°Benedict Bridgerton 02.1

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*eu só queria dizer que esse imagine é um delírio coletivo, até eu fiquei confusa.

°

Eu não sei como, mas houve um dia em que ao meio ao caos do mundo, eu fechei meus olhos e mergulhei em um mundo ainda falho, mas em que eu tinha ele.

Eu vivi uma vida lá.
Onde me apaixonei, por um cavalheiro que faz tudo valer a pena, é que eu faria de tudo para vê-lo sorrir.
Conheci pessoas incríveis, com escândalos maravilhosos.

Mas lembro bem de como tudo acabou de repente.

Eu podia sentir o vento em meu cabelo, a respiração dele estava tão próxima que pude confundir com a minha própria.
Benedict me fitava de um modo que ele, apenas ele tem, há gentileza, calma e amor, sendo explicito em um olhar, que na maioria das vezes era acompanhado por um sorriso.
Posso dizer que tudo começou em uma tarde, linda como qualquer outra, as carruagens passavam em seu ritmo de sempre, havia pessoas caminhando pelo parque, algumas em seus cavalos, outras sentadas em seus piqueniques.

- Esta distante – lembro de ouvir o tom humorado de Benedict

- Apenas algumas milhas de distância – respondi no mesmo tom

- Como posso traze-la de volta ? - ele rir

- Você sabe como - Sorriu

Benedict passa seu braço pela minha cintura, antes de me envolver em um beijo calmo.

O final daquela tarde era sempre o mesmo, as vozes nos trouxeram a realidade fora de nós, mas quando olhamos ao redor já era tarde...

Uma carruagem fora de seu controle, vinha em nossa direção, as últimas coisas que me lembro daquele momento, foi eu juntando minhas forças para empurrar Benedict para fora do que hoje chamo de “linha de fogo”.

Na próxima vez que abri meus olhos, eu estava em minha cama, eu sentia que tudo envolta era meu, mas por anos me senti uma intrusa em meio aquilo. Era a minha vida ali, mas eu não sentia que fosse, talvez jamais sinta.

Com o passar do tempo, os sorrisos de Benedict foram sumindo de minhas lembranças, suas risadas foram sumindo junto com as lembranças de nossas danças, dos jantares com sua família, dos escândalos que so os Bridgerton conseguiam arrumar.

Por um tempo busquei respostas, mas tudo me levava a conclusão que minha vida naquela Londres em 1815 não passava de um sonho, longo, mas que não passava de projeções de uma boa noite de sono; se algum dia eu acreditei naquela ideia ? não sei dizer, havia dias em que tudo parecia real, outros em que tudo era amargo.

Quando tudo parecia ter ficado para trás, eu entrei naquela livraria, é o achei no meio de tantos outros livros, la estava ele, lá estava o meu Benedict.

“Um perfeito cavalheiro”, soa tão perfeito para ele.
Então aquela era a solução ? ele sempre foi um personagem, era uma resposta tão simples... como não havia pensado naquilo ?

Eu li, reli, passei o resto da semana lendo livro atrás de livro, até sentir que até mesmo sabia as falas daquela curiosa saga; porém algo estava errado, muito errado.
Eu jamais havia lido aqueles livros até então, eu não sabia a existência daquela obra, mas o que mais me chocou não foi isso, foi o fato de descobrir que Eloise irá se casar!, está descoberta me tirou algumas gargalhadas, sem duvida.

Então de repente como em um Flashback de um filme, cenas apareciam em minha cabeça.
Lembro da primeira, eu andava em passos rápidos pela exposição, meus primeiros quadros estavam sendo expostos e eu estava atrasada.

Vejo Lady Danbury no final do corredor, ela me esperava com um sorriso impaciente. Antes de chegar até ela, meu corpo colidi com o que aparenta ser um poste com ombros largos, me lembro de ao menos ter olhado a ele antes de seguir até Lady Danbury.

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