°Benedict Bridgerton 03.1

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Londres, 1817.

Benedict segurava o rosto de S/n, o sentimento que queimava dentro dele era de que sua vida estava literalmente em suas mãos.

- Eu não posso me casar com você - ele sussurra, sentindo sua garganta rasgar

- Eu sei, Sr.Bridgerton - ela diz o olhando

Ele pisca algumas vezes, ele odiou como seu sobrenome soou, talvez a verdade, seja que ele odiou ela não o ter chamado pelo primeiro.

- Adeus, Benedict - ela diz se afastando dele, se sentia suja com aqueles roupas caras, tentando mudar por algo que sabia que não acabaria bem

- S/n... - sua voz saia como uma suplica, seu corpo ardia para ter o calor dela mais perto

- Adeus! - ele a encara, se odiava por ser o motivo das lágrimas em seus olhos

Ela saiu do quarto, deixando Benedict sozinho, com o barulho das gotas de chuva atingindo a janela.
Aquele barulho, aquela nostálgia, fez seu estômago revirar.

°Alguns meses antes°

Benedict estava fora da cidade, em uma festa que foi apenas por consideração, com pessoas que poderia viver sem.
Fugiu da situação o mais rápido que pôde, mas foi pego pela tempestade no meio do caminho.

S/n passará a tarde na casa de uma amiga, alguns minutos da casa aonde trabalhava. Seus planos era de dormir lá, indo cedo se juntar a sua avó para cumprir sua lista de tarefas.

Seu plano era simples, nada a faria sair de lá, ainda mais com a tempestade que se aproximava.
Seu único contratempo foi sua própria memória.

S/n lia calmamente o livro que começou a pouco, até que ouviu as primeiras gotas de chuva lá fora, a lembrando de como limpou as janelas pela manhã. De como as limpou e de como não se lembrava se havia fechado a janela do escritório de seu patrão.

- Minha avó irá me matar - S/n larga seu livro, correndo em direção a porta.

Jogando um, "Janela aberta" de justificativa antes de começar a correr.

A chuva era fraca, mas no decorrer dos minutos, se tornou dolorosa. Seus ossos tremiam e seu pé ardia.

Seus pensamentos foram aos livros que arrumou carinhosamente no dia anterior, imaginar eles encharcados a deu calafrios.

S/n começou a imaginar o que diriam em seu funeral, pois ou seus avós a matariam ou o dono da casa.

Ela não o conhecerá ainda, mas pelo que seus avós falam, ele é calmo... Ela esperava que realmente fosse.

Seu avô poderia tenta-la salvar, mas ele e sua avó estavam longe, visitando seus pais na cidade vizinha.

Em uma tentativa de parar seu ritmo, S/n desliza seus pés na lama.
Ao tentar buscar um equilíbrio, S/n se vira, mas acaba se assustando com o cavalo que surgia quase em cima dela.

- Por Deus! - ela ouve um rosnado no momento em que chega ao chão, sentindo o gosto de lama invadir sua boca

- Castigo divino - ela choraminga

- A senhorita está bem? - ela enxerga uma silhueta embaçada, com o dobro do seu tamanho

- A morte me procura de diferentes formas - ela resmunga

- Perdão? - o homem franze a testa

- Estou bem! - ela diz mais alto do que pensava que soaria

- Posso perguntar o que faz em meio a uma tempestade? - ele se agacha em sua frente

- Tentando ir para casa - ela treme em uma mistura de frio e medo

Imagine's BridgertonWhere stories live. Discover now