A peça mais perigosa do tabuleiro.

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Sasuke a encarava intensamente, toda a sua devoção era destinada a ela. Era verdade que quando alcançou a adolescencia, passou a tratá-la mal. Queria repelir ela de si, negar para si mesmo que amava desesperadamente a própria "irmã". Conforme crescia, entendia o que eram os seus sentimentos por ela. Quando passou um tempo confinado em Aquilonem, lia livros que o ajudassem a entender o que estava havendo, o que sentia. Sasuke por volta dos 15, finalmente havia entendido que havia uma diferença muito grande entre gostar de alguém e amar alguém, caro leitor.

Sasuke gostava de camélias... Ele poderia arrancar camélias do solo apenas por achá-las bonitas, não existiria o cuidado, o carinho, o zelo. Mas Sasuke amava cerejeiras, então ele possuía toda a paciência do mundo para semeá-las, cuidar delas, dia após dia, com paciência, carinho, dentro do tempo e peculiaridade de  cada cerejeira. E foi assim, com o hobbie de cultivar algumas flores que o jovem príncipe entendeu o que sentia por sua Sakura. Amor, em sua forma mais sublime. Tinha medo que a irmã o odiasse por pressioná-la a se casar com ele? Tinha. Porém, além de sua maldição fazer sofrer alguma inocente que não decendente de Freya, Sakura seria usada pelo conselho como moeda de troca ao barão de Ghorium. Orochimaru.

Sasuke sabia que aquele velho babão tinha interesse em Sakura desde quando a mesma era um bebê, por ela ser uma herdeira de Freya com o sangue excepcionalmente mágico. Diziam que ele era um necromante poderoso. Era claro o porque queria sangue mágico tão puro como o dela. Mikoto e Fugaku eram contra, mas o dever de cuidar de toda a população de um reino, era deles e o barão de Ghorium tinha muito dinheiro para investir em Avalon caso Sakura fosse sua. Por isso Sasuke desde os 15 anos investira em um bom negócio, produção de armas ainda em Aquilonem. O ferro e aço avaloniano era um dos mais fortes existentes. Então, armas de qualidade poderiam ser produzidas. Sasuke fez uma grande fortuna, e uma boa quantia foi usada para garantir que Sakura fosse sua rainha e não caísse nas mãos de Orochimaru.

Sorriu minimamente, estava com o coração satisfeito por ver sua menina ali, a salvo de velhos repulsivos. Estava feliz. Os longos cabelos ondulados e róseos como cerejeiras caíam por seus ombros até sua cintura lhe dando um ar frágil. A pele alva era iluminada pela luz prateada da lua, seus lábios cheios e avermelhados estavam entreabertos e convidativos. Sasuke trancou a porta atrás de si, acenou para "irmã" e foi para a sala de banhos. Achou respeitoso parar de encará-la como um lunático.

O jovem rei tomou o seu banho despreocupadamente, estava relaxado agora. Sakura estava a salvo e seria uma ótima rainha... Mãe de seus filhos? Apenas se um dia ela quisesse. Se um dia ele merecesse seu amor. Sorriu com isso, se esforçaria para conquistá-la. O jovem rei geralmente tinha a expressão fechada e olhos negros enigmáticos, quase ninguém poderia saber que tudo isso se passava na cabeça do jovem calculista e impiedoso em batalhas. Sasuke não escolheu convites ou coisas do tipo, mas estabeleceu um bom plano econômico com Shikamaru para que finalmente, Avalon dependesse menos do seu próprio conselho de velhos babões e falsos. Estava igualmente cansado como Sakura.

Enxugou o corpo em uma toalha felpuda e então vestiu-se apenas com uma calça de linho escuro e um roupão aberto. Quando entrou no quarto Sakura estava parada no mesmo lugar. A garota tinha as bochechas levemente coradas, Sasuke encarou melhor, estavam marcadas de choro. Os olhos verdes estavam tristes e aquilo mastigou o seu peito. A brisa suave da noite os rondou, como se algo a empurrasse ao dever, a menina caminhou até ele ficando frente a frente ao rapaz. Ela encarou seus olhos agora levemente amargurada. Sakura respirou fundo e logo levou as mãos ao próprio roupão, lentamente, sem a mínima vontade de fazer aquilo. Seu decote se abriria revelando o formato redondo dos seus seios, de fato eles seriam expostos, mas Sasuke segurou suas mãos antes que isso fosse possível. Ela voltou a encarar o rosto o "irmão". Sakura se irritou ao perceber que reparava a beleza dele. O nariz era bem desenhado, os olhos negros, enigmáticos e penetrantes, seus lábios finos eram rosados. Seus cabelos negros como uma noite sem estrelas estavam revoltos e se contrastava com a pele alva salpicada de pequenas pintas. Seu tórax havia ficado bem forte, tinha leves cicatrizes.

Pure Blood [Em andamento].Where stories live. Discover now