Brasil

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Magnus

31 de dezembro de 2022

Decidi passar o réveillon na casa de mamãe.
Eu me revesava entre lá e o trabalho.
Nada melhor que começar o ano ao lado da mulher mais importante da minha vida.
Os dias tinham sido extremamente cansativos no último mês, isso porque estava atolado em trabalho com Clary e Izzy. A ruivinha tinha sido tornado oficialmente uma shadowhunter!
Convidei as duas pra passarem a virada conosco, elas iam chegar a qualquer momento.
Jordan estava atrasado, provavelmente deve tá enterrado em alguma coisa de última hora.
Ele trabalhava no departamento de computação do instituto BRSP.
Jordan foi transferido há um ano do nordeste pra cá.
Nos tornamos bons amigos, sem interesse ou segundas intenções. Pelo menos da minha parte. Clary costumava falar que eu estava tão cego no trabalho que não notava as investidas do rapaz.
Desde que nos conhecemos ele se mostrou companheiro, me ajuda em várias coisas cotidianas. Estar com Jordan era fácil, calmo, e não me causava dores de cabeça. Consequentemente nem borboletas no estômago. Mas paciência! As borboletas do meu estômago morreram faz tempo.
Quando ficamos pela primeira vez eu estava justamente lhe contando sobre o quanto me sentia traumatizado com relacionamentos.
Ele sempre me perguntava o que tinha acontecido para eu fugir do amor como o diabo foge da cruz, nunca lhe contei o que aconteceu de fato. E era melhor assim.
Ele confessou que gostava muito de mim e que podíamos ir nos conhecendo sem compromisso.
E cá estamos nós hoje em dia. Noivos!
Ainda me pergunto como raios eu fiquei noivo, era um pouco estranho quando olhava pro dedo.
Mas como sempre digo.. Estar com Jordan era uma opção segura.
Izzy sempre me crucificou por isso.
Lembro de uma conversa que tive com ela depois que ele fez o pedido:

-Casar?! Ele te pediu em casamento?

-Sim, o que eu faço?

-E você pergunta pra mim?! A decisão é sua.

-Você não tá entendendo, eu aceitei.

-O que?!

A morena berrou se jogando sobre a minha cama agarrando uma almofada.
Eu andava de um lado para o outro, me sentia muito nervoso.

-Magnus você quer saber mesmo a minha opinião?

-Claro.

Parei para lhe encarar.

-Mas quer saber meeesmo?

-Desembucha, Isabelle!

-Você gosta do Jordan?

-Hã.. gos..to?

-Gosta ou não gosta?!

Gritou impaciente.

-Gosto! Quer dizer acho que gosto! Ele me traz segurança.

-"Ele me traz segurança" me imitou

-.. Pelo amor de Deus, Magnus! Que tédio! Você não ama esse cara e está cogitando a possibilidade de casar com ele.

Sua indignação era engraçada.

-Quem disse que não amo?

Falei na defensiva, e Izzy me olhava com uma cara de "conta outra!"

-Quantas vezes você já falou "eu te amo" pra ele?

Arqueou uma das sobrancelhas.

-Humm. Hã.. zero vezes?

Dou de ombros.

-Na verdade só ele quem me diz. Caramba!

Reflito me sentindo repentinamente culpado.

-E porque você não diz?

Me questionou.

-Nem faça essa cara, Isabelle!

As armadilhas do coração- malec Where stories live. Discover now