Mas isso eu descubro depois, a Geovana tá toda estranha ultimamente, anda feliz pra caralho, com um sorriso estampado no rosto.

Não se pode confiar nessa menina.