Princesa, Com Orgulho - TRILOGIA PRINCESA

Capítulo 33

— Sabe que não precisa bater para entrar no seu próprio quarto — digo e Ariela me abraça

Nem questiono o fato de estar abraçando alguém que a poucos minutos estava me chamando de insuportável e retruibo o abraço.
Meus olhos se enchem de lágrimas quando sinto o cheiro de Griffin em seu corpo. Provavelmente ela seguiu meu concelho e foi correndo atrás dele

— Não vou pedir desculpas pelo que falei, eu ainda acho que você foi bem insuportável — diz quando se afasta e eu sorrio — Mas vou ficar com você independente do seu comportamento extremamente egoísta

Confirmo e Ariela começa a preparar uma noite de filmes para nós duas. Segundo ela, que já teve vários términos, essa é a melhor forma de superar. Mas como verei Griffin todos os dias, talvez isso não funcione.

Ainda não acredito que namorei um drogado, nem que perdi minha virgindade antes do casamento. Eu estava tão cega de amor que me deixei levar. Com Griffin, eu sentia que poderia fazer tudo sem ser julgada, e embora não queira acreditar, eu me sentia eu mesma com ele. E eu o amo, amo tanto que chega a doer.

Faço uma careta quando Ariela me entrega um prato de lasanha mal feita e com tanta calda que parece uma sopa

— Eu que fiz, valoriza.

Meu estômago embrulha na hora

— Tira isso daqui, antes que eu vomite — lhe devolvo o prato sem nem mesmo o olhar novamente

— Você é muito fresca — ela diz e dá uma garfada na gororoba — Você terminou um namoro, isso dói, e demora a sarar, se deixar de se alimentar por causa disso, vai passar no buraco de uma agulha

Reviro os olhos e pego novamente a foto de Griffin de pijama sorrindo

Ari suspira

— Ele está mal, Bea. Você sabe tão bem quanto ele, o quão difícil é perder alguém. A única forma que ele encontrou de superar e se manter firme foi aquela

— Existem outras formas de superar, eu mesma superei erguendo a cabeça e...

— Pare de ser egoísta, Beatrice! — ela aumenta o tom de voz — Você tem acompanhamento psicológico até hoje para aprender a lidar com isso. Todas nós sabemos o que Arthur e Esmeralda fizeram por você. Mesmo com três filhos pequenos eles sempre estiveram ao seu lado nos momentos de crise — quando ela diz isso um nó se forma em minha garganta — Você não superou sozinha, talvez se não fosse pelas pessoas que te amam, você nunca teria superado. E quando a vida te dá a chance de retribui o mesmo apoio que um dia te foi, e é dado, você foge. Por que você é assim, Beatrice?

— Eu não posso — choramingo — O que pensariam de mim? Eu não posso sujar o nome da minha família

— Pare de pensar na sua reputação, Beatrice!

— Minha mãe sempre preservou o nome da nossa família, ela viveu com meu pai mesmo sem o amar, apenas para manter nosso nome intacto, ela preservou a imagem do meu irmão até o dia de sua morte. E é nela que eu me inspiro, no exemplo de rainha que ela era

— Você não é parecida com ela Beatrice! — Ari rebate e meu coração erra uma batida — Cristina era uma das pessoas mais altruístas que o mundo já pode ver, ela morreu para salvar uma vida. Ela aceitou o casamento de Arthur e Esmeralda, mesmo sabendo que o comportamento dela era inadequado, Cristina era boa e pensava em todos. Você é boa, eu sei disso. Mas Bea... — hesita — Você só pensa em você

Uma lágrima escorre do meu olho. Eu pensei que nada mais poderia me machucar hoje, porém, ouvir tudo isso, abriu um buraco no meu peito maior do que o que Griffin deixou