O pedido

541 75 7
                                    

Magnus..

Eu sou um completo idiota, não acredito que expus Alexander daquela forma no jantar. Que raiva de mim!
Eu não tinha esse direito, ele nunca mais vai querer olhar na minha cara. E com razão.
Perdi Alec por culpa do meu ciúme estúpido!
.
.
.
Entreguei ele de bandeja por pura burrice.
Fiquei vagando pelas ruas de Nova York por horas, quando estou próximo do instituto não sinto a menor coragem de entrar. Sento na grama do jardim e observo o céu completamente nublado.

Respirei fundo tentando amenizar a dor instalada no meu peito.
Deitei e continuei olhando para as nuvens cinzas por um longo tempo, quando um rosto se põe na minha frente. Um rosto que eu conhecia bem, e que amava loucamente.

-Alexander

Levantei apressado e muito surpreso com a sua presença ali. Principalmente pelo fato de Alec me olhar intensamente, ele estava sério, com as mãos no bolso e um brilho encantador no rosto.

-Eu sei que você me odeia, mas antes que despeje tudo que tem pra falar. Peço mais uma vez que me desculpe, eu não deveria ter exposto você como fiz no jantar. Eu sei que é imperdoável. Eu sinto muito.

Desandei a falar nervoso, era difícil me controlar perto de Alec. Eu não sabia como agir, meu estômago dava voltas e meu coração dava pulos violentos dentro do peito.

-.. você não vai falar nada?

Ele se mantinha calado, apenas me observando e seu silêncio era uma tortura.

-Jace me beijou.

Ele solta do nada.

O que? Essa informação repentina fez meu mundo partir em milhares de pedacinhos. Minhas pernas se tornaram ainda mais trêmulas e o nó na minha garganta era inexplicável. 

-Vocês se acertaram?

Encaro seus sapatos pois nesse momento não consigo olhá-lo nos olhos.

-Não é com ele que eu quero me acertar..

Alec vem em minha direção e não resisto ao impulso de encará-lo, é o suficiente para me fazer mergulhar no seu par de olhos azuis.

-Não?

Meu coração dava saltos de esperança.

-Você sabe que não. Eu tenho certeza absoluta onde eu quero estar, e não é com ele.

Ele dá mais alguns passos em minha direção.

-Eu sinto muito, de verdade. Por tudo, por magoar você. Pelo meu ciúme idiota. Eu não queria que as coisas acabassem assim.

O nó na minha garganta só se intensifica e as lágrimas que eu estava tentando controlar agora caem.
Alec chega perto o suficiente para envolver suas mãos no meu pescoço e em seguida secar meu rosto delicadamente.

-Magnus, eu não sou uma criança, você precisa confiar na minha palavra. Vou ser franco.
Eu te amo, mas se você continuar achando que devo ir embora da sua vida eu vou aceitar.

Deslizo as mãos em seus braços e pauso nas suas, que ainda repousam no meu rosto. Ele era tudo que eu queria, Alec era como viver um sonho acordado. Eu não ia deixar o meu amor escapar.

-Devo ir Magnus?

ele pergunta fazendo meu coração bate descompassado.

-Nunca mais!

Puxo seu rosto pra mim colando nossos lábios. Que saudade do meu anjo! Do seu toque, seu beijo carinhoso, da sua respiração misturada na minha. A falta de nós dois era imensa, e ele era a única pessoa que podia arrancar aquele medo do meu peito.

As armadilhas do coração- malec Where stories live. Discover now