40_ Eu te amo, Anne.

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- Eu ouvi falar muito desse lugar quando cheguei em Deadwood. É bem aconchegante, pensei que encontraria  mais pessoas aqui. - O Sr Lin comentou e por um momento me perguntei se ele estava sendo sarcástico comigo.

- Costumava ter mais pessoas antes da sua loja chegar. - Deixei escapar num impulso e fiz uma careta olhando para a caixa registradora. Encarei o rosto do homem  a minha frente e sua reação era confusa e ao mesmo tempo baixa. - Me... me desculpa. Eu não quis...

- Minha loja está prejudicando sua livraria? - Ele perguntou num tom mais baixo me fazendo crer que ele realmente não sabia.

- Não precisa se preocupar com isso, Sr Lin. A culpa não é sua, o senhor está apenas trazendo mais tecnologia e modernidade para Deadwood.

- Mas isso tem prejudicando o rendimento das suas vendas? - Ele perguntou parecendo estar prestando bem atenção nas minhas expressões.

Abaixei minha cabeça, não queria atormentar mais uma pessoa com meus problemas. A loja dele tinha grande parcela de culpa nisso tudo, mas ele não. Ele apenas estava fazendo o trabalho dele.

- Aqui está o seu troco. - Lhe entreguei as cédulas. - Obrigada e volte sempre. - Respondi prendendo a aflição que sentia.

Sr Lin me encarou por mais uns segundos, mas logo saiu da livraria segurando seu tablet e o livro na outra mão. Suspirei me apoiando no balcão e ouvi Thor miar ao meu lado.

- O que eu vou fazer, Thor? - Olhei para ele que tinha seus olhos brilhantes focados em mim. - Preciso fazer alguma coisa, não posso ficar de braços cruzados esperando um milagre cair dos céus. - Me virei para a livraria, coloquei as mãos na cintura e tentei pensar em qualquer coisa que pudesse me ajudar. Eu era inteligente, eu não queria mais ser fraca, eu vou fazer o que for preciso.

Naquele dia eu fiz de tudo para que conseguisse vender. Eu criei promoções, coloquei livros famosos na parte da frente da livraria, coloquei uns banquinhos de madeira branca na frente, umas flores e ajeitei as decorações de natal já meio caídas por causa da neve. Coloquei também umas músicas natalinas de fundo de modo que não atrapalhasse se alguém fosse ler e criei brindes. Eu não me lembrava, mas meus pais tinham vários chaveiros com tema ds leitura, vários marca páginas temáticos e até broches.

Coloquei cada um como um brinde e quem comprasse algum dos livros, levaria cada um deles.

Eu não sabia se minha estratégia era boa, mas eu precisava arriscar com todos os recursos que eu tinha.

- Ai amiga olha! - Uma estudante chamou minha atenção quando puxou o braço de sua amiga. - É um broche do Maxon! - A garota puxou sua amiga para mais perto.

- Nossa, graças a Deus! Você me fez rodar lojas e lojas procurando um desse aquele dia. - A garota falou aliviada. - Leva logo isso.

- Espera. - A menina puxou o livro e viu junto o broche, o chaveiro e o marca páginas. - Por que eu levaria só o broche se posso ter tudo isso?

- Mas você já tem esse livro.

- E dai? O meu era usado, a capa ta toda amassada, tadinha. Vou levar esse para colocar num pedestal. - A garota pegou o kit e veio até mim com um sorriso. - Eu vou levar!

- Você tem de Acotar? - Sua amiga perguntou e eu assenti. Logo a garota demonstrou animação.

- Oi mãe... - A menina que segurava o kit falou ao celular. - Eu passei aqui na livraria da menina ruiva, vou comprar um livro, ok? Fala para a Sierra vir aqui também porque tem um monte de livros com promoções e brindes. - Ela falou com animação.

Um Café, Um Livro E Um Amor ( A Garota Da Livraria )Onde histórias criam vida. Descubra agora