Capítulo 69

282 16 43
                                    


AMORINHAAAAAAAAAAAAASSSSS

SÓ PORQUE ESTOU DE EXCELENTE HUMOR E MUITO INSPIRADA, VOU POSTAR MAIS UM CAP.

TUDO ISSO, RESULTANTE DE TODO O CARINHO DE VOCÊS NOS COMENTÁRIOS E ISSO AQUIESCEU MUITO MEU CORAÇÃOZINHO DE MIRTILO!!!!

BOA LEITURA A TODAS!!!

CRÔ – Por todos o clã do Panteão, mas essa casa está parecendo a Acrópole, repleto de deusas e deuses! Há tantos anos que não via esse recinto assim tão bem povoado, cheio de boas energias! – Comentou Crodoaldo, assim que entrou e viu todos na sala de cinema.

GRISELDA – Quanta empolgação em seu Crô! Pela cara deve ter visto passarinho verde!

CRÔ – Passarinho não oh senhora do quebra-mar, o que vi foi um gavião enorme e que...

TEREZA CRISTINA – Nos poupe dos detalhes sórdidos, afinal temos uma criança no recinto! – O interrompeu, selando seus lábios com os dedos, fazendo os outros rirem – Num momento mais adequado você me conta com detalhes! – Cochichou em seu ouvido.

PATTY – Pelo que entendi, o Crô estava num encontro, agora só não entendi porque chegou mais cedo.

CRÔ – E quem disse que cheguei filha da filha de Osiris! Considerem apenas uma aparição de minha alma e meu corpinho. Vim apenas para retocar a minha beleza e glamour e logo mais voltarei para festa que está acontecendo no centro da cidade.

TEREZA CRISTINA – Uma festa pitoresca, bem diferente das festas glamurosas que costuma dar ou que agracia com sua presença. É uma quermesse, com muitas guloseimas, barraquinhas e como faz tantos anos que não vou em uma, não resisti ao convite do senhor Tião Gavião. Agora com licença que a Penelope aqui precisa estar muito charmosa. – E saiu deixando a todos boquiabertos com tamanha empolgação.

A energia contagiante de Crô foi tamanha que todos em comum acordo decidiram fazer algo especial, diferente para o clã Siqueira Buarque que até então nunca tinham pisado num tipo de evento como aquele.

O combinado era que todos se divertissem ao máximo.

No local da festa Tereza Cristina ficara maravilhada com tudo o que via e se perguntou porque não havia aproveitado de algo assim antes.

Enquanto caminhavam pelas barracas e atrações do evento, não foram poucas as vezes que seguravam uma na mão da outra, ou trocavam um carinho de modo discreto.

Num momento em que estavam olhando Quinzinho que brincava no carrossel, a socialite se aproximou da outra, com olhos pedintes, segurando suas mãos a surpreendendo quando pediu:

TEREZA CRISTINA – Será que você me pagaria uma maçã do amor?

O jeito meigo e ao mesmo tempo insinuante que Tereza pediu o doce, fez Griselda se arrepiar e foi um esforço enorme não toma-la em seus braços e beijá-la na frente de todos.

Sem disfarçar o sorriso, Griselda foi comprar maçã para sua namorada, e se assustou quando dera de encontro com Amália:

AMALIA – Que delicia mãe! Maça do amor para mim?

GRISELDA – Não meu amor, essa é para Terê, afinal ela está grávida não é, não pode passar vontade. Pensou se a miúda nasce com cara de maçã? – Respondeu embaraçada, tentando disfarçar o indisfarçável - mas se quiser compro uma para você também.

AMÁLIA – Pode deixar mãe, eu mesma compro ou melhor, o Quinzé compra, afinal ele é o irmão mais velho. Se divirta dona Griselda. Quero que saiba que te amo tanto e desejo que seja muito, muito, muito feliz com a Terê – e saiu sem dar chance de sua mãe dizer qualquer coisa.

Ao entregar a maçã para Tereza Cristina ganhou um beijo no rosto, só que as duas não perceberam que tanto Patrícia quanto Antenor viram a cena, que se olharam com estranheza.

Nenhum dos dois tinha coragem de perguntar ao outro e nem te comentar o que estavam pensando a respeito do que acabaram de presenciar.

