Sol e chuva.

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Gostaria de poder dizer que viveriam em paz. Sem tramas. Sem dores. Porém, eram agora Rei e Rainha. Não havia muita paz nisto. Sasuke era um monstro no quesito genialidade e astúcia. Driblava e lidava muito bem com o conselho mostrando cada vez mais seu pulso firme. Mas claramente o jovem rei tinha um ponto fraco, sua rainha. A amava, profundamente, incondicionalmente, era devoto a ela. Sasuke porém teria que se ater a mostrar isto a ela somente em episódios íntimos. Temia que continuassem a atingindo.

Sakura os desafiou, foi a favor de seu rei, poderia causar uma revolta civil contra ele se ela desejasse devido à interação com o povo de Avalon. A temiam agora, e sua punição foi entregar-se a ele para ser checada. Aquilo mastigou seu peito. Sua doce esposa, sua doce menina o estava protegendo demais, se arriscando demais, sendo valente demais. Temia que ela sofresse. Ela estava ali em seus braços, Sasuke sorriu acariciando seu rosto sereno. Seu polegar repousou em seus lábios vermelhos.

Ainda estava inconformado que alguém pudesse ser tão belo como ela era e seu cheiro... Seu cheiro acalmava o monstro sanguinário dentro dele. A abraçou como se ela pudesse sumir a qualquer momento. Aos poucos, quando afrouxou o abraço, foi tentando dormir, mas as rotas das próximas jogadas se estabeleciam em sua mente. Seu objetivo era suportar os oito meses protegendo Sakura do conselho e Avalon da submissão enquanto ainda produziam itens para vender e potencializar o comércio, ganhar riquezas para depender menos daqueles velhos golpistas.

Sasuke se sentia poderoso, era o narcisismo de seus planos dando certo. Planejara ter sua amada desde os 18, primeiro porque a amava, segundo por todas as conveniências. Não queria mesmo ser um assassino de jovens inocentes. Terceiro, ela realmente seria uma moeda de troca ao lorde de Ghorium. Será? Talvez com sua astúcia, mesmo sem seu impulso, Sakura se libertasse. Ela tremeu em seus braços e o apertou em um abraço enquanto dormia. Gostou muito daquilo. Tudo parecia perfeito até os lábios dela emitirem um nome.

-Gaara. -Disse a rainha dormindo e logo sorriu.

Aquilo entrou dentro de Sasuke como uma espada flamejante. Um ciúme intenso o tomou. Tinha medo de que ela amasse outro. Usagi havia implantado bem uma insegurança no pobre rapaz que agora queria quebrar o pescoço de Gaara, Duque de Hélium ao noroeste. Era um dos amigos de Sakura. Mal sabia ele que a jovem rainha sonhou apenas com a coroação do amigo. Era medo que o Uchiha possuía, de que sua jovem esposa tivesse aversão a ele. Que ela jamais pudesse o amar.

X

O dia chegou, e com ele a sua luz dourada iluminando a pele clara dela. Sakura despertou, seus olhos como esmeraldas encararam o quarto. Sasuke estava de pé, a sua frente, vestido como um digníssimo rei.

Seu olhar no entanto era aquele que ela odiava. Indiferença! Sasuke se sentia injustiçado. Injustiçado que ele a amasse tanto e ela pudesse amar outro. Que ele estivesse fazendo tanto por ela, e ela estivesse amando outro. Que ela fosse tão linda e perfeita, mas que aquela divindade não fosse a ele devota. Ele estava lindo ela julgou, com suas vestes negras em detalhes vermelhos. Os adornos das vestes eram dourados. Seus cabelos negros como a mais sombria noite estavam revoltos e brilhosos, sua boca rosada agora tinha o hábito de seduzi-la, e sua expressão severa a atraia como uma mulher agora. Ela sorriu corando e quase o desarmou. Sasuke caminhou ainda com a expressão fria até ela. Indiferente e ela odiou isto.

-Meu rei? -Ela questionou aflita se sentindo usada sexualmente pelo próprio marido. Seu nariz se arrebitou mandando para longe qualquer submissão. Sasuke entendeu aquela expressão como repulsa. Entendeu que ela havia se entregado a ele por obrigação.

-Não se esqueça minha rainha, a quem deve ser leal. Digo isto em todos os sentidos. -Disse Sasuke com a voz firme mostrando a frieza e imponência que possuía.

Pure Blood [Em andamento].Onde histórias criam vida. Descubra agora