quatro

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O caminho de volta para ela foi mais chato do que de ida. O Guarda ordenado por seu pai, andava a cavalo atrás dela com sua mão na bainha da espada, pronto para qualquer coisa que pudesse acontecer, mas quem iria ataca-la? A Vila era grande e além disso ela havia ido até eles sozinha por que de toda aquela proteção exagerada? Além disso haviam sentinelas prontos em cada parte da grande vila. A ponte levadiça sempre estava aberta, mas de qualquer forma haviam homens a postas para qualquer situação que fosse.

Ela estava cavalgando lentamente em direção ao castelo, estava tranquila, até que viu algo que lhe incomodou, ela viu um vulto, mas logo achou que era sua imaginação pregando-lhe uma peça, mas logo viu um homem. Ele estava em uma das ruas estreitas que iam em direção às outras casas, ela parou o cavalo bruscamente olhando para ele o Guarda que estava atrás dela também parou.

-senhorita? - perguntou ele confuso.

Ela não prestou atenção nele olhava para o homem que estava encostado em uma parede nas extremidades da Rua pequena e escura. Ela não estava louca, sabia que não, o que provou isso foi quando ele levou o dedo indicador a boca pedindo-lhe silêncio. Ela não sabia quem era ele e porque pediu-lhe isso. Ele sumiu na escuridão e ela voltou a si.

- senhorita Lady Safira, esta bem? -Perguntou o Guarda com um fio de preocupação.

-sim estou bem. Só imaginei coisas. - então continuou o seu caminho. Quem era aquele homem naquela rua? Por que pediu-lhe silêncio? Esses pensamentos invadiram sua mente que procurava respostas. Ao chegar ao castelo subiu a escada lateral rapidamente. O que não parava de martelar em sua cabeça era a imagem daquele homem parado na escuridão. Ela não conseguia ve-lo nitidamente só conseguia ver seu queixo debaixo daquela capa.

* * *

-menina? - chamou-lhe alguem.

-agora não Marien. - resmungou ela ainda deitada na cama.

-quem mandou a senhorita dormir tarde. - ela disse. - o café está pronto o Barão Nord,   o senhor Richard e o Senhor Sir Bruce estão presentes e querem que a Lady Safira também esteja presente.

-odeio esse título. - resmungou ela levantando-se dá cama.

-deveria ama lo é de grande respeito, muitas moças como você gostariam desse título.

-devo ser a única que não. - ela riu. A serva já havia preparado tudo seu banho e seu vestido, um de cor Branca bem bonito. Fez ela lembrar que teria que queimar as calças o que lhe fez ficar indignada. Ela desceu para o salão onde teria o café da manhã e logo viu todos sentados a mesa, estavam sendo servidos pelas servas do castelo.

-bom dia - falou tentando parecer animada.

-bom dia Lady Safira - falou o Barão sentado a cabeceira da mesa. Ele era alto, porém um pouco barrigudo, seus cabelos já estavam grisalhos e sua pele era morena. Seu filho  Richard estava na ponta da mesa do lado direito do Barão, Ele era um jovem bonito e narigudo, mas ele era nebuloso e difícil de descobrir apesar dela ter praticamente crescido com ele. E lá estava seu pai um homem forte, músculos e bonito, seu cabelo loiro estava puxado para tras, e seus olhos cinzas estavam olhando-a mostrando que não havia esquecido  daquela noite, ela não se parecia nada com ele apenas os olhos, mas seus cabelos era negros e sedosos como de sua mae.

-bem vejo que estamos todos presentes - falou o Barão que estava com uma cara nada boa. Então continuou - tenho que dizer-lhes algo nada agradável.

-o que seria meu pai? - perguntou Richard.

O Barão respirou fundo.

-os Wards voltaram. - ouve surpresa por parte de todos.

-mas isso não pode ser possível - falou ela franzido as sobrancelhas. Os Wards era um povo do Sul, ladrões, assassinos treinados e ótimos fascistas. Como poderiam estar de volta? Foram expulsos do Feudo de Satornet e de toda Morder o rei havia os expulsado. Ela não entendia como eles poderiam simplesmente terem voltado.

-sim voltaram. - desta vez foi Sir Bruce que confirmou.

-pai, mas como você não me contou isso?

-esperei para lhe contar agora pelo único motivo, o rei deseja que todos os conselheiros de todos os 25 feudos estejam presentes no Castelo de Morder.

-pai, você está dizendo que...

-sim, eu irei para lá para ir a procura dos Wards, Nord não poderá ir, pois isso deixaria o feudo quase que indefeso.

Ela estava chocada com aquilo. Mas seu pai apenas disse aquilo. Mas ela logo concordou com ele, aquele era seu trabalho e ela sempre deveria aceitar, ela entendia o por que daquilo tudo, inclusive a proibição de sair. o Wards poderiam se esconder em qualquer lugar. Ela concordou com sua ida e ela iria aguardar sua volta.

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