Princesa, Com Orgulho - TRILOGIA PRINCESA

Capítulo 28

                         Griffin

Quando abro a porta do meu quarto, encontro Elisabeth dormindo na minha cama segurando uma das camisas que usei hoje. Seus cabelos loiros estão espalhados pelo travesseiro, e pela minha fronha molhada, eu sei que ela adormeceu enquanto chorava.

Seu rosto relaxado faz meu coração acelerar. Vou andando até a cama e me sento devagar ao seu lado.
Coloco uma mecha do seu cabelo para trás da orelha e lembro-me do motivo que não posso permancer com ela

Horas antes...

— Você espancou um dos meus por causa daquela garota — ele diz — Ela é a princesa de Cadloe, Griffin, tem noção da influência que ela tem? Você tem que dar um jeito, antes que ela saiba do sistema. Qual é mano? A vadia é dona da escola!

Avanço em cima dele e seguro o colarinho da sua camisa

— Vai se foder — digo pausadamente — E lave sua boca para falar dela

— Vou ser mais claro — fala e me empurra — Tire essa princesa do jogo, porque se ela atrapalhar o meu, eu mesmo darei de manter ela longe.

Agora...

Meu coração erra uma batida ao ver os olhos azuis de Elisabeth me encarando.

— Griffin? — ela pergunta sonolenta

Eu não consigo fazer isso, não consigo deixá-la. Eu a amo demais. Essa princesa é a única coisa que me faz levantar todos os dias com a certeza de que vale a pena viver

— Não é nada meu amor — digo carinhosamente — Volte a dormir

Não acredito que estou mentindo pra ela, de novo. Ela confirma com a cabeça e fecha os olhos.

Suspiro e passo a mão no cabelo. Quando soube do que de levou meu pai a se matar eu sabia que iria explodir novamente a qualquer momento. E sempre que isso acontece eu fico ainda mais parecido com o filho da puta que ele era. Em outro momento eu poderia explodir e sair por aí quebrando tudo que visse na minha frente, mas eu não posso agora. Não sem Jordan, que era meu ponto de apoio, e com Elisabeth ao meu lado. Por isso encontrei algo para me manter com a cabeça no lugar. E eu me odeio por isso.

Pego um cobertor e a cubro delicadamente para não a acordar. Sento-me na poltrona a observo por um instante. Como ela foi se apaixonar por alguém como eu? Como isso pode acontecer? A vida de Elisabeth é perfeita, ela sempre segue todas as regras e nunca se meteu em confusão, mas agora, eu cheguei para estragar tudo, e sei que não deveria estar na vida dela. Mas sou egoísta demais a ponto de deixá-la ir

— Droga — digo e vou para o banheiro. O único lugar onde posso ficar sozinho evitar de explodir

                              Beatrice

Acordo com o barulho da torneira da pia ligada. Ainda estava sonolenta na hora, mas tenho certeza de que Griffin já voltou de sua saída misteriosa e talvez esqueceu de lutar pelo planeta e deixou a água escorrendo

Amarro meu cabelo bagunçado e quando vou até o banheiro vejo Griffin com as mãos apoiadas na pia e os olhos fixos no espelho. Ele está sem camisa e a borda de seus olhos negros, avermelhadas.

— Ninguém nunca te ensinou a desligar tornoreiras? — pergunto e a desligo

Ele não se move. Sua respiração está ofegante e eu enxugo o suor que escorre de sua testa

— Estava chorando?

Ele dá de ombros

— Não era pra você está dormindo?