Cap. 23 - Pesto de Maionese

8.1K 687 34
                                    

Levo Algum Tempo Para Digerir a Imagem da Minha irmã agarrada ao Nick mesmo que tenha sido uma brincadeira , mas acabo conseguindo.
Graças à minha nova obsessão.
Essa fotografia. Eu não consigo parar de pensar no que Sofia disse a respeito de Lauren e não consigo parar de olhar para essa foto no Page Six, é como se nela estivessem contidas todas as respostas do universo.

Estou olhando para ela enquanto entro na estação Columbus Circle do metrô. Momentos atrás eu deixei meu taco e minha luva no apartamento de Nick, que fica próximo do parque. Sem tirar os olhos do celular, desço as escadas com certa pressa e tomo o trem que segue na direção do centro da cidade. Seguro-me nas barras de ferro e nesse momento vejo pular para dentro do vagão uma garota vestida em estilo meio hippie, com uma calça verde colada. Por um triz ela consegue entrar antes que as portas se fechem. A garota carrega sacolas nos dois braços.

— Uau — ela diz, aliviada por ter conseguido entrar. Mas a ponta de uma sacola de pano fica presa na porta e a jovem a puxa com força.

Quando consegue soltá-la, seu corpo gira sem controle junto com as sacolas. Alguma coisa bate com força no meu cotovelo e eu me encolho involuntariamente.

— Ai.

A garota coloca a mão na boca.

— Você está bem? É a minha maionese?

— Maionese? — pergunto, esfregando o cotovelo com a palma da mão enquanto o trem faz uma curva no túnel. Por que será que o osso do cotovelo dói tanto?

— Eu tenho potes de pesto de maionese nesta sacola. Eu mesma fiz. Vou dar isso para uns amigos. Ah, Deus, será que...? — Há horror em seus olhos quando ela checa o conteúdo da sacola de palha que leva no ombro. A dor no cotovelo me afligindo e ela verificando o estado dos seus condimentos?

— Não se preocupe comigo. A sua maionese me atacou sem motivo, mas eu não vou prestar queixa — resmungo baixinho, fazendo careta de dor.

Ela olha para mim e se dá conta da situação.

— Você está bem? — ela diz.

Faço que sim com a cabeça.

— Sim, estou. Agora pelo menos meu dedão do pé vai ter a companhia do cotovelo...

— A maionese atingiu seu dedo do pé?

— Não, um taco de beisebol agrediu o meu pé ainda há pouco. Parece que os objetos inanimados da cidade resolveram se voltar contra mim hoje — respondo, sentindo a irritação diminuir. — E a sua maionese, vai sair dessa com vida?

Ela faz um aceno afirmativo com a cabeça e abre um sorriso. Nós estamos chegando à próxima parada.

— Sim, ela sobreviveu. Desculpe por ter machucado você.

— Deixa pra lá. São os perigos de se viver numa cidade grande.

A garota olha para a minha mão. Eu ainda estou segurando o meu celular. A foto está bem visível na tela.

— Que casal fofo!

— Ah. Certo — eu digo, levantando o telefone.

— As duas parecem muito felizes juntas — acrescenta a Garota da Maionese.

— Acha mesmo?

— Definitivamente — ela responde sem hesitar.

— O que acha que a garota que está abraçando-a deveria dizer a ela?

— Como assim?

— Para que a de olhos verdes saiba como ela se sente.

A jovem abre um largo sorriso.

CAMREN: Minha Sempre Melhor Amiga (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora