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Ret🐉

Pô Diogo tá quieto pra caralho, não sei o que tá rolando. Já faz uns dias que ele não pôs mais as caras aqui no morro depois daquela invasão.

Desistir ele não desistiu, eu tenho certeza. Conheço muito bem aquele desgraçado.

Cheguei na boca e fui direto pra minha sala, fiquei lá contando a grana e vi o Carlos entrando.

Ret: bater na porta ninguém quer né.- ele fez careta e jogou um bolo de dinheiro na mesa.

Carlos: aí dinheiro que cobrei dos noiado. - assenti.

Ret: senta aí pô, ajuda a contar.- ele sentou - cade o Dedé?

Carlos: tá lá na boca 08.- assenti.

Acendi um cigarro e fiquei contando o dinheiro, quando terminei fui em casa.

Entrei e não vi a Anna, deve tá no quarto. Subi e vi que ela tava no banheiro vomitando.

Só vive vomitando agora.

Anna: vou morrer de tanto vomitar.- ela falou limpando e foi escovar os dentes.

Ret: a cria vai ser muito enjoada pô.- ela riu.

Anna: nem nasceu e tá me dando trabalho. Lembrar de usar camisinha da próxima vez.- gargalhei.

Ret: que nada pô, quero mais uns 4 filhos.- ela arregalou os olhos.

Anna: pois então vira mulher, vai dar bem muito e engravida. Porque o que eu tô passando não quero passar de novo não.- neguei rindo.

Ret: vendo assim parece que nem tá gostando.- fiz careta.

Anna: eu tô amando esse momento cara, o que eu não tô gostando são os sintomas chatos.- eu ri e abracei ela - imagina a dor do parto, vou morrer.- gargalhei.

Ret: tu sabe que eu te amo né. - ela assentiu e me deu um selinho.

Anna: também te amo, agora me traz um hambúrguer e batata frita.- olhei pra ela com deboche.

Ret: hm, achei esse te amo mó falso, cheio de interesse, papo reto.- ela riu.

Anna: tô com desejo, quer que o bebê nasça com cara de hambúrguer? Achei que não.- neguei rindo.

Ret: mó pilantra, papo reto. Já volto com a comida.- ela comemorou.

Anna: tu é o amor da minha vida mermo.

Sai de casa e depois de um tempo cheguei com a comida e ela já veio no desespero e foi comer.

Anna: quer?- neguei rindo e subi pro quarto.

Tô mó felizão, sei que não era o momento certo, mas foda-se vou proteger os dois com unhas e dentes, vou deixar ninguém encostar, se for preciso eu morro por eles.

Papo reto.



Carlito 🤯

Cheguei em casa morto de cansado e fui tomar banho, quando sai do banheiro passei na frente do quarto do Gustavo e entrei. Vi que ele tava no berço, mas com os olhos abertos.

Carlito: e ae menor.- me apoiei no berço olhando pra aqueles olhinhos pequenos.

Peguei ele no braço e fiquei encarando, moleque é a cara do Turco. Ele começou a chorar e eu já fiquei sem saber o que fazer.

Carol: ele acordou?- ela falou chegando na porta do quarto.

Carlito: magina, sou eu chorando por não ter ganho na mega sena. - ela mandou dedo.

Carol: tomar no cu já foi?

Carlito: não, nas me conta aí se é bom.- falei rindo e ela me deu um tapa pegando o menino que ainda tava chorando.

Carol: ele tá com fome. Cê já sabe fazer a mamadeira né?- assenti.

Desci até a cozinha e peguei a mamadeira, fiz os bagulho lá e subi pra entregar a ela.

Carol: toma, dá a ele.- ela me entregou ele.

Tenho mó medo de ficar muito tempo com bebê no braço, nos primeiros meses eles são tão moles ainda que tenho medo de fazer algum bagulho.

Carlito: tu sabe que eu tenho medo pô, vai que acontece algo.

Carol: você tem que aprender. Quando eu não tiver aqui é tu que vai fazer os bagulho pô.

Carlito: e tu vai pa onde pô?

Carol: quando eu sair né jumento.

Carlito: me respeita ein porra.- ela riu e eu segurei o Gustavo dando a mamadeira a ele.

Até agora tudo sussa, mas o medo ainda tá aqui.

Mas como a Carol falou, tenho que aprender a cuidar dele pô. Já faz meses e eu aqui só dependendo dela pra cuidar dele 90% pô.

Quando ele tomou tudo eu fiquei balançando ele até o mesmo arrotar como a Carol falou e ela desceu lá pra baixo pra lavar a mamadeira.

Carlito: e ae menor, vai arrotar não? Já tô ficando preocupado pô.- olhei pra ele seriao e ele deu um sorriso gostoso do caralho.

Alá fiquei todo besta com ele sorrindo pra mim pela primeira vez.

Depois de mais alguns minutos ele arrotou e me deu mó alívio.

As vezes acho que sou dramático, mas é porque não sou acostumado com essas parada, me dá um crédito pô.

Carlito: até que enfim, achei que não ia arrotar mais.

Vi que ele tava elétrico, vai dormir nem tão cedo, então desci com ele pra sala e deitei ele no sofá com uma almofada do lado e liguei a televisão.

Ele tava se mexendo pra caralho pô, num tô dizendo que é ligado no 220.

Peguei ele e fiquei brincando com ele no meu braço que tava sorrindo vez e outra.

Carol: tu que lute pra aguentar a noite toda.

Carlito: jaja ele dorme pô.- ela gargalhou.

Carol: sonha filhão.

Neguei rindo e vi que ela subiu. Continuei brincando com ele e depois coloquei um desenho lá pra ele assistir e ele até que ficou quieto, mas nada de dormir pô.

Papo reto, já me apeguei no menor, quero nem imaginar me afastar dele um dia.

𝙴𝚂𝚃𝚁𝙴𝙻𝙻𝙰 [𝙼]Where stories live. Discover now