A moça desejava mais do que tudo a felicidade da mãe, principalmente depois de tudo o que passara, mas era difícil pensar que ela se apaixonara por uma mulher e além de tudo, alguém de quem nem gostava, sem contar que Tereza sempre fora louca de amores por Renê, por isso se questionava o que acontecera com todo aquele amor.

Se fosse aquela sua escolha, ficar com uma mulher, apoiaria, mas antes de tudo precisava entender o que estava acontecendo e no momento oportuno, perguntaria, agora queria ver a mãe bem como estava, sorrindo e com o coração em paz.

O que mais a deixou admirada é que aquela foi a primeira vez que viu a mãe genuinamente feliz, sem máscaras, inteira...

Para Tereza Cristina aquelas sensações todas eram inéditas também. Não que não tenha sido feliz anteriormente, tivera e muitos momentos, mas completamente diferente do que sentia agora. A sensação era mais duradoura, aquecia o coração. Não tinha ideia do que era sentir felicidade fazendo coisas tão simples, estar ao lado das pessoas que tanto amava em um lugar tão inimaginável, onde jurou que jamais poria os pés e no entanto, mesmo conhecendo tantos lugares incríveis no mundo, não desejava estar em outro lugar.

Riu a valer, além de achar fofo quando Patrícia e René Jr. lhe pedira que comprasse ingressos para brincar em alguns brinquedos no parque ali montado e os filhos de Griselda não fizeram diferente, e as mães e vó cuja, não conseguiam deixar de babar em suas crias.

Diferente dos mais novos, que foram brincar em brinquedos radicais, as duas foram para uma barraquinha de tiro ao alvo, onde a senhora Pereira se divertia a beça com os gritinhos histéricos da senhora Siqueira Buarque cada vez que não conseguia acertar o alvo e o máximo que conseguiu foi ganhar um chaveirinho, o qual deu pra Griselda, que o aceitou feliz.

TEREZA CRISTINA – Eu queria ter acertado mais para lhe dar aquele golfinho. – disse toda manhosa, fazendo bico.

GRISELDA – Minha linda eu amei o chaveiro e o prêmio que mais queria era ter você para mim, só que agora a senhorita pare de me provocar fazendo esses seus bicos! Assim fica difícil resistir a tentação de te morder...e te beijar!

TEREZA CRISTINA – Não beijo ainda não sei porquê! – Provocou, deslizando as unhas em sua nuca.

GRISELDA – Juro que não perde por esperar!

TEREZA CRISTINA – Mal posso esperar! Adoro te ver assim toda enfezadinha...Me excita!

CRÔ – Rainha de todas as núbias e Pereirão do Quebra-Mar, juntinhas, coladinhas como carrapicho, mais apaixonadinhas que Romeu e Julieta, Píramo e Tisbe, Trist...

GRISELDA – Meu Deeeeus criatura falante! De onde você surgiu com essa matraca – Rosnou Griselda, segurando-o com força em um de seus braços, quase o levantando do chão, mas sem intenção de machucá-lo.

TEREZA CRISTINA – Por onde anda o seu bofe, que te deixou assim soltinha feito uma borboleta despirocada hein Biba?

CRÔ – Nem todo mundo tem a sorte das senhoritas, de passarem a noite toda juntinhas. Infelizmente o bofe precisou partir, me deixando aqui abandonada feito uma bolota de papel higiênico molhado jogado no teto do banheiro da rodoviária! – Dramatizou, se enfiando no meio das duas, as abraçando, ganhando um beijo delas nas bochechas.

Na barraca de cachorro-quente os três se divertiam durante a refeição, outra iguaria inédita para Tereza, que gostou tanto a ponto de comer dois. Griselda vendo o canto de sua boca lambuzado de mostarda, ficou bem próxima para poder limpar. As duas, ainda que rápido, se olharam intensamente, sem contar a mordida que ganhara no dedo enquanto limpava a boca de sua amada.

Sem entender tamanha proximidade, Quinzé fechou o senho e não hesitou em perguntar de uma forma um tanto ríspida. Assustadas as duas olharam para ele e depois se entreolharam, entendendo que naquele momento mais do que nunca precisavam conversar com o filhos.

AS APARÊNCIAS ENGANAMOnde histórias criam vida. Descubra agora